terça-feira, 31 de janeiro de 2012

JESUS PAGOU O TRIBUTO

JESUS PAGOU O TRIBUTO E ANIQUILOU NOSSA DÍVIDA

(Mateus 17: 24-27)



Os fariseus, doutores da lei e os sacerdotes de Israel, viviam sempre seguindo e testando a Jesus com o objetivo de apanhá-lo em alguma palavra ou ato que pudesse servir de motivo de acusação e condenação ao Senhor. No entanto, eles nunca alcançaram o seu intento, pois Jesus era íntegro em palavras e atitudes perante Deus e os homens.
Uma vez Jesus estava ensinando no templo, e os sacerdotes mandaram os guardas mais fortes que tinham para prendê-lo, mas os guardas não conseguiram chegar até onde Jesus estava por causa da multidão que o cercava. Enquanto esperavam uma oportunidade, os guardas puderam ouvir as palavras e ensinos do Senhor Jesus, e seus corações foram sendo quebrantados e amolecidos; eles então voltaram para seus chefes, que lhes perguntaram por que não cumpriram sua ordem, e responderam eles: “Jamais alguém falou como este homem”.

Certo dia, quando se encontrava em Cafarnaum (aldeia da consolação), a casa onde Jesus estava recebeu a visita de alguns cobradores de impostos. Eles haviam sido enviados pelos sacerdotes para perguntarem se Jesus pagava as didracmas cobradas pelo império romano, com a intenção de incriminá-lo caso fosse devedor. Naquela ocasião, Pedro os atendeu e diante da sua pergunta, respondeu (sem consultar Jesus) que o Senhor pagava as didracmas. Os publicanos, então, foram embora para cientificar seus mandantes do que haviam apurado, mas o que eles não sabiam é que Pedro havia dado uma resposta precipitada, pois Jesus nunca havia pago imposto algum aos romanos.

Quando Pedro entrou em casa, foi interpelado pelo Senhor Jesus com uma pergunta: “Que te parece Simão? de quem cobram os reis da terra os tributos ou o censo? dos seus filhos ou dos alheios?”. Pedro então respondeu: “Dos alheios”. Jesus lhe disse: “Logo, estão livres os filhos; Mas para que não se escandalizem, vai e lança teu anzol ao mar e o primeiro peixe que subir, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o e dá-o por mim e por ti”.

Desta forma, Jesus mostrou a Pedro que Ele como Filho de Deus (O Rei de todo o Universo), não devia impostos nem tributos ou qualquer outra coisa a ninguém. Mas por causa da resposta comprometedora de Pedro aos publicanos, Ele agora seria obrigado a pagar as didracmas relativas ao imposto cobrado a todos os judeus sob o governo romano.

Deus proveu uma forma para que isso acontecesse, através do dinheiro na boca do peixe pescado por Pedro. O estáter vale duas didracmas, o valor necessário para o pagamento da dívida de duas pessoas. Jesus de fato pagou a dívida com a sua morte na cruz, e nós que não tivemos trabalho algum, fomos beneficiados.

Este fato profético aponta para uma realidade espiritual profundamente abrangente, e que está relacionada ao Projeto de Salvação do homem. Jesus foi enviado a este mundo, como homem, e durante toda a sua vida nunca deveu nada a ninguém. Ele nunca cometeu pecado ou falta alguma diante dos homens nem diante de Deus.

Mas por causa do homem que pecou contra o Pai, desobedecendo sua Palavra, Jesus teve que assumir uma dívida que não era sua.

Por causa da atitude do homem, que agiu por conta própria, transgredindo contra Deus, é que o Senhor Jesus teve que pagar o alto preço da dívida que na verdade era nossa. Na qualidade de pecadores, nos tornamos “alheios” e devedores, e não filhos “isentos”. Jesus tomou sobre si toda a nossa culpa e enfrentou sozinho a condenação, como único meio de nos libertar do “escândalo” do pecado por nós cometido. Foi a forma de pagamento provida por Deus em nosso favor.

As humilhações sofridas, as perseguições, as privações, o desprezo, a violência dos bofetões e cusparadas, a fronte rasgada pelos espinhos da coroa, as mão e os pés dilacerados pelos cravos e tantas outras formas de sofrimento e dor, foram experimentados pelo Senhor Jesus, por causa de nossas atitudes, palavras e pensamentos. Deus permitiu que seu Filho Unigênito sofresse tudo isso; Ele só não permitiu que seus ossos, a estrutura de seu corpo, fossem quebrados, pois ela representa a estrutura da Igreja como Corpo de Cristo. A igreja pode até ser perseguida e afligida, mas nunca desestruturada. Ela não pode caminhar manquejando ou coxeando, mas ereta e firme.


Esse foi o preço que Jesus pagou por nós. Ele como Senhor e Príncipe, como Filho de Deus, nunca deveu nada e nunca se achou engano na sua boca, mas por nossos pecados Ele morreu, para nos livrar da dívida por nós mesmos contraída.

Jesus pagou aquilo que era de nossa responsabilidade, e agora, para estarmos realmente livres da dívida, precisamos atentar para o Projeto de Salvação estabelecido por Deus e revelado por Jesus quando mandou Pedro lançar seu anzol ao mar e tomar a moeda da boca do peixe. Quando Pedro obedeceu a orientação de Jesus, pela fé na sua Palavra, obteve o valor necessário para pagar sua parte da dívida. Jesus providenciou o meio para isso.

Nós somos como aquele peixe que foi pescado do mar. Nós fomos resgatados do mundo de perdição em que vivíamos, e agora precisamos atentar para o que diz a Palavra em Romanos 10:9, que diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
A moeda retirada do interior do peixe através da sua boca, suficiente para o pagamento da dívida de Pedro, aponta para a confissão procedente do nosso coração, de que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador. Se mantivermos essa confissão até o fim, seremos salvos e eternamente livres da dívida.

Amém !

Gabriel Felipe M. Rocha
Blog Palavra a Sério

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Esmagando heresias II - Jesus teve outros irmãos sim

Paz novamente aos irmãos;
Iremos explicar hoje a segunda pergunta e resposta deixada no meu primeiro artigo sobre o tema: "Esmagando Heresias", agora falaremos sobre Jesus ter tido sim mais irmãos.
 
Destacamos agora a colocação: "...até que deu a luz à seu filho, o primogênito..."; e acrescentamos um texto: "E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos..." Lucas 2:7

O que é primogênito? É bem claro que é o primeiro filho, então a Bíblia diz que Jesus foi o primeiro filho de Maria, se Maria tivesse em toda sua vida apenas um filho de José, a colocação Bíblia seria diferente, seria : "...e deu à luz a seu filho, o unigênito...". Então Jesus foi o primeiro.
Vejamos o mesmo versículo na Bíblia católica, (que é a mesma da protestante com acréscimo de alguns livros no Velho Testamento e diferenças até aceitáveis de tradução).

"E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas..." Lucas 2:7, é usada a mesma palavra PRIMOGÊNITO.

São muitos versículos que falam sobre os irmãos de Jesus, mas vamos nos ater a um:

"Porque nem mesmo seus irmãos criam nele." João 7:5
"Com efeito, nem mesmo os seus irmãos acreditavam nele." João 7:5 (Bíblia Católica).

A palavra usada aqui no grego é adelphos αδελφος e significa:

1) um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
2) qualquer companheiro ou homem 
3) um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição

Ou seja, pode significar irmão de sangue ou uma pessoa com um forte vinculo. Certa vez Jesus disse que aqueles que ouvem as suas palavras são seus irmãos, pai e mãe, então alguém pode me dizer que os irmãos de João 7:5 são pessoas de vinculo, ou companheiros, ou pessoas que ouviam a sua palavra, mas NÃO, neste contexto não, está claro que eram pessoas que não criam nele, logo não se aplica vinculo nenhum, o único significado que se aplica é irmão, da mesma mãe, a palavra é clara, não criam nele, logo não são aqueles que ouviam a sua palavra, nem eram companheiros, pois não criam, mas mas tarde creram, Tiago que escreveu a carta de Tiago era irmão de Jesus, pois o Tiago discípulo havia morrido, e na carta de Judas ele se diz irmão de Tiago. Logo Tiago e Judas que escreveram os livros/cartas do Novo Testamento são irmãos de Jesus.

"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?" Mateus 13:55

Jesus tinha irmãos, e eram casados nos afirma a Bíblia : 

"Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?" I Coríntios 9:5


"...e os irmãos do Senhor..."

Mais uma resposta, Jesus teve sim mais irmãos, irmãos de sangue. Na próxima postagem responderei a terceira pergunta.


Mateus de Souza Morais

sábado, 28 de janeiro de 2012

Esmagando Heresias I - Maria virgem


Graça e Paz a todos que acessam o Blog;

Começo esta postagem com algumas perguntas: 1 - Maria continua eternamente virgem?, 2 - Jesus teve realmente irmãos de carne?, 3 - Maria é uma pessoa divina?; Respostas: Não, sim e não. hoje explicaremos sobre a primeira pergunta e resposta.


Maria continua eternamente virgem? Não.

Muitos cristãos crêem que Maria não teve mais filhos com José, primeiramente, isso não pode ser uma verdade incontestável, pois a Bíblia ensina diferente, e somente examinando as escrituras teremos a vida eterna como disse Jesus, coisas extra bíblicas não salvam, e a Palavra de Deus condena servir a Deus segundo os homens: "Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." Mateus 15:9; vejamos o que a Bíblia diz sobre Maria e José:

Mateus 1:24 e 25

"E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

Destacamos a colocação: "...e não a conheceu até que deu à luz..."

O que é conhecer na Bíblia? no versículo citado a palavra em grego usada é "ginosko" γινωσκω, e segundo o dicionário Strong significa: "expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher." para fortalecer este significado usamos alguns textos que aparecem esta palavra no Velho Testamento em hebraico:

"E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu..." Gênesis 4:1
"...e Elcana conheceu a Ana sua mulher, e o SENHOR se lembrou dela". 1 Samuel 1:19
"E era a moça sobremaneira formosa; e tinha cuidado do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu." 1 Reis 1:4

"...e não a conheceu até que deu à luz..." 
O mesmo que dizer "...e não coabitou até que deu à luz..."

"...até que deu à luz...". Ou seja após dar a luz ele a conheceu, a Palavra está afirmando isso ao dizer que ele só não coabitou até dar a luz, se ele nunca houvesse coabitado com ela a Palavra não falaria sobre "..até que deu a luz..."

Resposta a primeira pergunta, realmente Maria não viveu virgem até o fim de seus dias, teve um casamento com José como qualquer pessoa.

Antes de mais nada gostaria de receber perguntas e sugestões, mas nada fora da Bíblia, se quer deixar uma opinião contrária, que seja na Bíblia, senão não será publicado, leve a Palavra a Sério. Na minha próxima postagem explicarei a segunda pergunta.


Mateus de Souza Morais

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

INTIMIDADE COM DEUS

(mensagem)

ÊXODO 33:17: “Então disse o Senhor a Moisés: Farei também isto, que tens dito; por quanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome”.

Intimidade com o Senhor vai muito além de conhecê-lo. Os servos mencionados na Palavra de Deus que tiveram essa experiência de grande intimidade com o Senhor, foram vencedores. Abraão era tão íntimo com o Senhor que Deus o chamou de amigo.

Jó era um servo que tinha intimidade com Deus. Só esta intimidade poderia permitir o diálogo com Deus. Moisés já nasceu sob uma sentença de morte, mas Deus zela por seu projeto. Moisés cresceu nos palácios do Faraó, mas sempre amou ser hebreu,ao ponto de defender um hebreu matando um egípcio, e teve que ir para o deserto e lá ficou por muito tempo,até que Deus o chamou e falou com ele na sarça ardente,e,ali,Moisés começa a conhecer mais perto o Senhor Deus de Israel.

O Deus que Moisés passava a confiar e ter intimidade usou Moisés com sinais e maravilhas no meio do povo,e a palavra diz que “nunca houve em Israel profeta algum como Moisés,que Deus conhecera cara a cara,nem semelhante em todos os sinais e maravilhas” (Deut.34:10)

E falava com Moisés face a face como qualquer que fala com seu amigo. Era assim que o Senhor via Moisés, como amigo. Você pode ter e viver essa benção. Sirva ao senhor em temor e santificação na obediência e fidelidade, pois Ele assim lhe dirá: “não te chamo mais servo, mas,AMIGO”.

Não era o Deus distante,que apenas de vez em quando se lembrava de falar com ele, mas era um amigo íntimo de todas as horas e momentos, a ponto de dizer “ se a tua presença não for comigo,não faças subir daqui.Irá à minha presença contigo para te fazer descansar”.

Moisés não andava sem a presença de Deus,sem seus conselhos. É o que o Senhor quer de mim e de você, INTIMIDADE, convivência. Sempre desejamos estar com a família, amigos,colegas, não é mesmo? E com o Senhor de sua vida (se Ele assim for)?
Certa vez o Senhor disse: “ com Mirian e Arão eu falo com visões, mas com Moisés eu face a face”,o que quer dizer,com total intimidade,você fala e eu,o Senhor,respondo.
Quando Deus manda Moisés subir ao monte (Ex.19:21) para que ali ele pudesse falar, manda Moisés marcar os termos do monte, para que o povo não ultrapassasse os termos, porque senão morreria,. No salmo 25:4 diz: “os segredos do Senhor são para os que o temem”. E o povo não temia quando murmurava,quando questionava as ordens do Senhor,quando sentia saudade do Egito... Por isto não podiam transpor os limites do monte.

O monte ali, fala de nossa caminhada ao céu. Cada subida é ao lado do Senhor, pois sem ele a nossa tendência é descer. Na nossa caminhada, devemos transpor os limites do monte, ou seja, buscando,orando, consagrando,madrugando, buscando se fortalecer e entender mais do senhor. “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor...” Oséias 6:3.

E se o cansaço vier, temos uma promessa: “ contigo irá minha presença para te fazer descansar”.
Moisés podia transpor esses limites,porque tinha temor,era amigo,tinha intimidade com Deus.
Ter intimidade com Deus é exatamente isto: transpor os termos do monte e ir mais além!
Estar no culto não é ter intimidade com Deus; ter intimidade com Deus é estar envolvido com o culto,ter comunhão, diálogo,confiança e satisfação.
Um amigo só pode ser íntimo quando confia totalmente nele,quando chora com ele,quando ama... Quanto mais se fala com Ele, mais Ele nos conhece e mais íntimos nos tornamos.

“já não vos chamais servos, mas amigos.”

A paz do Senhor Jesus!

Gabriel Felipe M.Rocha

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

LOUVOR: SITUAÇÕES

OLÁ, IRMÃOS E AMIGOS LEITORES DO BLOG PALAVRA A SÉRIO. ESTOU AINDA NO PREPARO DE ALGUNS ESTUDOS E MENSAGENS, MAS,ENQUANTO ISSO CURTAM E MEDITEM NESTE LOUVOR INSPIRADO PELO ESPÍRITO SANTO:
GRUPO LOGOS - SITUAÇÕES


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Animais da Arca de Noé

IGREJA = O MELHOR LUGAR PARA SE VIVER

No livro de Gênesis encontramos uma das histórias mais conhecidas da Bíblia, pela grande maioria das pessoas: O DILÚVIO E A ARCA DE NOÉ (Tema até mesmo de muitas canções infantis).

Só que para muitos é apenas uma história, mas o Espírito Santo tem revelado ao povo de Deus, aquilo que vai além da história , que é o PROFÉTICO.

CRONOLOGIA DO DILÚVIO:

- Início da chuva = dia 17 do 2ºmês (Gn.7:11).

- Choveu 40 dias (Gn.7:17).

- 150 dias de águas sobre a terra (v.24).

- Arca repousa no monte Ararate (Gn.8:4), no dia 17 do 7ºmês.

- Águas começam baixar(Gn.8:5) no dia 1º do 10º mês.

- Noé abre a janela da Arca e vê a terra secando(Gn.8:13) no 1º dia do 1ºmês do ano seguinte.

- A terra estava seca (Gn.8:14) no dia 27 do 2º mês.

Portanto, viveram dentro da Arca por aproximadamente 1 ano.

Agora imagine viver 1 ano dentro de um navio com 8 pessoas(a rotina de ver essas mesmas pessoas o tempo inteiro),cuidando de centenas de animais;imagine a sujeira para limpar, o trabalho para alimentar...será que não havia às vezes problemas de relacionamento?!!!

Com certeza havia problemas ali dentro,mas havia um grande diferencial:

Do lado de fora = Só havia MORTE

Do lado de dentro = Havia VIDA , ou seja, estava muito melhor do que do lado de fora.

ARCA DE NOÉ = SÍMBOLO DA IGREJA

A Igreja também é para nós hoje o melhor lugar para se viver, embora às vezes surjam “ problemas” e algumas “pequenas dificuldades”, está milhares de vezes melhor que no mundo,onde as pessoas estão morrendo sem Salvação.

A Igreja é onde o Senhor tem nos dado a oportunidade de transformação, mudança e Salvação, diante de nossas fraquezas e defeitos.

Veja com os olhos da fé o Dilúvio: Quanto mais a chuva caía,havia destruição e morte, e ao mesmo tempo as águas subiam e a Arca ficava cada vez mais próxima dos montes.

Assim também hoje: Quanto mais o pecado destrói o mundo, mais próximo estamos do Céu; os sinais anunciam que em breve Jesus voltará para buscar sua Igreja.

OS ANIMAIS DA ARCA:

A Bíblia sempre usou muito a figura de animais comparando-os ao comportamento humano: ovelhas e bodes, águia,pelicano no deserto...e tantos outros mais.

Portanto, seguindo este modelo bíblico, imaginemos alguns animais que poderiam estar na Arca, comparando com o comportamento humano, descobrindo alguns tipos de crente que estão em nosso meio:

-LEÃO, ONÇA (e outros felinos selvagens) = Predadores violentos e carnívoros.Representa o crente carnal, sem domínio próprio,bravo demais, não leva “desaforo pra casa”, sem humildade.

- URSO = Mata com um abraço. Tipo do crente invejoso (falso amigo). Frio e calculista.

- BODE/CABRITO = Animal aventureiro(sobe morros) , solitário, come tudo que encontra (papel,plástico,mato...).Simboliza o crente aventureiro,sem discernimento,não separa o santo do profano.Para este, igreja e mundo é a mesma coisa.

JUMENTO = Empaca. Tipo do crente pirracento.

CAVALO = Dá patadas;ignorante,dá mal resposta em tudo.

COELHO = Caracterizado pela esperteza.É aquele caloteiro, mal pagador,que usa o nome de crente para benefício próprio,para enganar...

PAPAGAIO = Repete mais ou menos tudo que escuta. É o fofoqueiro.

JAVALI/PORCO= vive na sujeira,no pecado...

CAMALEÃO = Muda de cor conforme o ambiente.Este é muito interessante;na igreja canta,carrega bíblia,etc...fora dela bebe,fuma, participa de conversas imorais,etc...

CAMÊLO = Meses sem beber água.É aquele que passa dias sem ir à Igreja e acha que está tudo bem.Vai só Domingo ,que vale pra semana toda.

PAVÃO = símbolo do vaidoso, que gosta de aparecer.

BOI = Feito para servir ao homem.É aquele que quer agradar às pessoas e ao mundo, mesmo que isto implique em desagradar ao Senhor.

TAMANDUÁ = língua enorme; destrói o formigueiro com as unhas. Símbolo do fofoqueiro e caluniador.

Poderíamos citar muitos outros,mas paramos por aqui para que possamos entender que um dia o Senhor Jesus também nos trouxe para Sua Presença , com todos os nossos defeitos; nos aceitou, e hoje nos transformou em “OVELHAS DE SEU REBANHO”

Como ovelhas: Somos pastoreados pelo “BOM PASTOR”

-Vivemos no rebanho (fazemos parte do Corpo de Cristo, em unidade e comunhão).

- Nâo é um animal carnívoro: ou seja, não somos dominados pelos impulsos da carne, que levam ao vício, adultério, e tantos outros males.

- Temos um Pastor que nada nos deixa faltar,que nos faz deitar em pastos verdes, que passa óleo (Seu Espírito Santo) em nossa cabeça,que nos leva as águas de descanso,que passa conosco no vale,que nos direciona com seu cajado..que cuida de nós a cada instante.

Quem sabe você se enquadra em algum dos exemplos citados! Não se preocupe , ainda há tempo de clamar À Deus por uma TRANSFORMAÇÃO.

Porque Deus FORMA, o diabo DEFORMA, a religião REFORMA, mas SÓ JESUS TRANSFORMA.

Gustavo Rodrigues

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A Justificação

Paz de Deus a todos irmãos em Cristo;

O assunto de hoje é sobre justificação, onde iremos tratar da maneira que os escribas e fariseus procuraram acusar a Jesus e como se deu a ação de Jesus em contra partida. Sugiro aos irmãos a lerem os capítulos 3 e 4 de Gálatas para maior compreensão.
João 8:3 a 6

3  Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
4  disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. 
5  E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? 
6  Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. 

Irmãos a Lei dada ao povo temporariamente até que viesse a fé em Jesus como vemos em Gálatas 3:24  

"De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé."  

Mas acontece que a Lei não justificava ninguém diante de Deus Gálatas 3:1, apenas foi adicionada por causa das trangressões, para que o homem pudesse ser perdoado, transferindo sua culpa para o animal sacrificado, mas justificados mesmo somente pela fé, "...mas o justo viverá da fé..."; Irmãos essa Lei era pesada de modo que se você tropeçasse em um ponto da Lei, ela estava quebrada, era impossível, de modo que o Salmista diz anos após a lei: "Não há um justo, não há um justo sequer...", ou seja ninguém conseguiu se Justificar pela Lei, pois "...todos pecaram...", mas quando veio então a fé em Jesus podemos ser justificados, por que? Ora não porque somos bons, não erramos mais depois que conhecemos a Jesus, mas porque temos um advogado. Vejamos no exemplo da mulher adúltera.

Os escribas e fariseus a trouxeram pois a apanharam no ato, ou seja, ela era culpada sim, errou e era totalmente responsável sobre seu erro, e certamente morreria segundo a Lei: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera." Levítico 20:10, Os fariseus sempre acompanhavam a Jesus aonde ele estivesse ensinando, então eles sempre ouviram a mensagem de Jesus, a sua mensagem de perdão vejamos alguns trechos ditos por Jesus: "O filho do homem veio salvar o que se perdeu...", "eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.". Ou seja, a acusação dos fariseus era totalmente contraria às palavras do Senhor Jesus.
Quando os fariseus e escribas dizem que aquela mulher deveria ser apedrejada a estratégia deles era acusar a Jesus da seguinte maneira:
  • Se Jesus disser que ela não deve ser apedrejada pois Ele veio para salvar, os fariseus o acusariam de quebrar a Lei e o matariam;
  • Se Jesus disser que ela deve ser apedrejada, eles escarneceriam dizendo: "você não veio para salvar, não veio para justificar, perdoar, trazer arrependimento, mas nem conseguiu salvar esta mulher"

Então irmãos, tudo ali dependia da resposta de Jesus a eles, a vida daquela mulher dependia de Jesus, ela estava errada, era culpada sim, mas Jesus veio para salvar, então Jesus abre a sua boca e diz aquelas palavras maravilhosas de João 8:7 "...Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.". E nos diz a palavra que eles saíram um após um acusados pela sua própria consciência. irmãos vemos aqui o papel de Jesus como advogado, aquela mulher não tinha nada em sua defesa, nada que a pudesse livrar, nada que pudesse justifica-la, mas então apareceu Jesus, a palavra nos recomenda não pecar mas "...Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" 1 João 2:1, Jesus quis ensinar a eles algo que eles não entenderam, não existe ninguém justo por si mesmo, não existe homem em condição de condenar outro homem, não existe homem perfeito, eles não eram perfeitos.

Irmãos, os escribas interpretavam a Lei literalmente mas deixaram passar detalhes importantes, vejamos o caso de Davi, ele era Rei, a responsabilidade dele diante de Deus e da Lei era muito mais pesada, Davi adulterou, segundo a Lei ele era digno de morte, mas Deus enviou um profeta dizendo que ele não morreria, e que ele seria perdoado("...o Senhor traspassou o seu pecado..."), o povo de Israel tinha este maldito costume de querer apedrejar no mesmo instante o pecador, eles se esqueciam da sua condição de pecador, aquela mulher era adultera, mas não adianta, qualquer pecado quebrava toda a Lei, existem consequências com pesos diferentes, mas qualquer pecado quebra a Lei, eles se esqueciam de que também eram tão pecadores quanto àquela mulher. Ou seja sempre houve a misericórdia onde a Lei não poderia salvar.

Vemos então irmãos, que a Lei não pode salvar o homem, as obras não podem, não adianta, se eu faço caridade, visito enfermos, viúvas, encarcerados, se não alcancei a Fé em Jesus, e somente nEle, não estou sendo Justificado diante de Deus. E não há outro nome, "debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." Atos 4:12, entendendo então que só o nome de Jesus salva, o de Maria não salva, o de Tiago, Pedro, João, Antônio, Buda, Bento, João Paulo, Cicero, Maomé, Kardeck não salvam...


Aleluia! Jesus é o nosso Advogado, que nos justifica, quando erramos somos culpados sim, mas "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9
Você errou? Pecou? Isto está te incomodando? Você se sente um derrotado? Não temas irmão pois: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;" Romanos 5:1, essa acusação que vem na sua mente não vem do Espirito de Deus vem do adversário, ele é quem acusa, pode ficar em paz com Deus, pois Jesus veio salvar, veio trazer ao arrependimento.

Mateus de Souza Morais 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O RIBEIRO (mensagem)

JÓ 28:4

“TRANSBORDA O RIBEIRO ATÉ AO QUE JUNTO DELE HABITA, DE MANEIRA QUE SE NÃO PODE PASSAR A PÉ; ENTÃO,INTERVÉM O HOMEM, E AS ÁGUAS SE VÃO”.

Jó tinha um segredo. Em meio a tantas provações, ele guardava um segredo em seu coração. No capítulo 19:25 ele expressa: “eu sei que meu Redentor vive”.

Há um povo nesta hora que também guarda um segredo.Há uma OBRA que Deus está fazendo através de seu Espírito Santo e nossas vidas estão envolvidas nesse projeto vivo e, assim nos expressamos como Jó: “quem me dera,agora, que minhas palavras se escrevessem... que se gravassem num livro”. Há um anseio muito grande do povo do Senhor ,cujo o nome está escrito no livro da vida, em deixar esta atual habitação e ir ter para sempre com o Redentor de nossa alma.

Mas enquanto esse dia não nos vem ,aguardamos em Deus, em sua habitação. Nossa habitação é em Jesus, o Ribeiro de águas vivas descrito Jó 28:4. Neste Ribeiro temos nossa habitação.

O que acontece nesta habitação? Ela inunda com bênçãos abundantes. Na OBRA do Espírito Santo a alma se torna satisfeita pois o Ribeiro de Deus transborda até ao que junto dele habita. Mas, somente até ao que junto dele habita. As bênçãos do Senhor alcançam a todos que buscam o refúgio no Ribeiro.

Davi antes de enfrentar o gigante Golias deixou tudo que havia em seu alforge (1Sm 17:22) e foi ao ribeiro (1Sm 17:40) e exatamente ali achou o que precisava para vencer. Nessa OBRA que o Espírito santo opera encontramos o nosso recurso para vencer qualquer batalha. O ribeiro do Espírito transborda e as águas não cessam. “nos últimos dias derramarei o meu Espírito...” diz a Palavra de Deus.

O transbordar do Espírito Santo em nossas vidas e em sua OBRA é tão abundante que “se não pode passar a pé”.

Não se passa a pé, pois , quem nos guia é o Espírito Santo. Somos totalmente dependentes das águas do ribeiro. O caminhar do homem(razão) e do esforço humano são inválidos.

Nossa benção é tão grande e real nessa OBRA maravilhosa do Espírito que não passamos a pé, mas somos guiados pelas veredas do Senhor. Não temos o contato com o chão (terra); nesta caminhada, não andamos conforme o mundo e nem em contato com o pecado e com a razão , mas, sim pela revelação e , na revelação não se pode passar a pé (não vale a nossa intervenção humana), mas , pela fé caminhamos dependentes sempre do ribeiro.

E a palavra sustenta que: “há caminhos que para o homem parecem direitos , mas o fim é a morte” Pv 14:12.

O que devemos evitar em nossa caminhada é a inconstância e andar seguindo para o alvo, olhando para o alto ,pois, se não for assim entra o “então” descrito em jó28:4 nas nossas vidas.

“...então,intervém o homem...”

Se o homem (razão,vaidade,paixões) interferir na OBRA do Espírito Santo, a benção simplesmente recua.

No projeto de Redenção operado por Deus através de seu Espírito o homem não pode com nenhuma intervenção pois a obra é dele e, somos servos e não senhores, somos mordomos e não donos, somos o barro e não o oleiro.

Hoje é comum dentro de algumas igrejas a existência da razão, das boas idéias, da ação humana, das ‘boas obras’, da emoção, da tentativa de “ganhar vidas” usando métodos ditados pelo mundo. É comum o show para Jesus, a marcha para Jesus, o Rock de Jesus, o trio elétrico para “falar de salvação”, o homem-show,etc. Nesses lugares , o Espírito Santo (a água) tem recuado. “as águas se vão”, pois insistem em “passar a pé”.

A água tem um limite para alcançar e sua função é dar vida e ela é dinâmica em sua função.

O Espírito Santo tem um limite. Devemos estar nos limites do Espírito Santo. Jamais ultrapassá-los . E ,estar nesses limites é simplesmente viver em espírito, dando frutos para Deus.

na OBRA do Espírito Santo temos a satisfação verdadeira e a direção segura. Temos uma mensagem (séria) para o mundo:

Venha ao Ribeiro enquanto suas águas são abundantes, pois o Rei breve vem para buscar o que é seu! Amém

A paz do Senhor Jesus!

Gabriel Felipe Martins Rocha

sábado, 7 de janeiro de 2012

PARA ONDE VÃO OS MORTOS?

SHEOL, HADES -(Lc-16.19-31)
As palavras Sheol e Hades aparecem na Bíblia traduzidas como “inferno”, “ sepultura”, “além”, “abismo”, etc... Mas vamos a uma análise mais detalhada.
Sheol é uma palavra hebraica e Hades é grega. São palavras que aparecem freqüentemente no texto original da Bíblia (Seol aparece 65 vezes no Velho Testamento e Hades 10 vezes em o Novo Testamento) e é importante que saibamos o que elas significam.
As duas palavras expressam a mesma idéia. Vemos isto em Atos 2.27, onde encontramos uma citação do Salmo 16.10. No referido texto do livro dos Salmos, o escritor usou a palavra Sheol e na citação, em língua grega, Lucas usou a palavra Hades. Não pode haver dúvida; a palavra hebraica Sheol equivale a Hades na língua grega.
Mas como expressar esta idéia em português?
É aqui que a dificuldade começa, Não existe em nosso idioma nenhuma palavra que traduza satisfatoriamente a idéia contida no vocábulo Sheol. Os tradutores da Bíblia têm usado uma diversidade de palavras na sua tentativa de transmitir fielmente a mensagem divina.
Na Versão Corrigida, João Ferreira de Almeida usa principalmente as palavras "inferno" e "sepultura", mas, em alguns casos, encontramos outras expressões, como "mundo invisível" (Salmo 89.48). Várias vezes ele até desistiu da tentativa de traduzir e simplesmente transcreveu a palavra original (veja Jó 17.16; Salmo 139.8; Atos 2.27, 31, etc.),
A Versão Atualizada de João Ferreira de Almeida mostra-se mais confusa ainda. Esta tradução emprega palavras como sepultura, além, inferno, sepulcro, morte, abismo e cova, além de expressões como "reino dos mortos"' (Isaías 14.15).
A tradução de Mato Soares (católica) usa principalmente a palavra inferno e também palavras como sepulcro, sepultura, morte e abismo, bem como a expressão "habitação dos mortos".
Esta confusão aparente dos tradutores deve-se ao fato de não haver na língua
portuguesa uma palavra que traduza plenamente a idéia contida nas palavras
Seol e Hades.
As diversas palavras que usaram representam uma tentativa honesta e sincera de aproximarem-se à idéia do texto original, levando em conta o contexto de cada ocorrência da palavra.
Vamos considerar as palavras mais usadas por eles e veremos que realmente não são adequadas:
INFERNO
A palavra "inferno" traz para nós a idéia de um lugar de sofrimento, onde o fogo nunca se apaga. Não há duvida de que tal lugar existe, mas a palavra Seol (ou Hades) não significa isto.
Em Gênesis 37.35 vemos que Jacó, um servo de Deus, esperava ir ao Seol. Jó, que era um homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal (Jó 1.8), também falou do seu desejo de ir ao Seol (Jó 14.13), Isto já é suficiente para provar que Seol (ou Hades) não era um lugar reservado exclusivamente para os perdidos, pois até servos de Deus esperavam ir para lá. Salomão confirma isto em Eclesiastes 9.10.
SEPULTURA
Uma sepultura é uma cova funerária, um jazigo; é um lugar onde se enterra o cadáver, O Seol, porém, não é uma sepultura, Considere os seguintes fatos:
1 - A língua hebraica usa "qeber" ou "qeburah" para indicar uma sepultura; nunca usa a palavra Seol para isto. A língua grega não usa Hades e sim, "mnemeion", "mnema" ou "taphos" quando quer falar de sepultura.
2 - Existem muitas sepulturas espalhadas por toda a face da terra, mas só existe um Seol (ou Hades), A Bíblia não usa o plural destas palavras.
3 - Todas as sepulturas que existem são de propriedade particular; lemos na Bíblia da Sepultura (qeber) de Jacó (Gênesis 50.5) e da sepultura (qeburah) de Raquel (Gênesis 35.20) e de muitas outras. Nunca lemos do Seol (ou do Hades) de alguém, pois o Seol (ou o Hades) não é de propriedade particular.
4 - As sepulturas têm localização geográfica. Nos dois casos citados acima, vemos que a sepultura de Raquel estava no caminho de Efrata (Gênesis 35.19) e a de Jacó estava em Canaã (Gênesis 50.5). A Bíblia, porém, não indica nenhuma localização geográfica do Seol; não se acha neste país, nem em qualquer outro.
5 - Todos têm visto muitas sepulturas; nenhum homem vivo jamais viu o Seol (ou o Hades).
6 - Os homens cavam sepulturas (Gênesis 50.5) e compram sepulturas (Gênesis 23.9), edificam sepulturas (Lucas 11.47) e as adornam (Mateus 23.29). Ninguém cava, compra, edifica ou adorna o Seol (ou o Hades).
MORTE
A palavra morte tem sido usada várias vezes para traduzir Seol (ou Hades), mas a própria Bíblia distingue entre Seol (ou Hades) e morte, em Apocalipse 1.18 lemos que o Senhor Jesus Cristo tem as chaves da morte e do Hades. Ainda no mesmo livro, vemos um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, cujo nome é a morte (6.8) e o texto acrescenta que o Hades o seguia. Se o Hades seguia a morte, então o Hades não é a morte.
Mesmo usando as palavras figurativamente, o Espírito Santo mantém a distinção.
No fim do Apocalipse, encontramos as duas palavras mais uma vez. Tanto a morte como o Hades serão lançados no lago de fogo (20.13 e 14). 0 Hades, portanto, não é a morte.
ALÉM
A Versão Atualizada usa "além" várias vezes nas suas tentativas de traduzir Seol (ou Hades). De todas as palavras usadas, é esta a que mais se aproxima da idéia original, embora não seja adequada. A palavra "além" é um tanto vaga, pois não indica exatamanente a posição daquele que partiu; indica apenas que não está mais na terra dos viventes, que está no além.
Esta é, aproximadamente, a idéia contida na palavra Seol (ou Hades). Entretanto, o Seol (ou Hades) é um estado provisório e a palavra "além" não transmite esta idéia.
SHEOL- HADES
O vocábulo Seol (ou Hades) indica mais um estado do que uma posição. Como dissemos acima, é quase o que entendemos pela expressão "além-túmulo", Consideremos alguns trechos bíblicos para perceber com mais clareza o seu significado.
Em Gênesis 37.35 encontramos a palavra pela primeira vez na Bíblia. Jacó pensava que o seu filho José estava morto e disse que iria a ele no Seol. Ele pensava que José não estava mais no mundo dos viventes, mas no Seol, isto é, na região dos mortos.
Sheol é o antônimo da expressão "terra dos viventes"; é a habitação dos mortos; sem especificar exatamente onde estes mortos estão.
SHEOL-HADES: O LUGAR DOS MORTOS
O Sheol, no Velho Testamento, é o lugar para onde vão os mortos.

Muita confusão tem surgido por não se perceber que Seol não indica a posição dos mortos. É mais um estado ou condição, Sem duvida alguma, os mortos estão em algum lugar, mas a palavra Seol (ou Hades) não especifica onde é este lugar. Já notamos que servos de Deus (como Jacó e Jó) esperavam ir para o Seol, mas lemos que os ímpios também serão lançados no Seol (Salmo 9.17). Entretanto, os ímpios não estarão no mesmo lugar onde Jacó e Jó estão. 0 Seol é a esfera dos mortos em contraste com a esfera dos viventes. É o além. Precisamos limitar esta definição, pois a permanência da alma e do espírito no Seol é limitada.
Em 1º Samuel 2.6 lemos que o Senhor faz descer ao Seol e faz tornar a subir dele.
Jó também falou dum limite à sua permanência no Seol, dizendo: "Oxalá me escondesses no Seol e ocultasses até que a Tua ira se desviasse" (Jó 14.13).
O SHEOL NO VELHO TESTAMENTO E A SUA LOCALIZAÇÃO
1ª ) A sua localização: Nm 16.30-33; Gn 37.35; 44.29-31; Jó 17.16; 21.13; Salmo 30.3; 55.15; Pv 15.24; Is 5.14; 7.11; 14.15; Ez 31.15-17; 32.17-21; Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23. Em todos estes textos se diz que os mortos desciam ao Sheol, logo a localização desta região é o interior da terra.
O SHEOL NO NOVO TESTAMENTO E A SUA LOCALIZAÇÃO
Quanto ao PARAÍSO ou SEIO DE ABRAÃO, ou compartimento de paz no SHEOL ou HADES há passagens que nos dão razão para crer que Jesus foi até lá quando foi crucificado (At 2.27-31). Ele prometeu ao ladrão penitente crucificado que o encontraria ali naquele mesmo dia (Lc 23.43). Mas a Alma de Cristo não permaneceu ali (At 2.27). Cremos que, segundo Ef 4.8-10, o Senhor não só ressuscitou, mas também levou consigo as almas redimidas que antes estavam naquela parte do Sheol-Hades, que se chama o PARAÍSO ou SEIO DE ABRAÃO. Por isso é que o apóstolo Paulo, quando foi arrebatado até o TERCEIRO CÉU, verificou que este correspondia ao PARAÍSO (2 Co 12.2-4). E nos revela que o Paraíso não está mais embaixo, para que alguém desça até lá, mas acima, de forma que é necessário SUBIR até ele.. Em Efésios 4.8, lemos: "Quando [Cristo] subiu às alturas, LEVOU CATIVO O CATIVEIRO e concedeu dons aos homens".
A DIVISÃO DO SHEOL HADES :
Lc 23.40-43 indica que havia 2compartimentos no HADES-SHEOL,divididos por um Abismo.
1. O LUGAR DE TORMENTOS (Lc 16.19-23). É o lugar onde os perdidos estão no Sheol aguardando o juízo final, no final do Milênio, é um lugar de sofrimento antecipado, pois o definitivo será o LAGO DE FOGO (GEENA) ETERNO (Ap 20.13-15).
2. ABISMO Lc 8.31; 16.26; Ap 9.1,2, 11; Jd 6; Jó 26.6; Pv 15.11;27.20; Is 14.15; Ap 20-1.3; Rm 10.7. Este lugar que divide o SHEOL é morada prisão de demônios (Jd 6) e os que estão fora não desejam ir para lá (Lc 8.31).
3.SEIO DE ABRAÃO Aparece 47 vezes na Septuaginta e somente três vezes no Novo Testamento (Lc 16.26; 2 Co 12.2-4; Ef 4.8-10; 2 Co 5.8; Fp 1.23; Ap 7.9, 15, Sl 49.15). Antes da Ressurreição de Cristo todos os mortos desciam no Sheol-Hades (Lc 16.26; 23.43). Depois da Ressurreição do Senhor o SEIO DE ABRAÃO foi trasladado para o 3º Céu (Ef 4.8-10: 2 Co 12.2-4); Paulo quando foi arrebatado até o 3º Céu esteve no, agora, no Novo Testamento chamado de PARAÍSO.
A expressão “PARAÍSO” era o nome dado nos antigos castelos e palácios a uma “sala de espera”, onde as pessoas aguardavam serem recebidas pelo Rei.
Por isso a Bíblia usou esta mesma expressão, pois , aqueles que morreram em Cristo estão aguardando o dia em que nos apresentaremos diante do “Rei dos Reis” e “Senhor dos Senhores”.
Gustavo Rodrigues

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A TRINDADE

A TRINDADE

Por Gabriel Felipe

A Paz do Senhor Jesus ! Resolvi elaborar um estudo bem ligeiro sobre a doutrina da trindade. Dias atrás fui questionado sobre tal doutrina por um membro de um grupo sectário famoso no Brasil, numeroso nos EUA e presente em vários países do mundo. Segundo a crença destes, só Jeová é Deus e Jesus é uma pessoa separada dessa divindade e,que ressuscitou em espírito e voltou em 1914. Não só negam a doutrina da trindade, mas também “evangelizam” seus conceitos de casa em casa propagando um engano e muitas vezes não estamos preparados para refutar aquilo que nos é dito em ataque doutrinário.

Nossa intenção aqui não é atingir este grupo. Não temos nada a dizer sobre os mesmos. Não nos interessa simplesmente. Mas, temos a intenção de transmitir a VERDADE contida na Palavra de Deus.

Dividi este assunto em três etapas. Espero poder ajudar no entendimento do assunto. Boa leitura.

Definição da doutrina

Antes de tudo é preciso definir o que é a doutrina da Trindade, pois até mesmo muitos cristãos se perdem nesse quesito. Por "Trindade" não queremos dizer que acreditamos em três deuses, pois para nós há somente um Deus (Isaías 43:10). Ao invés disso, queremos dizer que na Divindade há três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pode parecer um paradoxo, mas Deus é três e um simultaneamente. Precisamos fazer distinção entre o termo "pessoa" e "natureza". As pessoas em Deus são três, mas uma só é a natureza, que consiste na onipotência, onisciência, onipresença etc. Vários exemplos foram apresentados para exemplificar esse caso; porém, o triângulo equilátero é o que mais se aproxima desse conceito. Acompanhe:

O triângulo é indivisível, assim como Deus (simbolizado por toda a figura). Todavia, cada lado é distinto do outro e, contudo, formam a mesma figura, que só existe com os três lados iguais; assim, tomando a analogia, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e vice e versa; porém, eles constituem o mesmo Deus. A individualidade pessoal é mantida, bem como a unidade. Assim, Deus não é somente o Pai, nem somente o Filho, e nem tampouco somente o Espírito Santo. Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Analisando algumas objeções

O grupo TJ Nega a doutrina da Trindade, alegando que é de origem pagã e que tal palavra não aparece na Bíblia. Somente Jeová é o Deus verdadeiro. Ele não é onipresente, ou seja, não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, pois sendo uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que precisa de um lugar para morar. Assim, ele está confinado no céu. Para exercer seu comando sobre o universo, ele usa seu poder, seu Espírito Santo", que é sua "força ativa". Sua onisciência é seletiva, ou seja, Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a menos que ele queira. Explicam isso da seguinte forma: Um rádio pode captar qualquer onda, porém, é preciso sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá "sintonizar" na "estação" dessa pessoa.

a) A palavra "Trindade" não aparece na Bíblia — A doutrina da Trindade está fortemente enraizada nas Escrituras. A palavra "trindade" é um termo extrabíblico utilizado para designar aquilo que é revelado nas Escrituras; embora a palavra não apareça, a idéia está explícita na Bíblia. Outro fator que torna sem fundamento a objeção das TJ é o fato de que utilizam termos como "corpo governante" e "teocracia", embora tais palavras também não apareçam na Bíblia. Das duas, uma: ou aceitam o uso do termo "trindade" ou deixam de usar as terminologias "corpo governante" e "teocracia".
b) A Trindade e o paganismo — A objeção de que a doutrina da Trindade é de origem pagã, uma vez que os pagãos cultuavam suas tríades de deuses, também não faz sentido, pois a concepção dos pagãos em nada se assemelha à doutrina trinitariana. Enquanto os pagãos são politeístas, ou seja, crêem na existência de vários deuses, sendo sua trindade mais um conjunto de deuses em seu panteão, nós, cristãos, somos essencialmente monoteístas, pois cremos que há um só Deus (Isaías 43:10), que subsiste em três "pessoas": Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, posto que só há um Deus. Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são ao mesmo tempo três pessoas distintas e um só Deus. O termo "triunidade" resume melhor essa concepção bíblica de Deus. É bom também lembrar que a Bíblia não é o único livro que fala de um dilúvio universal. A literatura pagã também contém relatos sobre um dilúvio. Isso, evidentemente, não faz do dilúvio uma concepção pagã; tampouco a doutrina da Trindade deveria ser vista da mesma forma.

c) A Trindade e a razão humana — A acusação de que a doutrina da Trindade não se conforma com a lógica ou a razão também é descabida, pois a mente humana não pode apreender tudo sobre Deus. É impossível que o relativo entenda com precisão o Ser Absoluto, que o finito atinja o Infinito, que a criatura desvende todos os mistérios e segredos do Criador. Isso é pedir demais. (Leia Romanos 11:33; 1ª Coríntios 2:11; Jó 11:7; Isaías 40:28). No livro Raciocínios à base das Escrituras (publicado pelas TJ), página 123, há a seguinte pergunta: "Será que Deus teve começo?" Daí, citam o Salmo 90:2, que diz que Deus é Deus de "eternidade a eternidade", ou seja, ele é incriado, sempre foi, é e será eternamente. Diante desse mistério, o livro lança o desafio: "Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para o rejeitar". Aplicando o mesmo princípio à doutrina da Trindade, podemos perguntar: "Será que Deus é uma Trindade? Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é razão sólida para o rejeitar".

d) A Trindade e a Matemática — Outra objeção argumenta que a Trindade contraria a Matemática, pois se 1 + 1 + 1 = 3; então, Deus Pai + Deus Filho + Deus Espírito Santo não podem ser um, mas três deuses. Ora, outro argumento desprovido de bom senso, pois Deus não pode ser medido pelas Ciências Exatas. No campo da Matemática, ele não pode ser somado, diminuído, dividido ou multiplicado. Mas, se é matemática o que querem, a pergunta é oportuna: Na Matemática, três podem ser um? Dependendo da operação que se escolher, sim. Veja: 1 X 1 X 1 = 1.

A Trindade no Antigo Testamento

a) Gênesis 1:26, 27 — Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança". O verbo "fazer", nesse caso, aponta para um ato criativo, e somente Deus pode criar. Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". O interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e invisíveis (João 1:1, 3; Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:10), o que inclui necessariamente o homem. Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que o homem tem a Jesus como seu Criador, logo, o homem carrega Sua imagem, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem foi criado. Já em Jó 33:4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou". E quem é esse Deus? Resposta: Pai, Filho e Espírito Santo. É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis 3:22; 11:7-9; Isaías 6:8. Alguns dizem tratar-se de plural de majestade, ou seja, é uma forma de expressão onde o indivíduo fala do plural que não revela necessariamente uma pluralidade participativa. Todavia, isso não funciona em Gênesis 1:26, 27, pois outros textos bíblicos deixam claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo criaram o homem; logo, não está em jogo nenhum plural de majestade, mas um ato criativo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Os demais textos, portanto, devem ser interpretados seguindo-se essa mesma linha de raciocínio.

b) Deuteronômio 6:4 — "Escuta, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová" (TNM). Esse texto é usado para desacreditar a doutrina da Trindade, mas, ao contrário disso, é o texto que prova que na unidade de Deus existe uma pluralidade, dando abertura para a concepção trinitariana. Como assim? Na língua hebraica, existem duas palavras para expressar unidade, a saber, ’ehadh e yehidh. A primeira designa uma unidade composta ou plural. Exemplo: Gênesis 2:24 diz que o homem e a mulher seriam uma (’ehadh) só carne, ou seja, dois em um. A segunda palavra é usada para expressar unidade absoluta, ou seja, aquela que não permite pluralidade. Exemplo: Juízes 11:34 diz que Jefté tinha uma única (yehidh) filha. Qual dessas palavras é empregada em Deuteronômio 6:4? A palavra ’ehadh, o que indica que na unidade da Divindade há uma pluralidade.

A Trindade no Novo Testamento


A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo. Os textos bíblicos abaixo alistados (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Levando-se em conta que Deus é único (Isaías 43:10) e que ele não partilha sua glória com ninguém (Isaías 42:8; 48:11), é interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia atingir, nem muito menos uma "força ativa" (agente passivo).

a) Mateus 28:19 — A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", seria estranho que as pessoas fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um anjo, e de uma "força ativa"; aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"? Tudo isso só faz sentido se Jesus e o Espírito Santo forem Deus, assim como o Pai.

b) Lucas 3:22 — No batismo do Filho, lá estão o Espírito Santo e o Pai; como sempre, inseparáveis. Essa é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.

c) João 14:26 — Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em seu próprio nome, isto é, de Cristo.

d) 2ª Coríntios 13:13 — Outra fórmula trinitária, onde aparece o Filho, em primeiro lugar, com sua graça ou benignidade imerecida; depois, o Pai, com seu amor; e finalmente, o Espírito Santo, com a comunhão ou participação que dele procede.

e) 1ª Pedro 1:1, 2 — Pedro fala aos escolhidos, que foram eleitos segundo a presciência do Pai, santificados pelo Espírito e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.

f) Outros versículos — Romanos 8:14-17; 15:16, 30; 1ª Coríntios 2:10-16; 6:1-20; 12:4-6; 2ª Coríntios 1:21, 22; Efésios 1:3-14; 4:4-6; 2ª Tessalonicenses 2:13, 14; Tito 3:4-6; Judas 20, 21; Apocalipse 1:4, 5 (compare com 4:5) etc. É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas das passagens bíblicas acima citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas? As TJ objetam dizendo que mencionar as três Pessoas juntas, não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 22:32), bem como Pedro, Tiago e João (Mateus 17:1) sempre são citados juntos; contudo, isso não os torna um. O que as TJ não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum o apostolado. E o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina, ou simplesmente, a divindade.

Jesus Cristo

É o Primogênito de Jeová (sua primeira criação). É seu Unigênito (o único criado diretamente por ele). Sendo "Filho de Deus" é submisso e inferior ao Pai. Recebeu o nome de Miguel e o título de Arcanjo (= anjo principal). É "um deus", assim como Satanás, no sentido de ser poderoso. É "Deus Poderoso", mas nunca "Deus Todo-poderoso", como Jeová. Morreu numa "estaca" (não numa cruz). Ressuscitou em espírito (não fisicamente). "Voltou" invisivelmente em 1914. Somente as TJ o viram com os "olhos do entendimento". Através do Corpo Governante, ele exerce sua chefia sobre a organização.

Avaliação bíblica

A cristologia das TJ é uma ressurreição do arianismo, que surgiu com Ário (256-336), um sacerdote do século IV, da cidade de Alexandria, no Egito. Ário afirmou que Jesus Cristo era uma criatura, baseando principalmente em Provérbios 8:22 e 1ª Coríntios 1:24. O primeiro é uma poesia, onde a sabedoria diz ter sido "criada" por Deus. O segundo diz que Jesus Cristo é a sabedoria de Deus. Assim, concluiu Ário, se Jesus é a sabedoria de Deus, então ele foi criado. O problema de Ário foi o seguinte: ele utilizava uma tradução do que hoje conhecemos como Antigo Testamento, escrito originalmente em hebraico, para o idioma grego. O texto hebraico traz em Provérbios 8:22 o verbo qanáni (possuir); contudo, o texto grego adotado por Ário verteu qanáni por bará, que significa "criar". Quando S. Jerônimo fez a Vulgata, tradução do hebraico para o latim, traduziu corretamente qanáni por possédit me (possuiu-me). A pergunta que se levanta é: qual é o termo correto – criar ou possuir? A resposta é óbvia: possuir. Basta um pouco de raciocínio para perceber isso. Veja: Deus é eterno, de eternidade a eternidade. Como ele é imutável, o que ele é hoje, sempre foi e sempre será. Assim, não há variação em Deus. Então, se Deus é poderoso, ele é poderoso de eternidade a eternidade. Nunca houve um momento em ele não tenha possuído poder. Ele não poderia ter criado seu poder, pois isso significaria que um dia ele não o teve. Ora, o mesmo se dá com a sabedoria de Deus. Se dissermos que Deus criou sua sabedoria, chegaremos à conclusão que um dia Deus não teve sabedoria. Daí, vem a pergunta: com que grau de inteligência Deus percebeu que não tinha sabedoria e que precisaria criá-la? Assim, diante dessa conclusão ilógica, afirmamos à luz da Bíblia: Deus é sábio de eternidade a eternidade. Seus atributos são tão eternos quanto ele, pois Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Diante disso, a leitura correta do Provérbios 8:22 deve ser: "O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas". Para concluir, é preciso dizer que não se pode afirmar categoricamente que o texto de Provérbio 8:22 faça referência a Jesus Cristo. O texto simplesmente apresenta a sabedoria de Deus num estilo poético e, em poesia, tudo pode acontecer: a sabedoria grita, ama, trabalha etc. Seja como for, Provérbios 8:22 não pode ser usado para afirmar que Jesus é uma criatura. Ao contrário, a Bíblia o apresenta como Criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16,17; Hebreus 1:10 com 3:4).

Jesus não é o Arcanjo Miguel

Jesus e Miguel não são a mesma pessoa por duas razões: Enquanto que em Daniel 10:13 Miguel é chamado de "um dos mais destacados príncipes" (TNM), o que nos leva a concluir que ele não é o principal, o primaz, em Colossenses 1:18 se diz que Jesus tem a primazia.

Mateus 4:10, 11 e Marcos 1:25-27 apresentam Jesus Cristo repreendendo Satanás; mas em Judas 9 está escrito que Miguel não se atreveu a censurá-lo, ao invés, entregou para Deus tal responsabilidade. Jesus tem, portanto, diferente de Miguel, a autoridade absoluta sobre Satã. Jesus não é "um deus" (pequeno deus): Já que Deus disse em Isaías 43:10 que antes dele Deus nenhum se formou e que depois dele, Deus nenhum haverá, fica evidente que existe somente um Deus. Tudo o que for além disso é uma falsa deidade. Assim, Jesus não poderia ser um deus à parte. Além do mais, se Jeová fosse o Deus e Jesus "um deus" (como verte a TNM o texto de João 1:1), então teríamos dois deuses: um maior (Jeová) e o outro menor (Jesus). Ora, a crença em mais de um deus constitui-se em politeísmo, o que é um grave pecado contra Deus.

Continua o assunto no próximo post