segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SOBRE ISTO TAMBÉM TREME O MEU CORAÇÃO (Mensagem)


“Sobre isto também treme o meu coração, e salta do seu lugar. Atentamente ouvi a indignação (ou movimento em outra versão) da sua voz, e o sonido que sai da sua boca. Ele o envia por debaixo de todos os céus, e a sua luz até aos confins da terra. Depois disto ruge uma voz; ele troveja com a sua voz majestosa; e ele não os detém (ou os envia) quando a sua voz é ouvida. Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender” (JÓ 37:1-5)

Esta postagem, na verdade, é uma mensagem que preguei a pouco menos de um ano. Espero que gostem.

Nossa experiência pessoal com o Senhor Jesus e a honra de sermos chamados ‘filhos de Deus’ consistem em ouvir sua voz, temê-lo em obediência e santidade. Santidade essa que envolve também envolvimento em sua OBRA, serviço e frutos em sua presença.

Jó foi um homem que entendeu a importância do temor e, na provação árdua, venceu ouvindo a voz de seu criador em humildade e santidade, recebendo de Deus a justificação pela fé. Pela fé em sua voz. Pela fé na Palavra de Deus. Ele também foi justificado em Jesus, a palavra de Deus, a voz do Criador.

“Porque eu sei que o meu Redentor vive [...]” (Jó 19:25)

Toda a nossa caminhada começa num ato interno: Temendo a Deus.

Deus se revela ao homem através de Jesus, o concede salvação (ato soberano e sem participação humana), mas, a partir daí a caminhada inicia-se com o primeiro passo dado pelo homem e esse primeiro passo é o temor. Temor a um Deus vivo que fala e vive para todo o sempre.

Temor é o princípio... Jesus (o Logos de Deus) é o princípio. E nossa caminhada termina onde tudo começou, na eternidade, pois, temor é o fim de todas as coisas. Jesus é o início e o fim de todas as coisas, o Alfa e o Ômega.

Era comum nos tempos bíblicos, um homem ao estar em dívida, se tornar escravo de alguém até paga-la ,ou, para todo o sempre. Mas também era comum, num ato de misericórdia, livramento de uma morte, perdão de uma dívida, um homem ficar servo de alguém por gratidão e honra. É o nosso caso. Paulo disse que, uma vez mortos para o pecado (na qual éramos escravos), nos tornamos servos (escravos, no original grego) do Espírito para a obediência e santificação.

Então, sem mais palavras iniciais, vamos direto ao texto em Jó 37.

“sobre isto também treme o meu coração”. Treme no original hebraico (baradh) nos traz a idéia de: temor, mas num sentido além do substantivo. Um verbo. Vem da raiz primitiva “apressar”. Apressar com ansiedade. Temer ao Senhor não é ter pavor, mas é ter a reverencia em sua dinâmica, na pressa (caminhada) e no anseio de estar com Ele, pois somos feitos, filhos dele, pertencentes a Ele.

Temer a Deus, portanto é saber que não somos mais donos de nós, mas sim, servos e propriedade exclusiva de Deus. Então, devemos, em temor, entregarmos a Ele nossa existência (alma) todos os dias. Sabendo que, “não mais vivo eu, mas, Cristo vive em mim”. Traz a ideia também de temor com tremor.

Na física, toda ação gera uma reação e, no mundo espiritual também:

“...treme o meu coração...      ...e salta do seu lugar.”

O temor ao Senhor gera movimento no mundo espiritual, mais especificamente, na nossa vida espiritual.

Somos convidados todos os dias pelo Espírito Santo a sair de “nosso lugar”.

“salta” no original hebraico é “nathar” traz a ideia de: “livrar-se”, ”desatar”. A salvação (livramento da morte) começa quando recebemos Jesus em nossos corações e andamos em temor na obediência e santificação.Isto explica: “...também treme o meu coração e salta de seu lugar...”.

Este verbo hebraico também está relacionado a “desatar”,”separar”. Porque nossa dinâmica em temor tem um resultado: Santidade. É andar separado, desatado do mundo.

“E salta de seu lugar”: a conseqüência espiritual de tudo isso é exatamente saltar de seu lugar, estar livre do velho homem, ir para outro alvo, converter de todo o caminho pecaminoso, estar na posição apta para servir.

“põe-te em pé, e falarei contigo” (Ez 2:1)

 

E quem faz toda essa transformação na vida do homem? Jesus! O verbo vivo de Deus, a Palavra, a Voz do criador.

Verso 2: “atentamente ouvi o movimento da sua voz e o sonido que sai de sua boca”. O que move o homem a tremer o coração e saltar de seu lugar é a experiência pessoal com Jesus Cristo e a Palavra de Deus.

E para quê Deus nos move, nos levanta, nos resgata? Para sermos dEle, instrumentos dEle. Para sermos usados em sua OBRA como folhas ao vento. Para irmos onde seu Espírito nos enviar. Certo? Vejamos:

Verso 3: “ Ele o envia por debaixo de todos os céus e sua luz ,até para os confins da terra”. Esse verso fala da presença do Espírito Santo de Deus enviado e derramado por “debaixo dos céus”, ou seja, na terra para nos guiar rumo ao destino celestial. A “luz até os confins da terra” está, de forma direta, apontando para a Igreja (a luz do mundo) que leva a palavra aos confins da terra, como o próprio Senhor Jesus um dia ensinou e designou o seu povo.

Interessante que: “Ouvi o movimento de sua voz” -  O termo usado em hebraico para “movimento” (em nossa tradução), se lê, na verdade: indignação -  Fomos chamados para pregar um juízo para o mundo, uma indignação, uma advertência: “O Dia do Senhor está chegando, ou Maranata, Jesus vem “ !

Para concluir esta mensagem, quero dizer que há uma promessa, uma recompensa para aqueles que, como Igreja do Senhor, tem andado com o coração em tremor (temor), saltando de seu lugar (em disposição e serviço), ouvindo a voz do Espírito Santo (em santificação) e, por fim realizando sua Obra como a luz do mundo.

Verso 4: Ouvida sua voz,não tarda com essas coisas”. Ouvir no original hebraico está diretamente ligado a OBEDECER. Os que obedecem à voz do Senhor terão um galardão seguro e guardado no céu.

 

Gabriel Felipe M.Rocha

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SEMANA DA REFORMA PROTESTANTE

Olá amigos, irmãos e leitores do PALAVRA A SÉRIO, a paz de nosso Senhor!

Nesse mês (outubro) se comemora o dia da Reforma Protestante e, para nós (servos de Cristo), é uma data importante e memorável.
 
Temos aqui no blog algumas postagens relacionadas a essa data e tema. Confira:

http://palavraserio.blogspot.com.br/2011/10/pilares-da-reforma.html (Pilares da reforma)

http://palavraserio.blogspot.com/2011/10/principios-da-reforma-protestante.html (Princípios da Reforma - Sacerdócio Universal do Crente)


Não deixem de conferir !




Gabriel  Felipe M. Rocha

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A ESPERANÇA DO CRENTE NA MORTE


 

Gabriel Felipe M. Rocha

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum…" (Sl. 23:5)

"Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2Tm 1:12)


Existem muitos problemas e tribulações que veem sobre o crente nesse "vale de lágrimas", mas nenhum deles é tão perturbante como a morte. A morte é algo que lança temor no mais forte coração, pois é o fim dessa vida terrena. Na morte o corpo se dissolve e volta ao pó, e com essa dissolução do corpo tudo o que pertence à nossa vida terrena é destruído.

Além do mais, não há como escapar das garras da morte. Com a exceção daqueles que estarão vivos no retorno de Cristo, todos devem morrer. Deus diz: "… aos homens está ordenado morrerem uma vez …" (Hebreus 9:27). Isso é verdade do jovem, bem como do velho. Não sabemos o dia, nem a hora quando Deus nos dirá: "Esta noite te pedirão a tua alma" (Lucas 12:20). Qualquer um de nós pode morrer a qualquer momento.

Tudo isso faz da morte uma coisa muito assustadora. Para muitas pessoas ela é algo a ser temido. O próprio pensamento da morte enche seus corações de terror. A antecipação da morte traz sentimentos tais como desespero e desesperança, e as pessoas farão quase tudo para evitar sua inevitabilidade.

Contudo, para o crente as coisas são diferentes. Ele não teme a morte. Com o salmista ele diz: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum …" (Sl. 23:5). Mesmo que esteja andando no "vale da sombra da morte," ele não teme. Ele sabe que a morte não é o fim de tudo para ele. Ele não morre como a besta do campo. Não morre como alguém sem esperança. Pela graça ele crê que Deus lhe deu a vida eterna, e que a morte é o meio pelo qual ele passa para uma experiência mais gloriosa dessa vida.

"Tragada foi a morte na vitória" (1Co. 15:54)

A esperança do crente está fixa no dia do retorno do nosso Senhor, e na ressurreição do seu corpo dentre os mortos.

 Embora seu corpo retorne ao pó, o mesmo não permanecerá nessa corrupção. Ele será levantado dentre os mortos. O corruptível se vestirá de incorrupção, e o mortal de imortalidade. "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts. 4:16).

Essa é uma das razões pelas quais o crente espera avidamente a vinda de Cristo. Ele anseia pelo dia quando será transformado "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" (1Co. 15:52). Nesse momento glorioso todos do povo de Deus serão glorificados e entrarão na bem-aventurança dos novos céus e nova terra. Assim, a oração diária de todo filho de Deus é:

"Ora vem, Senhor Jesus" (Ap. 22:20).

Mas isso não é tudo. A esperança do crente não é somente que ele será ressuscitado dentre os mortos quando Cristo retornar, mas que após a morte ele entrará imediatamente na presença de Cristo. O filho de Deus espera Cristo vir na morte para levá-lo ao céu, da mesma forma que espera ele vir no final do mundo. Embora o corpo retorne ao pós e não será ressuscitado até o último dia, na morte, a alma é levada ao céu. Na morte, o crente desfruta conscientemente da bem-aventurança de estar com o seu Senhor e Salvador.

Embora essa verdade seja muito confortadora, ela é negada por muitos que professam ser cristãos. Por exemplo, os católicos romanos creem que na morte as almas da maioria dos crentes irão para o purgatório, e permanecerão ali por um tempo considerável antes de irem para o céu. Antes de o crente poder ir para o céu, ele deve sofrer o restante da punição temporal por seus pecados. É uma heresia.

Existem alguns protestantes evangélicos que creem que os santos do Antigo Testamento não foram imediatamente para o céu na morte, mas para um lugar diferente que eles chamam de "paraíso" ou "seio de Abraão." Somente após a morte e ressurreição de Cristo as almas dos santos do Antigo Testamento foram liberadas desse lugar e levadas ao céu. Ainda outros creem no que é chamado "sono da alma." Na morte, a alma entra num estado de sono, no qual a pessoa está inconsciente quanto a tudo. Ela permanece nesse sono até o dia da ressurreição, quando uma vez mais sua alma é unida ao seu corpo.

Contudo, a Bíblia deixa muito claro que nenhuma dessas visões é correta. Todo crente pode ter conforto no fato que quando morre, sua alma vai imediatamente para o céu.

Vemos isso a partir das palavras pronunciadas por Cristo ao ladrão sobre a cruz. Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43).

Jesus não disse que o ladrão estaria com ele no paraíso após uma longa estadia no purgatório. Nem disse que o ladrão entraria em algum tipo de sono até a ressurreição! Não! Jesus deixou muito claro que o ladrão estaria com ele no céu no mesmo dia em que ambos morreram. Na morte, o ladrão iria para o céu.

Da mesma forma, o apóstolo Paulo cria que na morte o crente vai imediatamente para o céu. Em 2 Coríntios 5:1, ele diz: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus."

Quando nossa "casa terrestre" – o corpo e tudo o que pertence à nossa vida terrena – se dissolver na morte, não seremos deixados nu. Há "de Deus um edifício" no céu, no qual habitaremos. Essa não é a ressurreição do corpo, mas um estado celestial de glória que o crente entra na morte. É estar no “seio de Abraão”, como ensina a parábola de Jesus. Ele não entra em purgatório quando morre, ou em alguma outra moradia que não o céu. Nem ele dorme. Ao morrer, o crente entra na glória do céu.

Não deveria nos surpreender, portanto, que o apóstolo diria também:

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Fp. 1:21).

Que ganho haveria se na morte o crente fosse para o purgatório? Que ganho existiria, se sua alma entrasse num estado de inconsciência? Mas visto que a alma do crente vai para o céu imediatamente após a morte, a morte é ganho. Para o crente, a morte é a passagem que o leva desse "vale de lágrimas" para a glória do céu.

Ó, quão glorioso é o céu!

No céu o crente não experimentará nunca mais o pecado, sofrimento e tristeza. Todas essas coisas não mais existirão. Não haverá nenhum velho pecador. Finalmente o crente estará completamente livre da sua natureza má, de forma que será impossível que ele peque. Com o fim de seu pecado, findará também tudo o que o seu pecado traz – o sofrimento e a tristeza desta vida.

Visto que está no céu, e não na terra, ele não mais enfrentará a perseguição e crueldades dos ímpios. Sua alma estará em descanso, como a voz do céu proclama: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem" (Ap. 14:13).

No céu o crente experimentará a bem-aventurança da comunhão com todos os outros santos que morreram e foram para o céu. Jesus diz: "… muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus" (Mt. 8:11).

Pense nisso!

Quando o crente morre, ele vai para o "seio de Abraão," onde se assentará com Abraão, Isaque, Jacó e todos os santos que foram para lá antes dele. Ele se reunirá com os seus amados que morreram no Senhor. O céu será como um grande banquete, no qual o povo de Deus desfruta da companhia uns dos outros, e se regozijam na bem-aventurança da sua salvação.

A esperança do céu, contudo, é muito mais que comunhão com os santos. No céu o crente experimentará a bem-aventurança da comunhão com Cristo, e em Cristo, comunhão com Deus.

O apóstolo nos ensina que "enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor" (2Co. 5:6), em termos de situação, lógico, pois quando temos o Espírito santo de Deus em nossas vidas, vivemos em plena comunhão com ele aqui. Isso porque o Senhor está no céu, e nós na terra. Mas "deixar este corpo" é "habitar com o Senhor" (2Co. 5:8). Quando o crente morre e vai para o céu, ele entra na presença de Cristo. Ele vê Cristo em todo lugar e sempre. Ele o vê como nunca o viu antes, pois o verá face a face.

Assim, na morte o crente entra numa experiência maior do pacto da graça. Ele conhece o amor e a graça de Deus como nunca conheceu antes. Ele anda e fala com Deus de uma forma mais íntima e amorosa. Ele sabe, sem a menor sombra de dúvida, que Deus é o seu Deus e que habitará com ele agora e para sempre. Seu coração está cheio, transbordando em louvor e adoração a Deus.

Não estamos dizendo que na morte o crente entra em seu estado final de glória. Devemos lembrar que na morte o corpo do crente ainda está no túmulo, os céus e a terra ainda não terão sido feitos de novo, e os santos de Deus não estarão todos reunidos. Todavia, esse estado intermediário da alma é o princípio dessa glória eterna que nos espera. É algo que deve dar grande conforto a todos do povo de Deus.

No dia do juízo, seremos colocados ante o Tribunal de CRISTO (ninguém escapará dele), mas, como nossa fé está já em Cristo e seu sangue tem o poder de nos perdoar (qualquer pecado, se não for contra seu Espírito), pois como está escrito:

“...nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1)

No meio de todas as tristezas que pertencem à morte, o crente tem uma esperança maravilhosa. Ele sabe que está indo para o céu!

"Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2Tm 1:12).

A paz de nosso Senhor Jesus!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pedro, o primeiro Papa? Como assim?


Pedro, o primeiro Papa? Como assim?

Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja (Mt.16.18)
 


Irmãos, amigos e leitores (de bom gosto) do blog Palavra a Sério, a paz de nosso Senhor Jesus!

Ano passado postei algo sobre essa temática (http://palavraserio.blogspot.com.br/2011/10/heresias-catolicas-3-pedra-e-pedro-ou.html), mas achei por bem escrever e buscar mais informações a respeito dessa heresia romana, uma vez que, questionamentos sobre tal tema surgem sempre e precisamos estar preparados para explicar (não contender), expressar e elevar a veracidade da palavra.

Sou graduado em História e pós-graduado em Sociologia, mas no momento estou na Filosofia com o objetivo de conseguir o título de mestre nessa área. Estudo em uma faculdade jesuíta e, conseguintemente, eu tenho alguns colegas padres e seminaristas. Num certo dia, resolveram me desestruturar dizendo que: eu, um protestante, não estou fundamentado em Cristo, porque minha igreja não está fundamentada em Pedro, mas sim em homens como Lutero, Calvino, etc. Bem, não precisa ser tão inteligente para perceber que na “apologética” deles já encontramos contradições terríveis. Eles estão em Cristo ou em Pedro? E se estão em Pedro, por que nos acusam de estarmos “edificados” em homens (que não é verdade)? Ou Pedro era um anjo ou semideus e não fiquei sabendo...

Bem, vamos ao assunto:

A expressão “sobre esta pedra” está relacionada à resposta de Pedro, que disse: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.” É sobre Cristo que a Igreja foi edificada e não sobre Pedro.

Jesus afirmou que Ele próprio era a pedra (Mt 21.42). A afirmação de Jesus é uma interpretação veraz do Salmo 118.22. O próprio Pedro identifica Jesus como sendo a pedra (At 4, 11, 12; 1Pe 2.4-6).

Se Pedro foi papa durante vinte e cinco anos, então existe algo errado, já que o apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, entre os anos 67 e 68 a.D. Subtraindo desta data vinte e cinco anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43 a.D. Nessa época, não havia sido realizado ainda o Concílio de Jerusalém (At 15), que ocorreu por volta do ano 48 a.D, ou um pouco depois. Pedro participou do Concílio, mas foi Tiago quem o realizou e presidiu (At 15.13, 19).

O apóstolo Paulo escreveu sua epístola aos romanos no ano 58 a.D. e, no capítulo 16, mandou saudação para muita gente em Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou a Roma no ano 62 a.D. e foi visitado por muitos irmãos (At 28.30,31). E também nesse período não há nenhuma menção a Pedro ou a algum papa. O apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossenses e Filemon (62 a.D.) e Filipenses (entre os anos 67 e 68 a.D.). Todavia, Pedro não é mencionado em nenhuma delas e, novamente, não se tem notícia do suposto pontificado de Pedro.

Devemos, ainda, considerar o texto em estudo e seu contexto:


1) Enquanto Pedro é mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão “esta pedra” está na terceira pessoa.
2) Pedro (
petros) é um substantivo masculino, enquanto pedra (petra), um feminino singular. Consequentemente, estas palavras não têm a mesma referência. Ainda que Jesus tivesse falado em aramaico (provavelmente), o original grego inspirado traz as distinções. O interessante é que até as próprias autoridades teológicas católicas concordam que a referência bíblica em estudo não está relacionada a Pedro.

O destaque aqui é para João Crisóstomo e Agostinho.


Agostinho, em seu comentário sobre o evangelho de João, escreveu:
“Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste, eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu.” Assim, não existe fundamento bíblico nem subsídio histórico para consubstanciar a figura de Pedro como papa (Ef 2.20).

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Com base nesta afirmação de Jesus a Pedro, ensina o Catolicismo Romano, que tanto esse apóstolo quanto seus sucessores foram revestidos de um poder especial e exclusivo, tornando o papado infalível.

A doutrina católica sobre a infalibilidade papal não encontra apoio nas Escrituras. Jesus, de modo algum, outorgou autoridade a outras pessoas para exercerem, de forma singular, a liderança (como cabeça) de sua Igreja. Com base em Mateus 18.15-20, Jesus estende a autoridade que concedeu a Pedro aos demais discípulos, como membros do corpo de Cristo. Esse tipo de autoridade era comum aos rabinos, que tinham o privilégio de dar “permissão” e “proibir”. Não se tratava de uma porção de poder exclusiva somente a Pedro. A Igreja também recebeu a mesma autoridade, pela qual proclamamos o evangelho, o perdão de Deus e o julgamento divino aos impenitentes. Contudo, o único que tem proeminência sem igual é Cristo, a pedra angular. Os demais crentes, inclusive Pedro, são as “pedras vivas” (v.5) nesta edificação.

O papel de Pedro, no Novo Testamento, está longe da reivindicação católica romana de que ele possuía e era autoridade sobre seus companheiros. Embora tenha sido o orador principal no dia de Pentecostes, no entanto, sua atuação no restante do livro de Atos é escassa, sendo considerado tão-somente como “um dos apóstolos”. De forma muito clara, o apóstolo Paulo falou o seguinte: “Em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos” (2Co 12.11).

Será que uma leitura mais cuidadosa da carta escrita aos gálatas nos levaria a aceitar que algum apóstolo foi superior a Paulo? Claro que não. Pois Paulo disse ter recebido uma revelação (do evangelho) que não veio dos demais apóstolos (Gl 1.12; 2.2) e que o seu chamado era semelhante ao ministério de Pedro (Gl 2.8), a ponto de usar da autoridade que tinha como apóstolo para repreender duramente o próprio Pedro (Gl 2.11-14). Bem, infalível ele não era, assim como nós não somos.

O fato de Pedro e João terem sido “enviados pelos demais apóstolos” a uma missão especial em Samaria demonstra que Pedro não tinha uma posição superior entre eles (At 8.4-13). A OBRA era exclusiva do Espírito Santo. No ministério prático da Igreja Fiel, o Espírito santo é quem se coloca como “liderança”, pois é o Espírito de Jesus, o Cabeça da Igreja. Se Pedro de fato fosse superior aos demais, por que é dispensada ao ministério de Paulo uma atenção maior, fato constatado nos capítulos 13-28? No primeiro concílio realizado em Jerusalém (At 15), a decisão final não partiu de Pedro, mas, sim, dos apóstolos e dos anciãos. Além disso, foi Tiago, e não Pedro, que presidiu o conselho (At 15.13). em momento algum, já que era, segundo o catolicismo, superior aos demais apóstolos, Pedro reivindicou ser pastor das igrejas, antes exortou os presbíteros para que cuidassem do rebanho de Deus (1Pe 5.1, 2). Embora reconhecesse ser “um” apóstolo (1Pe 1.1), não se intitulou “o” apóstolo, ou chefe dos apóstolos. Sabia que era apenas “um” dos pilares da Igreja, junto com Tiago e João, e não “o” pilar (Gl 2.9). Contudo, foi falível em sua natureza. Somente a Palavra de Deus é infalível. Isso, no entanto, não quer dizer que Pedro não teve um papel significante na vida da Igreja.

Segundo afirma o catolicismo romano, os “sucessores” de Pedro ocupam sua cadeira. Quando, porém, analisamos as Escrituras, encontramos critérios específicos para o apostolado (At 1.22; 1Co 9.1; 15.5-8), de modo que não poderia haver sucessão apostólica no bispado de Roma ou em qualquer outra igreja.

Quanto às chaves entregues simbolicamente a Pedro, não significam que esse apóstolo tinha poder para fazer entrar no céu quem ele quisesse. Simplesmente representam a propagação do evangelho, pela qual todos os pregadores, e não apenas Pedro, podem abrir as portas dos céus aos pecadores que desejam ser salvos. Jesus foi explicito e enfático ao ordenar a divulgação das boas-novas em Lucas 24.46, 47. A mensagem de salvação produz arrependimento, por meio da fé na pessoa e obra de Cristo; ou seja, em sua morte e ressurreição. Pedro abriu as portas do céu para seus ouvintes no dia de Pentecostes (At 2.37-41) e na casa de Cornélio (At 10.42, 43).

Fonte:

Bíblia Apologética de Estudo – Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original. Bíblia de Estudo Palavras Chave (CPAD). J.F.A/ Grego e Hebraico.

Gabriel Felipe M. Rocha

sábado, 20 de outubro de 2012

Deus é O Amor



Esta postagem foi extraida do Blog do Pastor Leonardo Gomes, achei muito interessante e resolvi compartilhar:


O Amor é o maior bem na existência humana, é vivenciados por todos neste mundo, é o mais conhecido dos sentimentos. O amor faz dos simples um poeta e dos fracos um herói. Todos nós em um momento de nossa existência pensamos, sentimos e falamos inspirados pelo amor. E nesta porção bíblia a palavra "amor" é usada doze vezes e o verbo "amar" quinze vezes e duas vezes a afirmação que "Deus é amor". 
A importância do amor é tão fundamental na fé Cristã que sem o amor não há conhecimento de Deus e nem vida com Deus, pois Deus só vive unido conosco se o amor existe em nós.



O amor em questão não pode ser usado como desculpa para libertinagem e práticas contrária a natureza instituída por Deus, o tema em questão fala da convivência, da relações sociais, das relações de convivência com o vizinho, com os companheiros de trabalho, com todos neste mundo. 
Este amor deve ser vivenciado nestes casos e na união do casal, o casal constituído na união formada pelo homem e a mulher como ensinou JESUS (Mateus 19.5-6).


QUEM AMA É FILHO DE DEUS


No tempo presente no qual Deus mostra o seu amor por nós enviando o seu Filho, não existe vida com Deus, onde não há amor. Matar em nome de Deus, violentar fisica ou emocionalmente o seu próximo em nome de Deus, é uma visão equivocada da fé, e da vida que Deus deseja que tenhamos junto dele. O mais miseravél, profano, ateu e blasfêmios dos homens precisa receber de nós os que confiamos e vivemos em Deus, o amor que é demonstrado através do respeito, do bom trato e da atitude de amar sempre. O amor deve ser dado a todos, inclusive deve ser ofertado aos que nos odeia e nos faz o mal, nossa atitude como discipulos de Deus é pagar o mal com o bem, o ódio com o amor (Mateus 5.43-47).



DEUS É AMOR


Esta afirmativa é espetacular, pois Deus não necessita amar, por que ele próprio é a personificação do Amor e mostra a todos neste mundo o seu amor ao enviar o seu Filho. Deus enviou o seu filho, pois deseja que tenhamos vida e que nossa existência ocorra sobre os príncípios de Cristo. O apóstolo João nos chama atenção no texto acima ao fato de que não fomos nós que amamos a Deus primeiro, mais foi Deus que primeiro demostrou que é amor e nos ama, nos dando o seu Filho, para que os nosso pecado sejam perdoados por intermédio dele.


TER VIDA POR MEIO DELE


Esta é boa noiticia de Deus para nossas vidas, nos Céus foi estabelecido uma forma de vivermos uma vida que nos conduzirá a eternidade ao lado de Deus. A solução não está em clamar e fazer orações aos santos, não está nas cartas, nos búzios, nas mandigas, nas reencarnações, nos espíritos dos mortos. a solução está em JESUS.
O pecado é uma realidade em nossa existencia, todos pecamos (Romanos 3.23) e não acreditar na realidade do pecado é loucura (Provérbios 14.9), entretanto Deus é amor e providenciou a solução para nossa condição pecaminosa nos dando o seu FIlho. Glória a Deus!


O MANDAMENTO DE CRISTO


Para quem deseja viver em Deus, através de JESUS o seu Filho, amar não é uma opção é um dever. Não existe vida de fé sem amor. E o amor Cristão vai além de amar só as pessoas dos circulos de nossa família e amigos, o amor cristão é vivenciado através da oferta a todos, incluindos os que nos odéia. 
Dizer que ama a Deus, mais odiar um semelhante seja ele quem for é injustificavél e quem age assim é mentiroso quando diz que ama a Deus, pois tem ódio no coração contra uma pessoa.
O mandamento do amor é foi um mandamento que Cristo nos deu.


A NOSSA VIDA NESTE MUNDO É COMO A VIDA DE CRISTO


JESUS é nosso guia, exemplo e modelo perfeito, exclusivo e suficiente. A palavra de Deus nos ensina que devemos viver neste mundo como Cristo, seguindo o seus ensinos. Não nos ensina que devemos viver como Buda, Confúcio, Maomé, Alan Kardec ou qualquer outro homem virtuoso viveu, por mais que eles tenham nos deixado algum legado que possas ser aproveitado, quem realmente deve ser o centro de do nosso viver é Cristo, pois a nossa vida neste mundo deve ser como a vida Dele.


O DIA DO JUÍZO 


Muitos não acreditam que um dia vão dar conta de todos os seu atos a Deus, o próprio Senhor JESUS nos ensinou esta verdade ao dizer: "Eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado". (Mateus 12.36-37). "O Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras". (Mateu 16.27). Dai a importância de viver em Cristo e cumprirmos o mandamento que Ele nos deu, o mandamento do Amor. 
Então no grande dia que estivermos diante do Pai, o chamado dia do Juizo, teremos a eternidade, pois as nossas obras serão boas em amor e os nossos erros serão perdoados pela nossa vida em Cristo.




Pastor Leonardo Gomes. 
18/02/2012.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

COMPRA A VERDADE E NÃO A VENDAS


“Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Provérbios 23:23)

"Χωρίς αίμα δεν γίνεται άφεσις" (Εβρ. 9: 22)
"Sem o sangue não há remissão" (Hebreus 9:22)

O senhor tem realizado uma obra em nosso meio que, se torna difícil expressá-la com uma simples postagem num blog. Obra tal que se contarmos aqui em detalhes, provavelmente não teríamos o crédito de algumas pessoas (principalmente no meio ‘evangélico’).

Numa outra postagem, podemos até explicitar tal obra, mas já adiantamos que ela é um resultado de profecias relacionadas ao tempo profético que antecede a vinda gloriosa do Senhor Jesus. Neste projeto eterno que o Espírito Santo nos revela, temos nos preparado para sair (o momento é sério). A hora de deixar este Egito está chegando. Os sinais estão aí (como as pragas do Êxodo). Nesse momento crucial para a Igreja Fiel de Cristo, temos descoberto (através do Espírito Santo) a importância do SANGUE (o sangue de Jesus, um projeto eterno e condensado em toda a Palavra de Deus). Quando falamos “Sangue”, fazemos menção do simbolismo que há no sangue (derramamento do Espírito Santo para uma OBRA específica) e não falamos de um sangue humanamente biológico.

“Sem o sangue não há remissão” (Hebreus 9:22)

“Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas” (Apocalipse 22: 14)

“Ora, o Deus de paz, que pelo seu sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe para toda boa obra, para fazerdes a sua vontade...” (Hebreus 13:20,21).

Para cada fase histórica da Igreja, Deus levantou uma ênfase profética, mas em todas elas houve a presença (indispensável) do sangue. Porém, na ultima fase da Igreja, a ênfase profética é “MARANATA, O Senhor Jesus vem” (uma advertência para o mundo). Mas, para sair, é necessário estar inserido num projeto eterno simbolizado pelo “sangue”. Esse projeto é a Obra do Espírito Santo (em uma próxima oportunidade entraremos nesse tema).

Falamos sobre a Obra do Espírito Santo e a importância do sangue (um projeto eterno), mas qual a relação do  texto em provérbios com tal projeto?

Algumas pessoas já viveram essa Obra, fizeram uso dos recursos da GRAÇA soberana, foram já iluminados no Batismo com o Espírito Santo, receberam dons espirituais, discerniram a doutrina do Corpo de Cristo, partilharam das mesmas experiências com um Deus vivo e que fala intimamente com seu povo por intermédio da operação exclusiva do Espírito Santo, de variadas formas e, principalmente, pela Palavra Vivificada.

Porém tais pessoas saíram desse projeto e venderam (trocaram) essa verdade por outra “verdade”. Bem, isso não é problema para nós, pois temos a riqueza contida em nossa essência da livre escolha e, ela se torna soberana pelo fato do próprio Deus não interferir na mesma.

Mas o problema é: Indivíduos saem dessa obra tão maravilhosa e se dispõem para ataques e refutações contra esse projeto (muitas vezes sem fundamentação). O primeiro alvo de ataques é o Sangue como uma doutrina e a primazia que damos ao “sangue” quando oramos com ousadia conforme nos ensina a carta aos Hebreus. Eles têm um sério problema com o sangue. Seus atos se resumem em ataques.

·        Ataques: operação do erro por parte de alguns apóstatas (que estiveram inseridos no mesmo projeto espiritual em que estamos) que, na maioria das vezes são movidos por ódio religioso e ressentimentos variados. Seus ataques têm como fundamento o protestantismo histórico ou tradição religiosa histórica. Se intitulam “defensores da verdade”, mas na verdade refutam uma Obra que está condensada em toda a Palavra de Deus e, que jamais se discerne na letra, mas no espírito.

·        Alvo dos ataques: a MENTE. Confira na postagem “A Mente” http://www.palavraserio.blogspot.com.br/2012/10/a-mente.html

·        Objetivo dos apóstatas com seus ataques: Desestruturar a vida espiritual dos verdadeiros servos do Senhor Jesus, disseminando mentiras e engano com o intuito de gerar descrédito e questionamento no meio desses.

·        Temos que lembrar que tais apóstatas são meros instrumentos do inimigo de nossa alma. São pessoas que se encheram de Satanás indo após ele.

“Do que desviando-se alguns, se entregaram a vans contendas” (1Tm 1:6)

·        Paulo adverte a Igreja que a luta é plenamente espiritual. Então jamais iremos entrar em questões com apóstatas, mas sim vigiarmos em oração fazendo uso dos recursos da Graça disponibilizados pelo Espírito Santo nessa Obra. O momento é sério! Estamos prestes a sair do Egito! Não podemos nos apostatar da fé. Revistamo-nos das armas da luz, principalmente o sangue, pois sem o sangue não há, indiscutivelmente, remissão. O sangue é a premisse de todos os recursos da graça, pois Ele é o próprio capacitar do Espírito para a realização de toda a obra.

 

·        Qual é o conselho do Senhor mediante a tudo isso?

Voltando ao texto base (Provérbios 23:23):

·        “Compra a verdade”- Qual o sentido? Verdade +JESUS (o caminho, a VERDADE e a vida);

·        “compra”- Um negócio bilateral (dar e receber); uma troca de valores. Para se comprar algo, é necessário dar algo, oferecer (dispor) de um valor. O Senhor não precisa de nenhum valor financeiro e material do homem, mas Ele pede o nosso coração (a nossa entrega total). V. 26- “Dá-me, filho meu, o teu coração”.

·        Um ato recíproco- Reciprocidade nem sempre se define como “troca”, mas é um gesto intersubjetivo- uma relação de Deus com o homem (algo que Deus resgatou através do SANGUE). Entregamos-nos a Ele, reconhecemos sua misericórdia através do sacrifício de Jesus (o derramamento de seu sangue), cremos nesse ato como um ato para a nossa remissão e Ele nos confere, por sua GRAÇA abundante e soberana, a garantia de vida eterna.

·        Alguns questionadores de plantão irão dizer: “Mas se é recíproco anulou-se a graça”. É porque não discerniram a graça de Deus. A Graça está no ato de salvar e eleger o homem para essa salvação, mas, logo após o chamado (manifestação dessa graça imanente na história e revelada ao homem eleito), a relação desse eleito para com o Deus soberano se dá pela fé e, a manutenção dessa fé ( fé espiritual e não humana) só se dá pelo relacionamento  criatura- Criador. Então há reciprocidade.

·        Uma ligação por amor (um fio profético que liga o homem a Deus presente em toda a Bíblia)- Resultado de um projeto. Tal projeto se manifestou ao homem na figura do sangue (de Gênesis a Apocalipse).

·        “Não a vendas”- Desvalorização da Verdade na vida de alguns. Queda espiritual e apostasia. Negociar a verdade é negociar o projeto. É sair da reciprocidade com o Senhor Deus e, agora, manter uma relação com o outro homem. Uma relação terrena (interesses terrenos).

·        “Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Pv. 23:23)

·        Sabedoria-  Do Espírito Santo. (Revelação de um projeto). Quem “compra” a verdade, recebe a Sabedoria –

·        Sabedoria = a palavra no original hebraico usada nesse versículo é: hokhmah  (substantivo feminino- num bom sentido) – Habilidade, experiência, sagacidade. O ponto alto desta palavra e seu conceito é alcançado em Provérbios 8:22-31. O momento profético em que estamos inseridos exige uma vida espiritual sagaz e vigorante. Não podemos nos perder no caminho. A hora é de saída. O sangue de Jesus, a saber, o Espírito Santo é quem nos garante essa habilidade, capacidade e sagacidade para caminharmos firmes nesse projeto eterno. Quem compra a verdade (se relaciona com o Senhor), recebe esse vigor. Esse vigor foi garantido na cruz.

·        Disciplina-  Corpo, fé, doutrina- A capacidade e a experiência que obtemos para caminhar nesse projeto só se encontra no Corpo de Cristo, pois é lá que corre o sangue. “Comprar a verdade” é, portanto, viver essa doutrina- Numa só mente, um só coração, um só Espírito, Deus e Senhor.

·         A disciplina está estreitamente ligada á obediência- Santificação- Obedecer à voz do Espírito Santo é santificação. Moisés (um tipo do Espírito Santo) revelou qual era a vontade do Senhor: Tirar o povo. A vitória do povo de Israel esteve em ouvir a revelação de um projeto, inclusive, o ponto auge desse projeto foi o “sangue”.

·        Prudência- Vigilância – Para o momento que antecede a saída, a vigilância se torna um de nossos aliados. Há uma advertência: “Maranata”! A nossa diferença para com o mundo está exatamente na vigilância. Veja a “Parábola das Dez Virgens”.

( a 2º parte desta postagem segue abaixo)

Gabriel Felipe M. Rocha