terça-feira, 27 de setembro de 2011

ISRAEL E PALESTINA 1

Israel e a criação do Estado Palestino em 2011


Estamos cada vez mais vendo as profecias se cumprindo. A Bíblia afirmou em Zacarias que Jerusalém seria um cálice de tontear e um peso para todos os povos”. Toda semana Jerusalém é notícia em jornais, revistas, tvs, etc.

Acredito que somos a geração que verá as profecias finais se cumprirem. Não quero entrar no mérito se estaremos aqui para ver tudo acontecer ou não, até porque , a Igreja do Senhor será arebatada e não verá tudo que está descrito em Apocalipse. Temos estudos abordando várias teorias neste sentido.

O importe é estar preparado para “ser digno de estar diante do Trono e do Cordeiro (ver Ap 7:9 e comparar com Lc 21:36).

Qual é a questão sobre a possível criação do Estado Palestino? a divisão de Jerusalém.

Em 1980, uma lei israelita declarou Jerusalém como capital eterna e indivísivel de Israel. Porém a ocupação de Jerusalém Oriental é considerada ilegal do ponto de vista do direito internacional e na época foi condenada por uma resolução das Nações Unidas.

A maioria dos países não reconhecem Jerusalém (a parte Oriental) como parte da capital de Israel. A Inglaterra, por exemplo, não reconhece a anexação de Jerusalém em 1967 e mantém apenas um consulado na cidade, que não se relaciona com o governo de Israel. A Bolívia e o Paraguai mantém suas representações em um subúrbio de Jerusalém – Mevasseret Zion. Costa Rica e El Salvador eram os únicos países que tinham embaixadas em Jerusalém, no entanto, em Agosto de 2006, o presidente da Costa Rica declarou sua intenção de transferí-la para Tel-Aviv e El Salvador fez o mesmo nove dias depois.

Em seu início de governo, Barack Obama declarou em um de seus discurso que iria trabalhar pela existência de um Estado palestino que conviva pacificamente com Israel. ”Deixe-me ser claro: a segurança de Israel é sacrossanta. É não-negociável. Os palestinos precisam de um Estado que seja contíguo e coeso, e que lhes permita prosperar. Mas qualquer acordo com o povo palestino deve preservar a identidade de Israel como Estado judeu, com fronteiras seguras, reconhecidas e defensáveis“ disse Obama e acrescentou que ”Jerusalém continuará como capital de Israel, e deve permanecer sem ser dividida“.

Em Setembro de 2010, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, através de um assessor, afirmou que Jerusalém deverá continuar sendo a “capital indivisível de Israel”,esclarecendo a postura de Israel depois das declarações de seu ministro da Defesa, Ehud Barak, que sugeriu que a divisão era uma possibilidade. Barak sugeriu que Jerusalém Oeste e 12 bairros judeus, onde vivem 200 mil pessoas, permaneceriam sob o domínio de Israel e os bairros árabes, onde vivem cerca 250 mil pessoas, poderiam pertencer ao Estado Palestino.

Netanyahu e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas junto com o presidente americano Barack Obama, estão se aproximando para tentar uma negociação de paz.

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Uma análise dos países de Ezequiel 38:

“Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada; Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo.” (Ez 38:2-6)

Sebá e Dedã, e os mercadores de Társis, e todos os seus leõezinhos te dirão: Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste a tua multidão para arrebatar a tua presa? Para levar a prata e o ouro, para tomar o gado e os bens, para saquear o grande despojo?” (Ez 38:13)

Filhos de Noé

1) Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras

Filhos de Jafé: Esta expressão designa os povos situados ao norte e a nordeste do território ocupado pelos semitas. A expressão hebraica filho de… não se refere somente à filiação em sentido estrito, mas também pode designar a filiação a um grupo ou a uma categoria. Este versículo menciona os Cimérios (Gomer) da região do Cáucaso, os Lídios (Magogue) da Ásia Menor, os Medos (Madai) da região montanhosa a noroeste do Irã, os Gregos da Jônia (Javã), na costa ocidental da Ásia Menor e ainda povos que habitavam a região do mar Negro (Tubal e Meseque). Tiras, provavelmente, seja o nome bíblico dos Tirrenos, piratas do mar Egeu e antepassados dos Etruscos.

2) Os filhos de Gomer são: Asquenaz, Rifate e Togarma

Asquenaz: São os Citas, que, desde a costa do mar Negro, se expandiram para várias regiões da Ásia Menor e do Oriente Próximo. Rifate: Povo ainda não identificado. Togarma: A oeste da Armênia.

3) Os de Javã são: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim

Elisá: Na costa oriental de Chipre (Ez 27.7). Társis: (Sl 48.7). Quitim: A ilha de Chipre e outras ilhas e costas do Mediterrâneo oriental (Ez 27.6). Dodanim: Ou Rodanim, nome que designa os habitantes da ilha de Rodes, no mar Egeu.

4) Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.

Cuxe, Mizraim, e Pute: Etiópia, Egito e o território da costa africana ao sul do mar Vermelho. Canaã é mencionado aqui por ter estado muito tempo sob o domínio egípcio.Os filhos de Cam: Os povos situados ao sul da Palestina e do território habitado pelos filhos de Sem.

5) Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sabá e Dedã.

Sebá: Ver Sl 72.10. Havilá: Região da Arábia. Sabtá, Raamá e Sabtecá: Ao sul da Arábia, em direção ao Iêmen. Dedã: A noroeste da Arábia.

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Gogue = significa “montanha” - príncipe profético de Rôs, Meseque e Tubal, e Magogue, rei da terra de Magogue que virá do norte e atacará a terra de Israel.

Magogue - provavelmente se entende serem os Cítios ou Tártaros, assim chamados pelos escritores árabes e sírios, e especialmente os turcos, que se originaram de Tártaro.

Magogue é a “terra de Gogue”:

1) o segundo filho de Jafé, neto de Noé, e progenitor de diversas tribos ao norte de Israel.

2) a região montanhosa entre a Capadócia e a Média e habitação dos descendentes de Magogue, filho de Jafé e neto de Noé.

Magogue significa: “o que transcende, encobre”

1) região ao norte de Israel da qual o rei de Gogue virá para atacar a Israel

Meseque = significa “escolhido”

1) filho de Jafé, neto de Noé, e progenitor dos povos do norte de Israel

1a) descendentes de Meseque freqüentemente são mencionados em conecção com Tubal, Magogue, e outras nações do norte incluindo os Moschi, um povo localizado nas fronteiras da Cólquida e Armênia

Tubal = significa “tu serás trazido”

1) filho de Jafé e neto de Noé

2) uma região na parte oriental da Ásia Menor

2a) talvez quase idêntica à Capadócia

Tubalcaim - significa “Aquele Que Faz Forjas” – artífice que trabalhou com bronze e ferro (Gn 4.22).

Persas - País hoje chamado de Irã

Etíopes/CuxePaís que ficava ao sul do Egito e que incluía a Núbia, o Sudão e o norte da Etiópia dos tempos modernos. Em hebraico esse país se chamava Cuxe, nome de um dos filhos de CAM. Israel teve alguns contatos com a Etiópia (Nm 12.1; 2Cr 12.3; 14.9-13; 2Rs 19.9). Os profetas a mencionaram (Is 11.11;18.1; 20.3-5; Jr 46.9; Ez 29.10; 30.4-9; Na 3.9; Sf 3.10). No NT relata-se o batismo de um alto funcionário da Etiópia (At 8.26-40).

Pute - Líbia (Pute e os líbios) - nação e povo da África do Norte; provavelmente os Líbios, país localizado no norte da África, a oeste do Egito (Na 3.9; At 2.10)

Gomer = significa “completo”

1) o filho mais velho de Jafé e neto de Noé; o progenitor dos antigos cimerianos e outros ramos da família céltica

2) a esposa infiel do profeta Oséias; o relacionamento de Oséias com ela era um simbolismo do relacionamento de Deus com a desobediente Israel

Togarma = significa “tu a quebrarás”

1) filho de Gômer, neto de Jafé, e bisneto de Noé

2) território ocupado pelos descendentes de Togarma

2a) provavelmente a região conhecida como Armênia

Rôs = significa “cabeça”

1) um filho de Benjamim

2) Russos, descendentes dos antigos habitantes junto ao rio Araxes

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Para saber mais: leia o post ‘Um Olhar Aprofundado nos Equivalentes Modernos aos Nomes Bíblicos em Ezequiel 38‘, onde é identificado alguns países que farão parte da coalizão que invadirá Israel no futuro.

Postarei algumas notícias divulgadas pela Mídia sobre o assunto, que serão realimentadas conforme a evolução do acordo de paz e a criação do Estado Palestino.

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Notícias 2011:

17/09/2011 - Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5914137/abbas-anuncia-que-buscara-status-pleno-para-palestina.aspx

Abbas anuncia que buscará status pleno para Palestina

Apesar da oposição de EUA e Israel, a Autoridade Palestina buscará a admissão do Estado palestino como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima sexta-feira, durante a Assembleia-Geral em Nova York. A iniciativa não conta com o apoio do Hamas e foi anunciada pelo presidente Mahmoud Abbas em Ramalla (Cisjordânia).

A decisão põe os palestinos em rota de choque com Washington. Para ser um membro pleno da ONU, é preciso a aprovação do Conselho de Segurança e de dois terços dos votos dos 193 países da Assembleia-Geral. O problema é que a Autoridade Palestina não conseguirá passar da etapa do conselho, onde os americanos usarão o poder de veto, conforme anunciado pelo presidente Barack Obama.

Nesse caso, os palestinos pedirão um reconhecimento como Estado não membro na assembleia, pois, para tal status, não há necessidade de aprovação no Conselho de Segurança. Por isso, analistas dizem que o objetivo da Autoridade Palestina seria ter uma vitória simbólica, mostrando ter o apoio da comunidade internacional, isolando EUA e Israel. Além disso, seria possível tentar processar os israelenses por crimes na justiça internacional.

“Precisamos ser membros plenos da ONU. Precisamos de um Estado, de um assento nas Nações Unidas. É um direito legítimo”, disse Abbas, acrescentando que o objetivo não será isolar Israel, mas para enfatizar a questão “da ocupação da Cisjordânia” e aumentar o poder de negociação dos palestinos. “Será de Estado para Estado a partir de agora”, disse. No discurso, Abbas defendeu um Estado tendo como base as fronteiras pré-1967 e Jerusalém Oriental como capital. Ele não falou da questão dos refugiados.

O Departamento de Estado dos EUA disse ainda estar tentando encontrar uma saída para evitar uma crise. O veto deve prejudicar a imagem americana nos países árabes num momento considerado crítico. A União Europeia, ainda dividida sobre que rumo tomar, também tenta encontrar uma solução para evitar a ida dos palestinos para o conselho.

O gabinete do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, divulgou comunicado dizendo que a “paz apenas pode ser alcançada por meio de negociações”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

17/06/2011 - Fonte: http://www.cafetorah.com/Europa-busca-mais-uma-iniciativa-de-paz-para-Oriente-Medio

Europa busca mais uma iniciativa de paz para Oriente Médio – Por quê? E por que agora?

As fronteiras de “1967 são de comum acordo” e o compromisso de “garantias de segurança” são os princípios básicos da iniciativa européia nova de paz no Oriente delineada pelo discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, realizado no Departamento de Estado em maio deste. O “Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e da Política de Segurança”, Catherine Ashton, pediu uma convocação de urgência do chamado Quarteto (EUA, UE, ONU, Rússia) em uma carta que ela escreveu a Secretária dos EUA, Hillary Clinton, ao Secretário Geral da ONU, Ban KiMoon e Sergei Lavrov, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.

“Os acontecimentos dramáticos de todo o mundo árabe”, diz o facto de Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE, tornam “ainda mais urgente encontrar uma solução duradoura para o conflito israelo-palestino”.

“A construção de assentamentos e o fato de que o muro não está nas fronteiras de 1967″ é a resposta seca de um político do alto escalão alemão para a questão de saber o principal obstáculo ao processo de paz no Médio Oriente.

O Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu argumenta: “Não é você dar mais um quilômetro e resolverá a paz”. A raiz do conflito, afirma, é que os palestinos não querem reconhecer o direito de existência de Israel como um Estado judeu no Oriente Médio.

O que deve vir desta nova iniciativa, que não contém nada de substancialmente novo? E por que agora? O que é diferente de agora ou um, três, cinco ou dez anos atrás? É o West nervoso por causa da votação da ONU ameaçou os palestinos têm agendada para Setembro? Você sabia que apesar de tão cedo, em 1947 um Estado árabe tinha sido declarado no Mandato Britânico na Palestina, mas foi rejeitado por unanimidade pelos árabes, e ratificaram isto novamente em 1988 pelos palestinos?

Netanyahu exala uma sensação de que o conflito no Oriente Médio é insolúvel. É por isso que o chefe de governo israelense faz tudo o que ele pode controlá-lo como habilmente possível. Seu ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, é visto no exterior como um racista.

Entre os imigrantes russos e beduínos israelenses, ele é visto como portador de esperança para a igualdade dos não-judeus no Estado judeu. Ele descreve o plano da União Européia de certa forma como ingênuo. Os desenvolvimentos na Síria, Líbia e Iêmen, Sudão, Paquistão e Irã por último não são menos importante dos desafios atuais, mas não tem nada a ver com o Estado judeu, diz diplomata-chefe de Israel.

Perguntei ao político do alto escalão alemão em particular, se ele realmente acreditava que o muro e os assentamentos foram obstáculos para a paz no Oriente Médio. Ele olhou-me impotente nos olhos e confessou: “Não, mas agora não sabemos o devemos fazer” “Com uma declaração como essa você não vai ganhar a eleição”, disse.“Exatamente”, confirmou. Pode-se também optar por ficar em silêncio se não saber algo, esta é uma opção que eu não ousou usar naquele momento. Segurar a língua de uma pessoa não é fácil quando os políticos são eleitos ou jornalistas são pagos. Por esta razão, os jornalistas vão continuar a falar muito, mesmo quando eles realmente não sabem muito, e os políticos continuarão a exercer pressão sobre aqueles que reagem a eles, mesmo se eles estiverem errados.

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19/05/2011 - Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/05/19/obama-defende-estado-palestino-com-fronteiras-de-1967-924494052.asp#ixzz1MphB87JX

Obama defende Estado palestino com fronteiras de 1967

WASHINGTON – O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu em discurso nesta quinta-feira (19/05) a criação de um Estado palestino de acordo com as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, uma reivindicação chave da causa palestina. A defesa marca uma significativa mudança na política dos Estados Unidos e deve despertar, quase certamente, a ira de Israel.

Obama incitou Israel a aceitar que nunca se pode ter uma nação verdadeiramente pacífica baseada na “ocupação permanente “. Israel defende que endossar as fronteiras de 1967 – quando o país ocupou o leste de Jerusalém, a Cisjordânia e Gaza – prejudicaria as negociações de paz.

Enquanto o presidente discursava, porém, o Comitê de Planejamento e Construção de Jerusalém aprovou a construção de mais 1.550 casas no leste da cidade. Segundo o jornal israelense “Yediot Ahronot”, as unidades serão erguidas nos bairros de Har Homa e Pisgat Zeev.

Obama diz que o futuro dos EUA está ligado ao Oriente Médio e ao Norte da África

Obama disse ainda que o futuro do país está ligado ao Oriente Médio e ao Norte da África. Em discurso do Departamento de Estado sobre os novos planos do seu governo para o mundo árabe, em Washington, o líder da Casa Branca afirmou que, após a queda de dois líderes (na Tunísia e no Egito), outros devem seguir o mesmo caminho. O presidente anunciou que os EUA lançarão um “amplo plano de comércio e investimentos” na região.

- De forma pacífica, o povo (da região) conseguiu mais mudanças em seis meses do que os terroristas em décadas – declarou Obama.

O presidente disse ainda que a prioridade do país na região é promover reformas:

- Temos uma oportunidade histórica. Temos uma chance de mostrar que a América valoriza mais a dignidade de um vendedor de rua da Tunísia do que o poder de um ditador.

Obama criticou que o poder na região esteja concentrado nas mãos de poucas pessoas e disse, ainda, que Washington vai apoiar a transição para a democracia nos países e deve “usar todos os seus recursos para encorajar a reforma no Oriente Médio e no Norte da África”.

- Os EUA apoiam direitos e princípios universais, como o livre discurso e a igualdade entre homens e mulheres – comentou.

O presidente criticou durante os “opressores” regimes de Muamar Kadafi, na Líbia, e de Bashar al-Assad, na Síria, por sufocarem os anseios da população com grande violência. Diretamente para Assad, Obama afirmou que ou o presidente sírio lidera a transição para a democracia ou deve deixar o poder.

Bin Laden

Durante o discurso, Obama voltou a falar da morte de Osama bin laden. Segundo o presidente, a visão de destruição propagada por Bin Laden já estava desaparecendo mesmo antes de as forças americanas matarem o líder máximo da al-Qaeda. O chefe da Casa Branca ressaltou que “Bin Laden não é mártir”.

Ajuda ao Egito

O país será um dos mais beneficiados pelo plano do governo americano. Obama anunciou que os EUA vão aliviar US$ 1 bilhão da dívida egípcia e realizar grandes investimentos no país até poucos meses governado pelo ditador Hosni Mubarak.

Brasil

O presidente citou o Brasil como um dos países que mostrou um impressionante progresso nos últimos anos.

“Os eventos nos últimos seis meses nos mostram que as estratégias de repressão e desvio não funcionam mais. Televisão por satélite e a Internet fornecem uma janela para um mundo mais amplo – um mundo de progressos impressionantes em lugares como a Índia, Indonésia e Brasil.”

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Abu Mazen e Khaled Mashaal pressionam por independência palestina

Revolta dos povos egípcio e tunisiano restauraram onfiança dos palestinos no seu futuro. Israel não aceitará solução imposta

06/03/2011

Duas vozes ameaçam Israel. Abu Mazen, como é conhecido no Brasil o presidente da Autoridade Palestina Mahmud Abbas, declarou ao presidente chileno, em visita a Ramallah, que chegou a hora “de a Palestina se transformar em um membro permanente das Nações Unidas“. Ele reiterou à oposição de seu governo e partido a ideia de um Estado com fronteiras temporárias, atribuída aos israelenses. E expressou a Sebastián Piñera, presidente do Chile, que é esperança de declarar o Estado palestino indepentende nas linhas fronteiriças de 1967 no setembro próximo. E culpou Israel pelo atual impasse nas negociações de paz.

Khaled Mashaal, líder político da Frente de Resistência Islâmica (o Hamas), exilado em Damasco, na Síria, clamou na conferência sobre Jerusalém que tem lugar na capital do Sudão, Cartum, que o primeiro passo para a liberação da cidade da ocupação por Israel será a reconciliação entre o partido Fatah, de Abu Mazen, e o Hamas, cuja posição é de “jihad” – guerra santa. O atual status da parte oriental de Jerusalém, conquistada em 1967 pelos israelenses e unificada com a parte ocidental, é de “capital unida e única de Israel”.

E é bom lembrar que o presidente Mubarak, do Egito, recentemente derrubado do poder, tentou por todos os meios, políticos e diplomáticos, promover a reconciliação entre os grupos palestinos e a retomada das negociações com Israel, interrompidas em setembro do ano passado. Fracassou.

O presidente do Sudão (Cuxe bíblico), que hospeda a 8a conferência sobre Jerusalém,financiada pelo Irã (Persa bíblico), declarou hoje (06/03/2001), domingo, seu apoio ao povo palestino. Omar al-Bashir, reiterou que “o que está acontecendo agora na região é o prelúdio da ‘batalha’ por Jerusalém”. O que é mais preocupante para os israelenses é que al-Bashir afirmou que o acordo de paz com o Egito, de 1979, “foi um choque que o povo árabe não esqueceu até agora”, insinuando a intenção de promover o fim do entendimento. Ficou implícito que serão desenvolvidas pressões para que também a Jordânia suspenda seu acordo com Israel.

O governo provisório do Egito, porém, declarou que pretende respeitar todos os compromissos do país, inclusive o acordo de paz com Israel. Piñera, do Chile, esteve com o primeiro-ministro de Israel Bibi Netanyahu antes de ir ao encontro de Abu Mazen em Ramallah. O Chile foi um dos países latino-americanos que reconheceu o Estado palestino. E seu presidente afirmou que sempre apoiou a existência de Israel dentro de fronteiras reconhecidas e que defende “que os palestinos têm o mesmo direito a seu próprio Estado democrático e independente”.

Netanyahu terá declarado ao visitante chileno que Israel está preparado para sentar com Abu Mazen e negociar a paz. Mas, disse, “os palestinos sempre encontram motivos para não voltarem a negociar”. Para Bibi, o líder palestino considera que tem o apoio majoritário da comunidade internacional. E seus porta-vozes insistem que em setembro próximo contarão com o voto de 150 países, o bastante para a proposta palestina ser aprovada com maioria a Assembleia Geral das Nações Unidas. Abu Mazen vem apelando ao Quarteto (EUA, ONU, Rússia e UE), para “forçar Israel a acabar com sua agressão e ocupação das terras palestinas”.

Em Cartum, o líder político do Hamas declarou que a revolta dos povos egípcio e tunisiano restauraram a alta confiança dos palestinos no seu futuro. A queda de Mubarak foi muito comemorada pelo Hamas, que administra a Faixa de Gaza, bloqueada nos últimos anos de um lado por Israel e, de outro, pelo Egito.

Netanyahu já repetiu inúmeras vezes que só é possível uma solução da questão palestina em negociações diretas entre a delegação palestina e Israel. Ambos os lados sabem que terão que realizar sérias e dolorosas concessões só definíveis em negociações. Israel não aceitará solução imposta, sejam quais forem suas origens.


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