sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O SACERDÓCIO DO CRENTE 1

Sacerdócio do Crente 1
Apocalipse 1.6


“E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1.6).

A palavra sacerdócio significa: “aquele que cumpre uma missão muito elevada ou exerce um ofício muito honroso”.

Considerações Gerais
Um só Mediador: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Timóteo 2.5).

É claro o ensino bíblico: existe apenas um Único Mediador, ninguém mais. Isto elimina a presunção de que qualquer santo, inclusive Maria, possa interceder por nós.

Aproximar-se de Deus apenas por Cristo: Através do véu rasgado (símbolo da sua carne, morte), Jesus Cristo abriu um novo e vivo caminho à presença do Pai (“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado [purificado: aspergido] de má consciência e lavado o corpo com água pura” – Hebreus 10.19-22), pois somente através de Cristo é que podemos nos aproximar de Deus (“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14.6).

Jesus Cristo tem sacerdócio imutável: Na Epístola aos Hebreus, vemos que Cristo substituiu a velha ordem de sacerdotes mediatórios. Ele tem um sacerdócio imutável, ou seja, intransmissível. “Por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável” (Hebreus 7.22-24).

Por isso Maria, não pode ser a intercessora como alegam os católicos romanos.

Jesus Cristo é o nosso advogado: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1João 2.1-2). É Ele Quem intercede por nós.

Jesus Cristo é o nosso confessor: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9).

Nenhuma unção foi feita de alguma ordem terrena de sacerdotes.

Cada Crente é um Sacerdote

Cada cristão regenerado é um sacerdote diante de Deus, com responsabilidades e privilégios.

Todo cristão possui livre acesso à presença de Deus, livre de qualquer tipo de sacerdote terreno.

“E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1.5-6).

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2.9).

A diferença consiste em que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote, o crente é um sacerdote diante de Deus.

Todos os crentes-sacerdotes estão no mesmo nível de igualdade dos demais, todos têm o mesmo livre acesso à presença de Deus.

O crente-sacerdote, no exercício de seu cargo, possui diferentes aspectos, sendo eles:
Orações – “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Timóteo 2.1).

Sacrifícios de Louvor – “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15). O nosso louvor passa primeiro por Jesus Cristo.

Oferta de Boas Obras – “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hebreus 13.16). “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo. Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6.2-9).

Apresentar o Corpo como Sacrifício Vivo – “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.1-2). Esta oferta do sacrifício do corpo é necessária a todos os tipos de serviço cristão.

Cronologicamente
Até quando a lei foi dada, o chefe de cada família era o sacerdote da família (Gênesis 8.20; 26.25; 31.54).

Quando a lei foi proposta, Israel deveria ser “um reino de sacerdotes” (Êxodo 19.6). Israel, porém, transgrediu a lei e o serviço sacerdotal deixou de ser para toda a nação e passou a uma família araônica, a tribo de Levi (Êxodo 28.1).

O sacerdócio araônico perdurou até que Jesus Cristo veio, viveu, padeceu, morreu e ressuscitou. Assim, o véu foi rasgado e o livre acesso garantido (Mateus 27.51; Efésios 2.18; 3.12).

Na dispensação da Igreja, todos os cristãos são sacerdotes. Assim como os descendentes de Arão, cada cristão é um sacerdote por nascimento (Hebreus 5.1).

O privilégio principal do sacerdócio é o acesso a Deus. Sob a lei, somente o sumo sacerdote entrava no “Santo dos Santos” apenas uma vez por ano para ter acesso a Deus e confessar o pecado de toda a nação (Hebreus 9.7).

Quando o nosso Senhor Jesus Cristo morreu, o véu – um tipo de corpo humano de Cristo (Hebreus 10.20) – foi rasgado de alto a baixo, possibilitando assim a entrada do crente sacerdote a qualquer hora à presença de Deus (Hebreus 10.19-22).

Cada vez que precisarmos entrar na presença de Deus, basta ir com confiança ao Trono da graça, pois o Sumo Sacerdote está fisicamente lá (Hebreus 4.14-16; 9.24; 10.19-22).

O cristão do Novo Testamento também é um intercessor. “Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus” (Colossenses 4.12). “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Timóteo 2.1).

Gabriel Felipe

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