domingo, 28 de abril de 2013

POR QUÊ JESUS NÃO ANDA COM OS FARISEUS? (O farisaísmo 2)


Por quê Jesus não anda com os fariseus?

“E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas mrmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e como com eles” Lucas 15:


Lucas, no capítulo 15 de seu livro, registra um diálogo entre Jesus e os fariseus, que reclamavam do fato de Jesus receber e comer com publicanos.
A queixa deles fazia sentido: os publicanos eram gente que havia traído Israel e se tornado, alguns, cobradores de impostos para os romanos. Eram como os que, na segunda guerra mundial, colaboraram com os nazistas que haviam invadido o seu próprio país.
Para os fariseus, o que faria sentido seria Jesus andar com eles, afinal, entre eles e Jesus, havia mais concordância doutrinária do que entre Jesus e qualquer outro partido judaico.
Jesus respondeu-lhes contando três parábolas: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido.
Parábola é uma “estória” com fundo moral, para destacar um ensino.
Nessas três parábolas Jesus explica aos fariseus porque não andava com eles.
Na parábola da ovelha perdida, Jesus pergunta: Que pastor, tendo cem ovelhas, ao perder uma, não deixa no DESERTO as noventa e nove e sai à procura da perdida, e, quando a encontra, vai direto para casa para festejar com os amigos?
A resposta para essa pergunta é: nenhum pastor faria isso, pois perderia as noventa e nove, e tudo o que teria seria a ovelha perdida, se a encontrasse. A menos que estivesse abandonando as noventa e nove.
Era isso que Jesus estava a fazer, abandonando as noventa e nove. As noventa e nove ovelhas representavam os fariseus.
Jesus explica tê-los abandonado porque há mais alegria por um pecador arrependido, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.
Por que Deus não ficaria alegre com noventa e nove justos que não precisam de arrependimento, se, como disse o salmista: Deus conhece o caminho dos justos? (Sl 1).
Porque justos são os que sempre se arrependem e não os que se julgam não necessitados de arrependimento.
Os fariseus eram assim, se julgavam justos que não precisavam de arrependimento, mas Jesus os denunciava por serem justos aos seus próprios olhos, mas não justificados por Deus (Lc 18.11-14).
É muito fácil nos tornarmos “fariseus” e, por isso, perigoso. Será que todos na igreja são justos? Os fariseus não representam os “de fora”, mas sim “os de dentro”. Bem, sabemos que existem joios e trigos e, embora se pareçam, vendo mais de perto (na luz do Espírito Santo) sabemos diferenciar pelas obras e frutos de cada um.
A verdadeira justificação se passa no contexto da cruz. Todos para serem salvos e justos diante de Deus devem olhar para a cruz, entender o sentido e a mensagem da cruz e, com sinceridade dizer (ou cantar): “Sim, eu amo a mensagem da cruz...”. Hoje o sangue de Jesus opera nos justos essa vida, na qual andamos com Deus e Deus anda conosco. Deus escolheu andar com os seus. Mas e os “Auto-justificados”? Esses escolheram andar sem Cristo, portanto Cristo também os nega.
Na parábola da moeda perdida, Jesus diz que ele é como a mulher que, tendo perdido moeda de uma dracma revira toda a casa até encontrá-la, e, ao encontrá-la, chama vizinhas e amigas e faz uma festa. Jesus está chamando a atenção para o valor sentimental, porque, fazer uma festa, por causa de reencontrar tal moeda, era, no mínimo, desproporcional. Provavelmente, a moeda fazia parte de uma tiara, e a busca tinha a motivação emocional de quem queria remontar um adorno preferido.
Pois assim foi com Jesus para com a Igreja. Cada um de nós que antes estávamos longe de Deus, fomos ‘achados’ e trazidos para perto de Deus, pois Ele tinha uma Obra perfeita e uma Igreja preferida (não se refere à denominações), um adorno especial (Igreja ataviada para as Bodas) e, pela GRAÇA fazemos parte desse adorno (Obra Redentora).
A casa é Israel, e o que é revirado é tudo o que os fariseus, por conta própria, chamaram de sagrado, e que só servia para passar uma imagem falsa de Deus, afastando os seres humanos da possibilidade do arrependimento. Seres humanos que, para Deus, valem o mais alto e profundo sacrifício.
Na parábola do filho perdido, Jesus concorda com os fariseus quanto aos publicanos: deixa claro que são pessoas que jogaram para o ar tudo o que tinham juntado ao pai, para viver dissolutamente, seduzidos pelos romanos, que, por fim, apenas lhes estavam oferecendo viver numa pocilga.
Mas o Pai jamais desistiu dos publicanos, mantendo-lhes aberta a porta do arrependimento.
Entretanto, os fariseus, a exemplo do irmão mais velho, não o admitiam. Entendiam-se como juízes de seus irmãos, não dando crédito ao arrependimento dos mesmos, até por julgá-los incapazes de tal ato.
Os fariseus, como o irmão mais velho, não conheciam, de fato, o Pai, e não o amavam; pior, entendiam que o Pai tinha uma dívida para com eles, por causa da fidelidade com que o serviam, sem nada receber em troca. E, em não amando o Pai, não amavam a ninguém. E quem não ama não considera a possibilidade do arrependimento do outro. Isso é fato!
O filho mais velho na parábola tinha a sua própria ceia, com bodes e cabritos. O fariseu de hoje está no mesmo contexto: Vive na casa do Pai, mas suas intenções não estão em sintonia com o Reino.
Jesus, em muitos casos, podia até ter o mesmo enunciado que os fariseus, mas não tinha o mesmo coração.
E… Como disse o poeta, pastor e compositor Claudio Manhães: “Diferente é o coração, a diferença é o coração!”
A boa doutrina, a sã doutrina na Obra do Espírito Santo, a boa semente tem de, necessariamente, gerar um bom coração, senão será, mesmo que correta, um enunciado vazio, por não ter frutificado no coração de quem a prega. A semente, a doutrina e a Obra do Espírito Santo jamais perderão o valor, mas em nada valerão e não terão nenhuma eficácia dentro de corações que estão afastados de Deus.

Deus tem nos chamado para sermos servos, amigos, igreja fiel, por fim, portadores de uma Herança incorruptível.

A paz de nosso Senhor Jesus!

A ANGÚSTIA DO INFERNO


Jesus sofreu a angústia do Inferno



“Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5: 7-9).

Este texto se refere ao sofrimento e angústia de Jesus no Jardim do Getsêmani. Ali Sua agonia e horror são indescritíveis. Jesus antes de orar ao Pai, disse a Pedro, Tiago e João: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (MT 26:38). Não podemos penetrar com profundidade nestas palavras, mas podemos imaginar que o Senhor Jesus teve uma visão antecipada do seu terrível sofrimento e sua indescritível agonia na cruz do Calvário que se aproximavam, quando seria abandonado por todos e pelo próprio Pai a ponto de perguntar: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”. Naquela cruz maldita Jesus sofreu as angústias do inferno. No Getsêmani Jesus sofreu antecipadamente as tristezas de sua morte, não apenas a morte física, mas a morte eterna em lugar das suas ovelhas. Ondas e vagalhões passaram sobre Ele: “... todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim” (Sl 42:7b).

Jesus não apenas sabia que Judas o trairia ― “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Sl 41:9), não apenas sabia que Pedro o negaria, que o Sinédrio o condenaria de forma injusta, que Pilatos o sentenciaria dizendo “... crucificai-o”, que seus inimigos zombariam dele dizendo: “Profetiza, quem é que te feriu?”; Jesus não apenas sabia que seria cravado e levantado pelos soldados em uma cruz infame, mas também que ficaria cada vez mais sozinho, que seus discípulos o abandonariam e que Seu Pai lhe viraria as costas e lhe derramaria o cálice de Sua ira santa até a última gota; Ele sabia que Satanás e suas hostes o assaltariam para fazê-lo se desviar do caminho da obediência ao Pai: “Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge” (Sl 22:12-13).

Jesus em toda sua vida carregara sob Si o peso da humilhação, mas agora o clímax deste seu estado de humilhação se aproximava. Não é de estranhar que Jesus “levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu” começasse a “entristecer-se e a angustiar-se”, e lhes dissesse: ”A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (MT 26:37-38). “Velem comigo”, disse Jesus. Não é estranho vê-lo desejar ajuda, conforto e encorajamento naquela hora. Mas, estranho é ver tamanha tristeza, tristeza de morte e humilhação, que fez com que o Pai naquela hora, ao vê-lo prostrado sobre o seu rosto e dizendo “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”, enviar-lhe um anjo para confortá-lo. Que angústia!: “... o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”! Que humilhação!: Quem é este tão fraco que necessita de uma criatura para confortá-lo e encorajá-lo? Não é Ele o próprio criador do mundo? — “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3).

Olhando para este quadro o escritor de Hebreus diz: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte”. Jesus orando e suplicando nos aponta para seu ofício sacerdotal, sua obra sacrificial. Essas orações e súplicas revelam a profundidade da agonia espiritual e física de Jesus: “gotas de sangue caindo sobre a terra”. Jesus carregou nossos pecados e bebeu o cálice da ira de Deus contra o pecado — “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5:21). Jesus morreu por pecadores e se colocou diante de Deus como o mais ímpio dos pecadores. Ele ficou sozinho, orou sozinho, bebeu até a última gota do cálice da ira de Deus sozinho, suportou, sofreu, sangrou, e morreu sozinho, para salvar suas ovelhas (Jo 10:11).

Jesus falou ao Pai “com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas”. Sua voz se fez ouvir. Ali Ele morria a segunda morte por nós, vis pecadores (Ap. 2:11). Não podemos compreender tal agonia — Por nós Jesus experimentou o próprio inferno. A quem Jesus se dirige em seus rogos? “... a quem o podia livrar da morte”. Este não foi um ato de ignorância da Sua missão, ou um ato de covardia do Senhor, pois que sabia que fora para morrer por miseráveis pecadores que havia nascido; Ele sabia do pacto feito com o Pai desde a eternidade. Mas Jesus via e sentia a agonia e os horrores de experimentar o abandono do Pai. Jesus orou para que a vontade de Deus fosse feita: “Pai, se queres... todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22:42). Jesus sabia que havia sido comissionado para redimir os eleitos.

Teria sido ouvida a oração de Jesus? Um anjo é enviado para confortá-lo; era um mensageiro do Pai, mas não lhe é retirada a agonia. O escritor de Hebreus diz “tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. Aqui está e resposta. Jesus pediu que a vontade do Pai prevalecesse; o Pai aponta-lhe a cruz e, em reverente obediência, o Filho se submete à Sua vontade.

Que maravilhosa obediência, que gracioso amor do Redentor, que “tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem”.

Glória ao Redentor!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Donos de igreja?


Donos de igreja?

“Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto...” (Ezequiel 34:31)

Jesus Cristo conhece as suas ovelhas. Ele disse “eu as conheço.” Ele sabe de nossas carências e fraquezas. Ele sabe o que é ser gente, pois foi como nós. Conhece a humanidade como nenhum outro, pois criou o ser humano e assumiu a forma humana. Donos de igreja não consideram as pessoas a não ser a si mesmos, não as conhecem e não se importam com elas. São incapazes de sentir a dor alheia e chorar com os que choram.
Se somos ovelhas, precisamos seguir ao pastor. Ele disse que suas ovelhas o seguem. Seguir é diferente de contemplar. É diferente de admirar. Seguir é imitar, é observar o exemplo e fazer igual. O apóstolo Pedro entendeu isso quando declarou: “Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1Pedro 2:21). Há muitos membros de Igreja que fazem com Cristo o que os fariseus fizeram: ignoram-no. Transformam a Igreja em uma sociedade que exalta bons princípios e boa convivência apenas isso. Igreja é muito mais do que isso. Igreja é a união de ovelhas que seguem o pastor e o imitam, porque sabem que é Ele o dono de suas vidas e quem as presenteará com a vida eterna. Só Jesus pode dar algo tão maravilhoso. Ovelhas recebem a vida eterna, e não os bons ou os religiosos. Donos de igreja podem dar status ou prêmios humanos, mas não a vida eterna. Ovelhas têm a segurança expressa na frase “ninguém as arrebatará da minha mão.” Jesus como pastor cuida de suas ovelhas melhor do que qualquer homem ou instituição.
Não somos os donos da Igreja: somos ovelhas, como tal, precisamos seguir nosso pastor. Você tem sido uma ovelha obediente a Jesus? Está consciente de que a Igreja é dEle e não sua ou minha? Ouçamos a voz de nosso pastor, expressa na Bíblia, e o sigamos com toda a dedicação e amor, fazendo dEle e não de nós mesmos, o dono da Igreja.


Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez
Pastor Titular da Igreja Batista Betel

sábado, 20 de abril de 2013

O FARISAÍSMO



“Naquele mesmo dia, chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te” (Lucas 13:31)

O termo fariseu pode ser, previamente, entendido como “os separados”.

Tratava-se de uma seita que se vangloriava de ter a correta interpretação da lei de Moisés. Consideravam-se os protetores da lei de Deus e achavam que podiam determinar os limites dentro dos quais os judeus deveriam viver. Na tentativa de aprimorar a lei de Deus, enchiam-na de detalhes e práticas que a distorciam e afastavam mais ainda o povo do seu Deus.
Falando em “afastar”, o texto base acima (Lucas 13:31) mostra exatamente isso: uma tentativa de tirar o servo do caminho. No caso do texto citado, Jesus era esse servo, aliás, o Servo. Jesus foi perseguido muito em seu ministério pelo farisaísmo da época.
Vajamos o contexto do texto citado:
Jesus concluiria seu ministério em Jerusalém  onde ali seria morto e ressurgiria dando início à história da Igreja.
O Adversário (Satanás) sabia desse plano divino. Por isso, enviou alguns para tirarem Jesus do caminho. Quem foram os enviados de Satanás? Sim, os fariseus!
Vivemos, no campo espiritual, o mesmo contexto: estamos indo a Jerusalém, estamos no caminho (Jesus). Mas, como sabemos que nosso inimigo não está satisfeito com o processo da nossa salvação (caminhar no caminho proposto), ele envia sempre alguém. Esse alguém (enviado pelo inimigo) é sempre aquele que, muitas vezes, está perto, na mesma congregação. Tem-se, portanto, o fariseu dos dias de hoje.
Podemos notar que os fariseus eram extremamente religiosos e atenciosos com a lei. Existem alguns ‘crentes’ rigorosos com a “lei”, porém não vivem em espírito. Seus argumentos são sempre bons como os do textos acima:
“sai, Herodes quer matar-te...”. Usam argumentos cuja aparência é de paz e bondade, mas o intuito, muitas vezes, é tirar o verdadeiro crente e servo do caminho. Esses argumentos estão soltos por aí e vestidos de boa aparência como:
“Vai à madrugada de novo? Eles estão fazendo sua mente...”;
“Viu o que aquele irmão fez? Não chegue mais perto dele, pode contaminar você...”;
“Irmão, sai dessa igreja! Viu o que o pastor fulano falou na mensagem...”;
“Ihhh a liderança falhou, isso não pode..essa obra não é mais a mesma...”
Os fariseus são pessoas que se vestem de santidade, mas, na verdade, por baixo dessas vestes de pseudo-crentes, estão a podridão de uma vida doente espiritual, cheia de amargura e ódios, invejas e ciúmes e tantos outros sintomas de uma vida sem Deus, embora “sabem tudo de Deus” (os fariseus nos tempos de Jesus sabiam tudo de Deus, da lei, mas não tinham uma experiência com o Deus vivo).
Vamos ver alguns aspectos históricos dos fariseus:

Podemos colocar como origem remota dos fariseus os antigos escribas que continuaram o trabalho de Esdras.

Na época do novo testamento, quando Jesus iniciou o seu ministério haviam muitos partidos e seitas entre os judeus, como, por exemplo, os zelotes, os essênios, os saduceus e os fariseus. Existia ainda um Sinédrio que era uma espécie de conselho formado por 70 anciões e presidido pelo sumo-sacerdote. Este sinédrio era responsável por julgar questões religiosas entre os judeus (para o governo de Roma era vantagem permitir a existência do sinédrio desde que suas decisões fossem favoráveis aos interesses do império). No sinédrio haviam representantes dos partidos, mais a maioria era composta de fariseus e saduceus e, dentre eles, os saduceus eram a maior parte.

Os fariseus não eram o maior partido, porém tinham bastante força por terem a simpatia do povo (classe pobre), enquanto os saduceus possuíam muitos membros da alta classe da sociedade. A liderança do sinédrio estava nas mãos dos saduceus na época de Jesus. Embora o partido dos fariseus não fosse um partido tão grande, foi o que mais tempo sobreviveu após a destruição de Jerusalém em 70dc.

Os saduceus não criam na imortalidade da alma, na ressurreição dos mortos e em seres espirituais; já os fariseus criam nas três coisas.

Tanto saduceus quanto fariseus se opunham a Jesus, os saduceus principalmente por causa da multidão que seguia a Jesus, o que para eles poderia despertar uma represália de Roma e a perda das mordomias e liderança (lembre-se de que o partido possuía membros principalmente das classes aristocráticas). O fato de Jesus ressuscitar mortos aumentou mais ainda o ódio deles. Os fariseus, por sua vez, perseguiam a Jesus principalmente por causa da interpretação da lei e por que ele afirmava ser o Filho de Deus.

Os líderes religiosos não conseguiram enxergar em Jesus o messias, pois Cristo fugia de todos os padrões que eles tinham como santidade. Para os fariseus era inconcebível e ilógico um messias que comia e bebia com os pecadores, não tinha um exército armado, falava com samaritanos, era manso e humilde, etc.

No início da igreja, os apóstolos tiveram muito trabalho com os saduceus (At 5.17,18) e fariseus; principalmente com aqueles que vinham para a igreja e instavam em querer colocar um jugo pesado sobre as costas dos cristãos (At 15.5-34). O Evangelho primeiramente havia sido pregado aos judeus e por isso, a Igreja no início sofria uma forte pressão do judaísmo; alguns achavam que para ser salvo era necessário aceitar a Cristo e obedecer à lei de Moisés. Jesus já havia mostrado que a Graça não seria uma espécie de remendo da lei quando ensinou a parábola encontrada em Mt 9.16,17.

O apóstolo Paulo foi usado especialmente pelo Senhor para falar sobre a Graça de Deus, ele podia falar com a experiência própria de ter sido um fariseu (At 23.6-8; 26.5; Fp 3.3-9) e haver perseguido a Igreja no seu zelo sem entendimento.

Os ensinos

Criam no fato de que o exílio na Babilônia deveu-se a desobediência a Torah, e que a observância desta era uma obrigação individual e nacional. Alegavam deter a interpretação correta da lei; os fariseus afirmavam que poderiam tirar dela à vontade de Deus para situações não expressas diretamente.

O seu extremo zelo sem entendimento; levou a elaboração de costumes que fugiam da vontade de Deus, deixando o amor em último plano. Estas tradições a princípio visavam impedir a quebra da Torah, mais na verdade a encheram de detalhes que distanciaram ainda mais a vontade de Deus do seu povo.

A ênfase do farisaísmo sempre era ética e não teológica.

As tradições e adaptações da lei, somente poderiam ser passadas por eles, pois afirmavam serem estudiosos da Torah.

Todas estas adaptações e tradições; levaram os fariseus a uma grande hipocrisia e a uma supervalorização destas adaptações e tradições.

As características do fariseu

Os fariseus (como também os saduceus) eram marcados pela importância dada à aparência externa e pela grande hipocrisia (vide vocabulário). Estas características fundamentais levavam a uma infinidade de erros. Podemos observar claramente como eram estes religiosos no texto de Mt 23. Perceba que de alguma forma existem crentes que agem deste modo. Vejamos:

23.4- Colocavam um pesado jugo sobre os discípulos = Igrejas que colocam os seus membros sob um jugo pesadíssimo e incoerente com a verdade; crentes que, individualmente, insistem em querer colocar fardos de tradições humanas sobre os irmãos.

Isto é bem diferente do jugo de Jesus. Mt 11.28-30

23.5- Não faziam as coisas por amor, mas para serem vistos = Igrejas e crentes que trabalham para serem vistos pelos homens e não trabalham para o Senhor; vivem de aparência!

23.5- Queriam aparentar ser mais santos do que os outros = Igrejas e crentes que acham que seus costumes os tornam mais santos; muitas vezes instintivamente acabam querendo ser mais santos do que Deus!

23.6-12- Gostavam de serem visto como mais importantes = Igrejas e crentes cheios de costumes humanos que por este motivo se acham melhores; buscam a liderança a qualquer preço.

23.13- Com seus ensinos afastavam as pessoas de Deus = Igrejas e certos “irmãozinhos” que espantam os pecadores.

23.14- Interesseiros = Igrejas que exploram a fé e ingenuidade dos seus membros, com pretexto de espiritualidade, mais na verdade interessados em alguma coisa;

23.15- Proselitismo = Igrejas e crentes que, ao invés de buscar almas no mundo, tentam tirar as pessoas de outras denominações.

Muitas vezes preferem matar espiritualmente alguém, a aceitar que um irmão seja livre em Cristo e não ande conforme o jugo que desejam impor.

23.16-22- Valorizavam coisas sem importância e desprezavam as que realmente importavam; na verdade eram materialistas = Igrejas e crentes cheios de avareza no coração e muitos que brigam por causa de questões tão banais.

23.23,24- Valorizavam mais os detalhes do que o essencial, deixando o amor por último = Quantos fazem isso...

23.25-28- Aparência de santidade; quando esta deve começar de dentro para fora (necessário é nascer de novo! Jo 3. 3-7) = Igrejas que pregam uma santidade superficial- mudar a roupa é fácil se comparado com mudar o coração!

A conversão tem início no coração e manifesta-se com a mudança de postura e caráter.

23.29-36- Perseguição a Verdade (Os profetas falavam do Messias que havia de vir, o qual eles perseguiam) = Igrejas e crentes que de tanta cegueira; lutam contra a Verdade!

Amados; tudo isso é fruto da hipocrisia do farisaísmo. Nos dias de hoje existem muitos que dizem serem cristãos, mais são grandes hipócritas!

O farisaísmo ainda existe no meio da igreja, não apenas nos usos e costumes que vemos em algumas igrejas sendo colocados em pé de igualdade com a graça, mais em muitas outras atitudes também. Aproveitemos para refletir: Será que eu muitas vezes tenho me portado como um fariseu? Talvez você pense:

“Fariseu? Eu?”.

Exatamente! Tendemos ao caminho mais curto, o caminho das aparências, ao invés de deixarmos Deus transformar o nosso íntimo para que as nossas obras passem a ser conforme a nossa fé. Eis aí o motivo de tantas igrejas caírem neste erro.

Estes fariseus modernos procuram o caminho mais curto, se gloriam de andarem debaixo do jugo como se isto fosse mais difícil; entretanto é fácil se tornar um crente na aparência externa, é fácil dizer que uma mulher é crente somente pelo fato de ter um cabelo enorme e um saião bem grande; difícil é mostrar uma vida transformada em caráter e conduta. Eles dizem: “Estas igrejas são porta larga!”, entretanto, verdadeiramente trabalhoso e difícil é ensinar a liberdade com discernimento, esperar pela transformação do coração. Muito fácil é obrigar os membros da igreja a usarem certas roupas e aí dizer que são crentes, quando o coração deles ainda não foi transformado; porta larga é a igreja que acha que, por seus membros gritarem e falarem em línguas são crentes (línguas que na maior parte das vezes não passam de manifestações da carne), ao invés de ensinarem os membros a terem uma vida frutífera; porta larga é viver ensinando e repetindo sempre as mesmas besteiras sem respaldo bíblico, ao invés de ensinarem a Palavra de Deus (e quantos assuntos e livros a Bíblia possui para serem ensinados...). Porta larga é punir a irmã que cortou o cabelo ou usou uma calça comprida (às vezes por causa do trabalho) e deixar impune a crente fofoqueira, o irmão que não paga as suas contas, etc.



O farisaísmo pode ser visto ainda hoje em algumas pessoas que se dizem cristãs, e, o que é pior, podemos notar que denominações inteiras adotam práticas farisaicas, descambando para o legalismo, e colocando as suas interpretações particulares, usos e costumes no mesmo patamar das verdades bíblicas.

Vamos vigiar para não sermos como esses.

Gabriel Felipe M. Rocha.
Adaptado e reformulado com base do texto de meu irmão em Cristo, Reginaldo Nogueira.

TRÊS CLASSES DE PESSOAS




1Co 2.14,15 “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido”.

DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA.

As Escrituras dividem todos os seres humanos em geral, em duas classes.

(1) O homem/mulher natural (gr. psuchikos, 2.14), denotando a pessoa irregenerada, i.e., governada por seus próprios instintos naturais (2Pe 2.12). Tal pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9), está sob o domínio de Satanás (At 26.18) e é escravo da carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está em harmonia com ele (Tg 4.4) e rejeita as coisas do Espírito (2.14). A pessoa natural não consegue compreender a Deus, nem os seus caminhos; pelo contrário, depende do raciocínio ou emoções humanas.

(2) O homem/mulher espiritual (gr. pneumatikos, 2.15; 3.1) denota a pessoa regenerada, i.e., que tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos de Deus (2.11-13) e vive pelo Espírito de Deus (Rm 8.4-17; Gl 5.16-26). Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do Espírito que nela habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado (Rm 8.13,14).Como tornar-se um crente espiritual? Aceitando pela fé a salvação em Cristo, a pessoa é regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova natureza mediante a concessão da vida divina (2Pe 1.4; ver o estudo A REGENERAÇÃO ). Essa pessoa nasce de novo (Jo 3.3,5,7), é renovada (Rm 12.2), torna-se nova criatura (2Co 5.17) e obtém a justiça de Deus mediante a fé em Cristo (Fp 3.9).

UMA DISTINÇÃO ENTRE OS CRENTES.

Embora o crente nascido de novo receba a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações (Gl 5.16-21). A natureza pecaminosa que no crente existe, não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo (Rm 8.13). O crente obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente (Mt 16.24; Rm 8.13; Tt 2.11,12), deixando todo impedimento ou pecado (Hb 12.1), e resistindo a todas as inclinações pecaminosas (Rm 13.14; Gl 5.16; 1Pe 2.11). Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica (Gl 5.16-18,24; Rm 8.13,14) e a mortifica (Cl 3.5). Pela abnegação e submissão à obra santificadora do Espírito Santo em sua vida, o crente em Cristo experimenta a libertação do poder da sua natureza pecaminosa e vive como um crente espiritual (Rm 6.13; Gl 5.16).

Nem todo crente se esforça como devia para vencer plenamente sua natureza pecaminosa. Ao escrever aos coríntios, Paulo mostra (3.1,3) que
alguns deles viviam como carnais (gr. sarkikos), i.e., ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregavam-se a algumas delas. Embora não vivessem em contínua desobediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas das suas vidas, e mesmo assim querendo permanecer como povo de Deus (10.21; 2Co 6.14-18; 11.3; 13.5).

(1) A figura do crente carnal. Embora os crentes de Corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniqüidade, que os separaria do reino de Deus (ver 6.9-11; cf. Gl 5.21; Ef 5.5), estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo (13.1,2). A carnalidade deles era vista na “inveja e contendas” (3.3). Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja (5.1-13; 6.13-20). Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor (4.18,19). Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais (6.6-8). Observe-se que aos crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual ou pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo (5.1,9-11; 6.9,10).

(2) Perigos para os cristãos carnais. Os cristãos carnais de Corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo (2Co 11.3) e de se conformarem cada vez mais com o mundo (cf. 2Co 6.14-18). Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus (6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso (ver 1Jo 3.15 nota; 5.17 nota; cf. Rm 8.13; 1Co 5.5; 2Co 12.21; 13.5).

(3) Advertências aos cristãos carnais. (a) Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm 6.14-16; 1Co 6.9,10; 2Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg 1.12-16), ele corre o risco de abandonar a fé. (b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados (10.5-12). (c) Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao mesmo tempo (Mt 6.24; 1Co 10.21). (d) Devem separar-se completamente do mundo (2Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor (2Co 7.1).

sábado, 13 de abril de 2013

MINISTÉRIO E CHAMADO



MINISTÉRIO E CHAMADO

Hebreus 5:4 - “Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão.”
Atos 20:24 -  “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”. 

O chamado ao ministério é uma honra.Começamos nossos dias na presença do Senhor e no passar dos mesmos um anseio crescente foi tomando proporções grandiosas em nosso coração. Ver nossos pastores pregando nos dava um anseio de um estar ali. Fazer mais por cada irmão e irmã em Cristo.
Paulo nos fala de um ministério que recebeu do Senhor Jesus. Sua experiência transcendia a coisa comum religiosa.Nada podia dizer ao contrário a respeito de seu encontro com o Senhor e o fato de ser chamado um vaso nas mãos de Deus para testemunho e anunciação do evangelho da Graça (Atos 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios).
Ora, temos aprendido nessa Obra do Espirito Santo que o chamado é de Deus e não de homens. Assim, vivemos uma experiência tal como Paulo. Cada um teve a marca do encontro com o Senhor. É inegável. Se esse chamado é de Deus e não de homens e sabendo que Deus não é Deus de confusão sabemos que primeiro devemos a Ele nossa fidelidade e depois a cada ovelha nos confiada nesse ministério (Romanos 11:13 Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério; . I Pe 5:2 – “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele “).

Paulo, expressa que seu ministério e apostolado eram para os gentios. Seu dever era com a palavra de Deus e atendimento ao plano eterno de Salvação. (Atos 21:19 E, havendo-os saudado ,contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios). 
Spurgeon, um dos maiorespregadores Batista, se referindo a obra do ministério disse:
“Ora, nem todos de uma igreja podem superintender ou governar; alguns têm que ser dirigidos ou governados. E cremos que o Espírito Santo designa na igreja de Deus alguns para agirem como superintendentes, e outros para se submeterem á vigilância de outros, para o seu próprio bem. Nem todos são chamados para trabalhar na palavra e na doutrina, ou para serem presbíteros, ou para exercerem o cargo de bispo. Tampouco devem todos aspirar a essas obras, uma vez que em parte nenhuma os dons necessários são prometidos a todos. Mas aqueles que como o apostolo (Paulo), crêem que receberam “este ministério” [II Co 4:1],devem dedicar-se a essa importantes ocupações.”
            Ainda a respeito do chamado no antigo testamento, servos de Deus, foram separados para ministrarem como profetas de Deus e notadamente assumiram o posto de pastores do povo:

§  Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós...Eis-me aqui, envia-me a mim “ (Is 6:8)
§  Jeremias: “Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei...Então disse eu: Ah Senhor Jeová! Eis que não falar; porque sou uma criança. Mas o Senhor me disse: Não digas: eu sou uma criança; porque aonde quer que eu te enviar, irás, e tudo o quanto de mandar dirás...“ (Jr 1:4-10)
§  Ezequiel: “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo... em te enviou aos filhos de Israel, ás nações rebeldes que se rebelaram contra mim, até este mesmo dia... Filho do homem dizei-lhe a minhas palavras“ (Ez 2:1-3; 3:1-4)
Observemos que no novo testamento Deus nos trata como despenseiros dosmistérios de Cristo. Estes são aqueles que tomam conta da propriedade dealguém, e se quiser tomar conta da propriedade de alguém sem o devido chamadodesagradará a dono da mesma (I Co 4:1).
§  Tito recebeu a exigência de só reconhecer como ministros aqueles Tt 1:5 - “...constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível..”
§  A Timóteo foi exigido que não se precipitasse a reconhecer alguém como ministro sem que antes houvesse provas do chamado.
I Tm 5:22 – “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice depecados de outrem.”
Deus é soberano e decide o vaso que quer utilizar. Ele não escolhe qualquer vaso, ele mesmo descreve o tipo de vaso escolhido por ele:
II Tm 2:21 - “vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra”
O chamado de Paulo é um exemplo de como Deus escolhe os vaso que usa. At. 9:15 - “Este é para mim uma vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios.”
Ef 4:11 – “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,”
Colossenses 4:17 E dizei a Arquipo: Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras.

Deus é quem chama e constitui seus verdadeiros pastores dando-os a suas igrejas comissionando os para um excelente ministério. O chamado é Dele e para Ele. Nenhuma Igreja como denominação pode ir contra esse chamado nem mesmo ela por si mesma pode desqualificar esse chamado correndo o risco de ir contra a palavra de Deus. Cremos sim que o pastor dentro da sua denominação pode sim ser chamado e ou censurado pelo presbitério e ou convenção na medida que deve ser corrigido em seus atos pastorais quando trazem prejuízo para o rebanho do Senhor e ou até mesmo amparado nas suas necessidades. Em certo texto escrito por alguém (não tem a identificação) achamos a seguinte afirmação:  

“O não atendimento das orientações do Senhor dadas pelo seu corpo caracteriza o insubordinado e desordenado impedindo-o de permanecer no corpo.”

É evidente que aqui há uma incoerência, pois não é o corpo que ordena, mas sim o cabeça e este é Cristo. As orientações do Senhor estão determinadas na palavra de Deus.O corpo as administra e vive por elas doutrinariamente. Veja bem e se estas orientações forem contrárias a palavra de Deus? Contrárias a sua graça e misericórdia?  O que se faz? Então somente a palavra de Deus pode determinar orientações seguras para o servo. A igreja romana agiu da mesma forma no passado e no presente onde o governo papal e de seus bispos tem o mesmo poder para determinar os rumos da Igreja e ainda pior dá a este governo humano a autoridade até superior a palavra de Deus, pois suas determinações por muito suplantam determinações da Bíblia.
 O pastor foi chamado pelo Senhor e não pela vontade humana de uma denominação embora,sabemos que isso acontece muito mas aqui tratamos de chamado de Deus. Talvez dentro dela, mas, pelo Senhor. O Senhor deu seus pastores à Igreja. Tirou do meio do rebanho e os apresentou a este um dia. A negação desse chamado só pode ser feito pelo próprio pastor seja por sua negligência, por causa de pecado seu ou recusa em atendimento a determinação da palavra de Deus o que em si é também uma negligência. Esses assumem um grave peso sobre suas almas e aí sim devem ter repreenda da Igreja quanto mais do Senhor.Outra vez o escritor do texto citado acima escreve:

“A ordenação é feita no propósito de unidadepara que os momentos de vacilação do homem o conjunto mantenha o equilíbrio. OPresbitério é o conjunto que não quer e não aceita as determinações da mente eda carne antes vive e prega as decisões por fé embora mais difíceis...”  

Aqui nãopodemos discordar embora saibamos que o presbitério e outras convenções écomposto por homens falhos (ninguém é perfeito) também e se é composto porhomens falhos pode falhar. Aqui então invocamos novamente a palavra de Deuscomo regra de segurança fundamental para que não sejamos transtornados na nossafé. Em tempo lembramos a experiência papal onde esse assumiu tal grandeza queum dogmas católicos reza que o papa como representante de Deus sobre a terranão falha (dogma da infalibilidade papal).

 João 10:12 Mas o mercenário, e o que não épastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge;e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.
II Corintios 6:3
 Não dando nós escândalo em coisa alguma, paraque o nosso ministério não seja censurado;
            Resta nos o conselho:
At20:28 - “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos [pastores], para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”
O verdadeiro ministério deve vir de Deus e não da parte dos homens Gl 1:1 – “Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,”
Spurgeon disse: “Não entre no ministério se puder passar sem ele “ – “...A Palavra de Deus deve se um fogo em nossos ossos, do contrário, se nos aventurarmos ao ministério, seremos infelizes nisso, seremos incapazes de suportar as diversas formas de abnegação que lhe são próprias, e prestaremos pouco serviço àqueles aos quais ministramos”.
O pastor deve se identificar como:

§  Alguém que tem o chamado interior da parte do Espírito Santo e o chamado reconhecimento exterior da igreja, e que foi devidamente consagrado para proclamar o evangelho; (At 13:2-4);
§  O Pastor deve se-lo(apascentador) pelo Espírito Santo para pastorear a Igreja de Deus. (At 20:28; I Pe 5:1-4; Ef 4:11))
§  Ele tem uma comissão sublime e de alta responsabilidade: Pastorear o rebanho de Deus (I Pe 5:2)
§  Ele é o guia do rebanho, e o guia basicamente através da pregação da Palavra (Hb 13:7)
§  Ele vela pelas almas orientando-as e alertando-as pela pregação oda Palavra (Hb 13:17)
§  Quem tem um alvo: Uma igreja plenamente madura servindo de todo coração ao Senhor. Alguns trechos acima do trabalho do PR. JOSÉ LAÉRTON(IBR EMANUEL – 30/abril/99)

Pastor David/ ICM -Caratinga-MG, 12 de abril de 2013