sábado, 29 de dezembro de 2012

O Espírito Santo sairá da Terra?



O Espírito Santo após o Arrebatamento

Sairá ou permanecerá na terra?


  •  Jesus quando promete o Espírito Santo (João 14:16-17) disse que ele faria morada em nós “ para sempre”.

               Portanto, com o Arrebatamento o Espírito Santo vai junto com a Igreja.

  •    Por isso, “o Espírito e a Esposa dizem: Vem” (Ap.22:17)

  •  Na tipologia bíblica vemos em Gênesis 24, Eliezer (tipo do Espírito Santo) sendo enviado pelo pai Abraão (tipo de Deus Pai) para buscar uma esposa (tipo da Igreja) para Isaque (tipo de Jesus).

              Ao encontrá-la e presenteá-la, ele a conduziu de volta para a “casa do pai ” ao encontro com Isaque.

  • Amós 8:11-12 fala que virão dias de fome e sede da Palavra de Deus,e as pessoas irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do SENHOR, mas não a acharão”.

Se as Bíblias não serão arrebatadas, porque não acharão? Porque quem dá vida à Palavra é o Espírito Santo


  • Os textos bíblicos que fazem menção ao anti-Cristo dizem que “há apenas um que o detém” ,e ele aguarda que este que o detém se afaste para ele se manifestar ao mundo. (II Tessalonicenses 2:6-12)


 Este que o detém é o Espírito Santo, e quando o Espírito Santo se afastar (sair junto com a Igreja) o anti-Cristo se manifestará ao mundo.


  • Outra tipologia bíblica: Parábola das 10 virgens

Porque as loucas não encontraram o “vendedor de azeite”?
Sabendo que o azeite é símbolo do poder de Deus dado pelo Espírito Santo, logo, aquele que tem azeite (o Espírito Santo) não foi encontrado na cidade porque ele estava dentro da festa.
Assim, no Arrebatamento o Espírito Santo estará na festa (Bodas do Cordeiro) junto com a Igreja.

A ação do Espírito Santo em convencer o mundo do pecado, do juízo e da justiça de Deus se encerra com o findar do “Tempo dos Gentios”. A Grande Tribulação é o tempo separado por Deus para tratar com seu povo Israel. É o chamado “tempo da angústia de Jacó”.

A ação do Espírito Santo será restrita, e somente ao povo de Israel, como era no Antigo Testamento:

Gustavo Rodrigues

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Glória Invisível de Cristo




Olá, amigos e leitores do blog Palavra a Sério, a paz de nosso Senhor Jesus! Venho deixar aqui apenas uma reflexão sobre a Glória de Cristo, Glória essa que muitos não perceberam e ainda não percebem.

Havia uma glória invisível em tudo o que Cristo fez e sofreu na terra. Se as pessoas a tivessem visto, elas não teriam crucificado o Senhor da glória. Entretanto, aquela glória foi revelada a alguns; os discípulos “viram a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).

Primeiro, vamos considerar a obediência de Cristo naquilo que Ele fez. Ele livremente escolheu obedecer. Ele disse:
“Eu vim para fazer a tua vontade, ó Deus”, antes de haver necessidade pra Ele fazer essa vontade. Ele não era como nós, criaturas humanas, que necessariamente sempre estivemos sujeitos à lei de Deus. João Batista sabia que Jesus não tinha necessidade de ser batizado. Mas Cristo disse: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.15). Cristo voluntariamente Se identificou com os pecadores quando foi batizado.

Deus deu-lhe honra e glória porque, pela sua obediência, a Igreja toda se tornou justa (Rm 5.19). A obediência de Cristo a cada parte da lei foi perfeita. A lei era gloriosa quando os Dez Mandamentos foram escritos pelo dedo de Deus. Ela se torna mais gloriosa ainda quando é obedecida nos corações dos crentes. Mas é apenas na mais absoluta e perfeita obediência de Cristo que a santidade de Deus na lei é vista em sua glória total.
“Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padecer” (Hb 5.8). O Senhor de todos, que fez a todos, viveu em estrita obediência à lei de Deus. Posto que Ele era uma pessoa singular, a Sua obediência possui a glória de Sua singularidade.

Ora, considerem a glória da obediência de Cristo demonstrada naquilo que Ele sofreu. Ninguém jamais pode medir a profundidade dos sofrimentos de Cristo. Podemos olhar para Ele sob o peso da ira de Deus, em Sua agonia e suor de sangue, nos Seus fortes gritos e lágrimas. Podemos olhar pra Ele orando, sangrando, morrendo, fazendo da Sua alma uma oblação pelo pecado.
“Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo de sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes: pela transgressão do meu povo foi ele atingido” (Is 53.8). “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm 11.33). Quão glorioso é o Senhor Jesus aos olhos dos Seus redimidos!

Por causa do pecado de Adão, ele e todos os seus descendentes se acham diante de Deus sujeitos a perecer eternamente sob a ira de Deus. Enquanto, nessa condição o Senhor Jesus vem até os pecadores persuadidos, com o Seu convite:
“Pobres criaturas! Como é triste a sua condição! O que aconteceu com a beleza da glória e da imagem de Deus nos quais vocês foram criados? Vocês agora têm a imagem deformada de Satanás; pior que isso, miséria eterna aguarda vocês. No entanto, olhem para cima mais uma vez; contemplem-Me! Eu me colocarei em seus lugares. Eu suportarei o peso da culpa e a punição que jogaria vocês para sempre no inferno. Eu me tornarei, temporariamente, em maldição para vocês, para que possam ter bem-aventurança eterna”.

Contemplemos a glória demonstrada no evangelho: Jesus Cristo é crucificado diante dos nossos olhos (Gl 3.1). Nós só entendemos as Escrituras à medida que vemos nelas o sofrimento e a glória da Cristo. A sabedoria do mundo não vê nada neles a não ser estultícia.
“Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Co 4.3-4).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A HERANÇA QUE NOS FOI DEIXADA 1


A HERANÇA QUE NOS FOI DEIXADA

“Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na e no amor que há em Cristo Jesus” (2Tm. 1:13)

“... permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm. 3:14)

Olá, amigos, irmãos e leitores de bom gosto do blog Palavra a Sério, a paz de nosso Senhor Jesus. Antes de começarmos a leitura desta postagem, gostaria de deixar um testemunho: recebi, nesta segunda feira, um e-mail de um irmão (ele pastoreia na mesma instituição na qual eu pertenço) e, neste e-mail, ele disse ter recebido uma benção lendo uma de nossas postagens e afirmou que “o blog Palavra a Sério tem prestado um enorme serviço ao Evangelho genuíno de Jesus Cristo por, de maneira tão suave e ao mesmo tempo profunda, expor com sabedoria as riquezas do Reino de Deus e da Sua Palavra”.  Isso me deixou bastante feliz e, confesso, com um pouco de orgulho. Mas tudo é para a honra e para a glória de nosso Senhor Jesus! Vamos à leitura?

Paulo escreveu a segunda carta a Timóteo em uma prisão em Roma, já perto do fim de sua vida (2Tm.1:8), aproximadamente em 66 D.C. O apóstolo escreveu esta carta para encorajar o jovem Timóteo na obra do ministério. Timóteo encontraria perseguição e turbulências ao lidar com homens apóstatas e com “sábios” que iriam colocar em questão à Obra que o Espírito Santo realizara ali usando argumentos velhos e presos à letra e à herança histórica deixada pelo judaísmo (nada tão diferente de hoje).

Paulo incentivou Timóteo a usar dos recursos da Graça de Deus. Incentivou o uso dos dons espirituais (2Tm. 1:6), pois a Obra é profética e espiritual, não é um projeto terreno e humano (como é a religião). Discerne-se no espírito, pelo Espírito Santo. Tudo isso para enfrentar o sofrimento corajosamente “como bom soldado de Cristo” (2Tm. 2:3) e lidar com sensatez com aquilo que Deus lhe confiara: uma Obra de valor, um patrimônio espiritual, enfim, uma herança profética.

Alguns historiadores e estudiosos da Bíblia sugerem que Paulo escreveu esta carta mais pessoal a Timóteo, porque esperava morrer em breve. Paulo, em ‘Segunda a Timóteo’, fala como um pai prestes a deixar o filho, deixando, portanto, um patrimônio ao filho como herança. As referencias à herança espiritual do próprio Timóteo e ao seu chamado para o ministério (1Tm. 1:3,5,6) revelam como Paulo refletia sua influência sobre a vida de Timóteo.

Assim é, foi e será conosco até o Arrebatamento da Igreja. Jesus exerce sobre nós sua influencia (somos seus imitadores, cartas vivas). Antes de morrer na cruz, Ele reuniu seus apóstolos e, na Última Ceia, transmitiu uma herança profética (Seu Sangue, Seu Corpo – a base doutrinária de toda a Obra do Espírito Santo na qual vivemos hoje). Ele transferiu uma responsabilidade e confiou a aqueles o seu ministério terreno, assim como Paulo fizera com o jovem pastor Timóteo.

Podemos perceber que Paulo, ao encorajar Timóteo, ele orienta o mesmo a usar aquilo que é espiritual (como os dons espirituais como exemplo), significando que, a OBRA de Deus é realizada segundo a vontade e a direção do Espírito Santo. Ela é REVELADA. Os bons leitores da Bíblia irão perceber que em todo o livro de Atos, o Espírito Santo foi a figura central e não Paulo, Pedro e os demais. Essa operação acabou junto com a história da Igreja Primitiva? O derramamento e o avivamento espiritual foi apenas uma herança ou um momento histórico? Claro que não!

O mesmo Espírito Santo revela a sua vontade e prepara a Igreja para viver o especifico tempo profético. Hoje vivemos o tempo da saída. Somos a Igreja do Arrebatamento.

“Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento de tudo” (2Tm. 2:7)

Examinando o verso acima “... o Senhor te dará entendimento...” (2Tm. 2:7), pude ver que o termo, analisado à luz do original, dá a ideia de que toda a realização da Obra ali naquele local seria pela provisão do próprio Senhor. Como? Pelo poder revelador do Espírito Santo. Ele dita a doutrina (sem sair do embasamento bíblico). Por isso podemos, sem medo, dizer que a doutrina da Obra de Deus é revelada. É uma transmissão de uma herança profética, cuja verdade e fundamento são perceptíveis na própria Palavra de Deus. Um exemplo: a doutrina do Sangue de Jesus - precisamos discutir que tal doutrina está explícita em TODA a Palavra de Deus? É como um fio profético que liga de Genesis a Apocalipse, mas, que na verdade, está ligada desde a Eternidade. O Espírito Santo opera na Igreja revelando e preparando seu povo para o momento profeticamente determinado e, sendo assim, Ele revela sua vontade, nos dá dos recursos da Graça e nos enche de fé para realizar aquilo que nos foi confiado.

Toda essa transmissão sugere que a doutrina vivida pela Igreja não era apenas a “doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42) mas sim a doutrina do Senhor que teria que ser transmitida pelo poder do Espírito Santo. Muito simples!

Alguns protestantes “históricos” estão presos na ideia de que, o avivamento espiritual da Igreja Primitiva, ficou apenas naquele período e que, na Reforma Protestante, iniciou-se um novo período para a Igreja. Sustentam a teoria de que, reformadores como Lutero, não foram avivados, significando que toda a verdade do Evangelho seria embutida na sola escriptura anulando assim o avivamento espiritual como na Igreja de Atos dos Apóstolos. Resumindo: receberam apenas a herança histórica e negaram a herança profética.

Logicamente, a Reforma protestante foi um marco (também espiritual) para a história profética da Igreja Fiel e, a sola escriptura, assim como todos os pilares da reforma, foi uma vitória inquestionável para nós servos de Jesus Cristo. Mas não podemos ignorar que o momento vivido pelos reformadores ali foi um período onde Deus prepararia a sua Igreja Fiel para os futuros avivamentos, resultando na difusão do Evangelho avivado por todo o mundo, inclusive em nosso país. As Escrituras sem o Espírito Santo são um conjunto de informações históricas e morais na qual a religiosidade em todo o mundo tomou para si como base para dogmas, normas e ritos. Pergunto: Qual o papel da Religião no mundo? Qual efeito  espiritual tem surtido na vida de seus seguidores? Basta acompanhar noticiários e perceber o quanto a religião (que tem posse da Escritura) tem se tornado tropeço para a humanidade. Mas a herança profética continuou sendo transmitida e a Obra do Espírito Santo não havia se apagado no mundo. Deus proveu.  Deus atendeu o clamor do profeta Habacuque:

 “Aviva, Senhor, a tua OBRA no meio dos anos [...] a notifica” (Habacuque 3:2)

Ao transmitir a herança espiritual ao seu filho na fé, Paulo o exorta a várias coisas, dentre elas, fazer a Obra de Deus com toda a devoção possível.

Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas” (1Tm. 6:12)

Vemos que o verso acima (1Tm. 6:12) nos afirma que a Herança que recebemos do Senhor (a salvação em Jesus e a sua Obra redentora) está estreitamente ligada à milícia da fé, ou seja, realizar, trabalhar, fazer, lutar, defender o projeto de Deus que é da fé (só pode ser entendido pela fé). A Obra do Espírito Santo não se explica pela razão, mas pela fé.

·       “milita a boa milícia”- O termo grego que Paulo usou para “milita” é agonidzomai, que tem os significados de “lutar e competir”. Interessante que esse termo foi o mesmo usado nas cartas aos coríntios (1Cor. 9:24-26) para demonstrar exatamente o ato de “correr” e “competir” pelo prêmio da “Coroa Incorruptível”. Portanto, realizar a Obra é lutar. Nada é fácil. Não é fácil lutar e não é fácil defender. Mas a Palavra nos adverte: “milita a boa milícia da fé”. Se não for pela fé, não prosseguimos na jornada. A Eternidade é alcançada pela fé.

·       “boa milícia” – O termo no original para designar “boa” é kalos que pode significar: “valioso”, “virtuoso”, “melhor”, “digno” e “superior”. Esse termo “boa” (kalos) é diferente do que Paulo usou na carta aos filipenses (1:6) “boa obra” (agathos) que tem o sentido de “útil”, “benéfico” e “proveitoso”. No termo usado em Filipenses 1:6, a “boa obra” é nossa (Paulo explica isso), portanto ela deve ser “benevolente”, “útil” e “proveitosa” (características de um bom servo). Mas, no texto em 1Tm. 6:12, o termo “boa” (kalos) designa a OBRA do Espírito Santo em nós- ela é a “boa milícia” do servo, na qual é realizada pela fé. Ela é kalos, ou seja, é Valiosa, Superior, Virtuosa, Melhor e Digna, nosso bem maior, pois, todo esse valor foi conquistado na cruz e, se tornou uma Obra digna porque Jesus derramou seu Sangue (Espírito Santo) fazendo-a “virtuosa” (poderosa). O Senhor nos chamou para uma Obra de poder. Aleluia!

·       “toma posse da vida eterna”- é a ênfase dessa Obra. A Igreja Fiel (portadora da herança profética) tem uma pretensão aqui nesse mundo: tomar posse da Vida Eterna (a nossa herança). Esse desejo expressa-se na mensagem da Igreja: Ora vem Senhor Jesus!

 

Um exemplo na Palavra de alguém que tomou posse da herança, amando-a mais que a própria vida: Nabote (1Rs 21:1-7). Aquela vinha era a herança deixada pelos pais. O Senhor nos confiou uma vinha, somos coerdeiros com Cristo dessa vinha, por isso militamos a boa milícia da fé, renunciando a nós mesmos e nos dedicamos mais à Obra de Deus (nosso bem maior).

Ser herdeiro dessa herança espiritual é ouvir a voz do Espírito e obedecer a sua vontade (por isso a milícia é da fé), inclusive, atender a revelação do Espírito Santo é ser “Filho de Deus” (Rm 8:14-17).

·       “foste chamado”- Deus é quem nos chamou para a sua Obra. Paulo teve essa experiência: ser chamado. Ele nos elegeu, chamou e nos revelou seu projeto eterno e nos deu funções específicas. Todas elas voltadas à mensagem desta última hora: MARANATA, VEM JESUS!

O termo grego para “chamado” (kaleo) usado no texto acima está, também, relacionado a “convocado”. O Senhor nos convocou para uma guerra, por isso, ao transmitir a herança para Timóteo, Paulo usou a frase: “milita a boa milícia”.
CONTINUA NA POSTAGEM ABAIXO

Gabriel Felipe M. Rocha

A HERANÇA QUE NOS FOI DEIXADA 2


Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na e no amor que há em Cristo Jesus” (2Tm. 1:13)

“... permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm. 3:14)
Paulo, sabendo que o fim de sua vida terrena era próximo, transmitiu ao seu filho na fé (Timóteo) toda a herança que um dia ele também recebera. Mas, que herança era essa? A herança de Paulo, de Pedro e de João? Não! Tratava-se de uma herança profética, de uma salvação profética, de uma Obra que se faria notável através dos anos como resposta à oração do profeta Habacuque (Habacuque 3:2) que vimos na primeira parte desta postagem.

Paulo, portanto, advertia Timóteo e o ensinava a postura de mordomo de um patrimônio que não o pertencia, mas do Senhor. Cuidar da Igreja de Jesus para Paulo não significava status, título, nem mesmo posição social, política, financeira e cultural, mas significava se doar e se moer em favor de uma causa (a causa da fé) e, significava também, cuidar de um patrimônio valiosíssimo que não era seu, mas do Senhor e, esse Senhor, prestaria conta disso.

“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência” (1Tm 6:20)

·       “Guarda o depósito que te foi confiado” – guardar significa cuidar e zelar. O Senhor nos confiou um projeto glorioso, nos chamou para o serviço de sua Obra, nos encheu de graça e fé, nos capacitou com seu Espírito Santo, enfim, nos colocou na posição de mordomos para cuidarmos da herança. Esse cuidado começa nas nossas próprias vidas quando guardamos a fé, zelamos pela nossa salvação e atentamos para a voz do Espírito Santo. O Senhor tem nos dado a dignidade de sermos chamados “servos” (escravos), embora, servos inúteis muitas vezes.

·       “Tendo horror aos clamores vãos” – o termo grego usado para designar “clamores vãos” é  kenophonia, cujo significado é “som vazio” ou “discussão infrutífera”. Paulo exorta a Timóteo a correr dessas coisas. Muitos, por não discernirem essa Obra, se apartam da fé e da boa milícia na qual um dia os foi confiada e se colocam na posição de “acusadores” e “defensores da fé” (que fé?), mas com argumentos vazios e cheios de “fermento farisaico”, intentando discussões inúteis e infrutíferas. A nossa vida diante do Senhor é de frutificação pelo Espírito Santo. Fomos convocados para dar frutos e não cair no laço da letra e da religiosidade.

·       “Profanos” – o termo grego para designar “profano” é bebelos, cujo significado é já conhecido no meio cristão dando referência a um antônimo de santo. Aquilo que não é santo, não serve para nós. O momento profético em que vivemos requer santificação. Quem não é santo (escolhido) não ama ao Senhor Jesus (consequentemente) e, quem não ama ao Senhor Jesus é anátema (1Cor. 16:22) que quer dizer “amaldiçoado”. Tais termos completam o que João disse em seu Evangelho: “quem não crê, já está condenado” (João 3:18). Nós que somos santos, escolhidos para tomar posse de uma herança profética, estamos de pé porque amamos ao Senhor Jesus e sua vinda, sendo assim, a Igreja Fiel expressa seu desejo (desejo em conformidade com o patrimônio espiritual) e diz: Maranata!

·       “e às oposições da falsamente chamada ciência” – oposição da ciência- “ciência” não está ligada somente a uma ramificação acadêmica (ciências empíricas), mas à ciência humana (racionalismo). O termo grego usado para designar ciência é gnosis, e se refere ao ato de inteligibilidade humana e também espiritual (como no dom espiritual de ciência). Mas, no texto, Paulo adverte a respeito da “ciência humana” e religiosa (teológica- filosófica). Paulo quis deixar Timóteo vacinado quanto às diversas subjetividades teológicas que poderiam infiltrar nas igrejas. Se isso acontecer, a herança profética perde seu espaço e a Obra já não seria do Espírito Santo, mas do homem.

“Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4:5)

A sobriedade que Paulo fala a Timóteo é a sobriedade do Espírito Santo. É a fé embasada na experiência viva com Jesus e não na inconstância da letra e dos preceitos humanos. É só pela experiência com o Cristo vivo (como Paulo teve) que nos tornamos aptos a realizar e a cumprir a “milícia da fé” e, enfim, tomar posse da vida eterna (herança).

·       “Sofre as aflições”- Viver a Obra do Espírito Santo é sofrer as aflições de Cristo (são várias as aflições). O termo usado no original é kakopatheo, que dá a ideia de: “suportar as aflições” e também “enfrentar as aflições”. É dentro desse contexto de “aflições” que Paulo exorta a Timóteo a usar os recursos celestiais (da graça) e despertar em si o uso dos dons espirituais, pois a luta do servo do Senhor (alistado para a guerra) é espiritual e vencemo-la pelo poder do Senhor. Em tudo somos atribulados, mas vencedores em Jesus.

“Mas, graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor. 15:57)

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados...” (2Cor. 4:7)

“Mas em todas essas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8:37)

·       “faze a obra [...] cumpre o teu ministério” – Essa herança profética nos foi confiada. Como servos, um dia fizemos “boa confissão diante de muitas testemunhas” (1Tm 6:12) e aceitamos o chamado do Senhor para servir em funções específicas. O Senhor nos chamou para UMA OBRA e para pregarmos a SUA mensagem. Ele nos designou para fazermos a SUA VONTADE. Um dia nos prostramos diante do Senhor e recebemos dele a virtude do Espírito Santo para realizar aquilo que Ele nos confiou. Como recusar fazer a sua vontade?

 

“Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na e no amor que há em Cristo Jesus” (2Tm. 1:13)

“... permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm. 3:14)

Essa Herança Profética continua sendo passada a nós pela vontade do Espírito Santo. Ele tem revelado uma Obra que, até mesmos os profetas antigos desejaram viver. Quanto privilégio o nosso!

 

Temos combatido o bom combate? Temos guardado a fé? O que teremos para o Senhor quando encerrarmos a nossa carreira? Temos permanecido naquilo que aprendemos do Espírito Santo? Temos conservado o modelo das sãs palavras que do Senhor temos ouvido? Se estamos fazendo assim, estamos garantindo a posse da vida eterna, da Herança Gloriosa.

 

Amém.

 

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4:7)

 

Gabriel Felipe M. Rocha

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cartas Vivas



Carta Selada
“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo,  não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (II Coríntios 3:2-3)

O único “livro sagrado” que o mundo lê, é a vida do cristão. Não estudam a Bíblia, mas estudam a vida dos crentes. Daí a grande importância do testemunho cristão. As pessoas têm que olhar para nós e associar as palavras que dissermos com o nosso viver. Jesus tem que ser conhecido pelas pessoas por meio das nossas atitudes, do nosso exemplo.
-Toda carta carrega uma mensagem.
-Carta não fala, não tem voz.
- Se descobre a mensagem através da visão, e não da audição; as pessoas simplesmente olham e lêem.
O apóstolo Paulo também disse aos membros da igreja de Corinto que além de serem cartas eles deveriam ser textos possíveis de serem lidos. “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.” O mundo precisa conhecer o Deus que nos salvou e libertou, deve conseguir ler o Evangelho que nós carregamos e ver em cada passo, expressão e palavra que sai de nossos lábios o Senhor Jesus.
Discursos teológicos milhares estão fazendo, mas muitas vezes, seu caminhar cristão não condiz com seu discurso!
Quando as pessoas olham para nós, qual mensagem elas tem lido?
Elas lêem: “Homem de Deus... mulher de Deus... obediente... sábio... virtuosa... amoroso (a)... paciente... alegre... manso... bondoso (a)... fiel... equilibrado (a)... funcionário(a) exemplar..”
Ou estão lendo: “Invejoso (a), fofoqueiro (a), encrenqueiro (a) enrolado (a), mal pagador, barraqueiro (a), preguiçoso(a), mal funcionário(a), sedutor(a), sensual...

 Somos cartas cheias da vida de Jesus ou cartas sem vida, apagadas? “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. (1 Jo 5.12).

O que valida uma carta, o que garante que ela vai chegar ao seu destino é o SÊLO.

“O qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações.” (II Coríntios 1:22)

“Em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” (Efésios 1:13)

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”. (Efésios 4:30)

Portanto, este selo, é o Espírito Santo em nossa vida, que vai dar autenticidade em nosso caminhar como servos de Deus, e também vai garantir nossa chegada ao destino glorioso: ao Céu, na Eternidade com Deus.
Se você tem Jesus e já é selado pelo Espírito Santo você tem vida, você pode ser lido.
Mas, se você percebe que ainda não está permitindo que as pessoas leiam sobre Jesus em sua vida, é tempo de fazer conserto com o Senhor, arrepender-se e permitir que o Espírito volte a escrever a sua história para que o nome do Senhor seja glorificado.

Gustavo Rodrigues