sexta-feira, 29 de março de 2013

Meditação do dia



SEGREDOS DA ORAÇÃO

Amados leitores do “Palavra a Sério”, gostaria de compartilhar com os irmãos um e-mail que recebi esta semana, que apesar de muito simples achei muito profundo.

Quando oro ANTES, demonstro DEPENDÊNCIA DE DEUS...
Quando oro DEPOIS, demonstro GRATIDÃO À  DEUS...
Quando oro SEMPRE, demonstro COMUNHÃO COM DEUS...

segunda-feira, 25 de março de 2013

E CRIOU DEUS O HOMEM À SUA IMAGEM


“E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança [...] E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou”. (Genesis 1:26,27).

A todos os amigos, irmãos, leitores e verdadeiros estudantes da Palavra de Deus, a paz de nosso Senhor Jesus!

Vamos tratar aqui, um pouco, da doutrina “Deus”, em análise de sua estrutura divina/triuna e da estrutura essencial humana que, também, se mostra em três definições.

Deus, podemos perceber, é uma entidade singular:

“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” (Deuteronômio 6:4).

“Eu sou o Senhor e não há outro [...] fora de mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há outro. (Isaías 45:5,6).

E plural:

“Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal...” (Genesis 3:22).

“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Isaías 6:8).

“Eu e o Pai somos um” (João 10:30).

A palavra hebraica para Deus é elohîm, um substantivo plural. Em Genesis 1:1, o termo é usado concordando, gramaticalmente, com um verbo no singular, bara (singular) cujo significado é “criou”. Traduzido ao português no sentido literal ficaria: “...deuses criou”. Quando são usados pronomes no plural – “façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” -, isto indica a pluralidade de pessoas (um plural de número), ou o conceito de excelência ou majestade que pode ser indicado desta maneira em hebraico? Deus poderia estar falando com os anjos, a terra, ou a natureza (segundo alguns estudiosos), referindo-se a si mesmo em relação a alguns deles? Ou esta é uma indicação germinal de uma distinção de pessoas na divindade? Não se sabe ao certo, embora a questão da pluralidade de pessoas (Trindade) seja o ponto teológico mais aceito, inclusive por nós do blog Palavra a Sério.

Até a vinda de Jesus e o início de seu ministério terreno, a unidade essencial (interna) da Divindade não era compreendida, em grande parte, ainda que fosse indicada em outras passagens como a de Isaías 48:16:

“Chegai-vos a mim e ouvi isto: Não falei em segredo desde em princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e agora, o Senhor Jeová me enviou o seu Espírito

Deus é essencialmente Espírito (João 4:24). Portanto, o homem que é “imagem e semelhança” de Deus, possui um espírito Imortal. Os homens se assemelham a Deus em certos aspectos pessoais (Genesis 1:26), sem que sejam iguais a Ele (Isaías 40:25). A semelhança entre o homem e Deus é aquilo que distingue a criatura racional do resto da criação. O homem é um ser pessoal, com a capacidade de pensar, sentir e decidir. Ele tem a capacidade de fazer escolhas morais e a capacidade de crescimento ou declínio espiritual.

No princípio, o homem amava a Deus e era uma criatura santa. O pecado mudou isto. O seu espírito ficou tão alterado pelo pecado, que ele se escondeu de Deus, e agora deseja mais o mal do que a justiça (João 3:19,20). Depois da época de Adão, somente aqueles que viviam com retidão diante de Deus eram considerados seus descendentes (Mateus 3:7-10; Mateus 13:38; João 12:36; Atos 13:10). O Homem não mais se encontra no estado perfeito de inocência em que estava na época da sua criação. Portanto, ele não tem os mesmos atributos e qualidades espirituais, semelhantes aos de Deus, que tivera em seu estado original. Se hoje Deus derrama de seus dons e dos frutos de seu Espírito aos homens, é porque houve uma libertação através do sangue do “segundo Adão” – JESUS CRISTO e, nessa remissão, Deus deu a porção (sem medida) de seu Espírito Santo, fazendo assim, o homem, experimentar de suas maravilhas espirituais (por soberana graça). Jesus, o segundo adão (1Co 15:45), veio para desfazer as obras de Satanás (1Jo 3:8), e para restaurar a semelhança espiritual do homem com Deus (2Co 3:18; Ef 4:24; Cl 3:10).

Essa “semelhança” com Deus está no fato de, o homem, ser:

a) Corpo – soma (gr) – Aspecto visível/físico/ temporal;

b) Alma – psiqué (gr) -  fonte de nossa racionalidade e sentimentos;

c) Espírito – pneuma (gr) – “fôlego” de vida/ “sopro” de Deus/ aspecto que faz o homem carnal e racional transcender e ter contato com seu Criador. Parte que volta para Deus, pois é de Deus.

“..e o vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados...” (1Tessalonicenses 5:23)

Jesus veio restaurar a essência tricotômica do homem que, embora sejam distintas, é na movimentação e unidade que elas garantem o home como um ser existente. Jesus, através de seu sangue, renovou e efetivou a existência do homem para com Deus. Pela fé em Cristo, o crente recebe em seu espírito a afirmação da salvação e regeneração pelo Espírito Santo de Deus. É uma “religação” de Deus ao homem/ homem a Deus – espírito humano> < Espírito Santo (Deus).

Dentro deste contexto de transformação (ou renovação) humana é que temos a identidade moldada conforme a intenção original e, pela graça, podemos fazer parte da ‘família’ de Deus.

“E eu dei-lhes a glória que a mim (Jesus) me deste, para que sejam (nós/ Igreja) um, como nós somos um (Pai, Filho Espírito Santo). Eu neles (através do Espírito Santo), e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (na unidade do Espírito), e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim” (João 17:22,23).

 É interessante que, no Antigo Testamento, o homem é mencionado no termo hebraico (na maioria das vezes) como “adham”, cujo significado é: “baixo”, “avermelhado”, “comum”, “inferior”. O termo “adham” deu origem ao nome Adão. Assim se tornou a identidade humana: inferior, baixa e limitada diante de um Deus Santo e Puro. O termo também apresenta a ideia de “cor avermelhada”, como “Edom”. Porque necessário foi a morte de um inocente para a restauração da identidade original e essencial do homem. No Novo Testamento, quando se refere a ‘homem’, o termo mais usado é “antropos” (grego) que significa “o que olha para cima”. Pois Jesus deu tal condição ao ser humano – olhar (contemplar) outra vez o seu Criador através da morte do Cordeiro de Deus (Jesus Cristo). Está aí a importância do poder do sangue de Jesus na vida (diária) do verdadeiro crente: restauração e renovo da nossa essência (limitada e imperfeita pelo pecado) – para assim chegar a Deus.

Quero concluir esse pequeno e singelo estudo dizendo que: nós somos a imagem de Deus quando estamos debaixo dessa graça maravilhosa mencionada aqui: o sangue (Espírito Santo). Pois é o elo de ligação de nossa estrutura essencial à essência de Deus. Não somos iguais a Deus, mas sim semelhantes a Ele (há uma diferença nessas definições). Não podemos, por exemplo, ter os atributos pessoais de Deus como: onipotência, onipresença e onisciência. Mas podemos participar deles, tendo uma experiência com tais atributos quando temos uma vida em espírito (comunhão com Deus). Nós, no entanto, podemos, mesmo que limitados, ter alguns atributos morais de Deus como: amor, paciência, santidade, justiça, fidelidade, misericórdia e bondade. Inclusive, Ele nos cobra tais atributos em sua Palavra.

Que Deus abençoe!

Gabriel Felipe M. Rocha

domingo, 17 de março de 2013

Acordando do Sonho



ACORDANDO DO SONHO

“Teve José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais
E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:
Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho”. Gênesis 37:5-7
“E teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”. Gênesis 37:9

Os sonhos de José foram muito além de uma produção de sua mente, ou do que alguns chamam de “sonho de barriga cheia”, foram Promessas feitas por Deus.
Deus também usa este meio para se revelar ao homem, e isto é Bíblico: Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama. Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução” (Jó 33:15-16)

A DIDÁTICA DE DEUS:
1º SONHO: “Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho”
O “molho” ou “feixe” se levantou quando estavam “TRABALHANDO”: Deus nunca usou desocupado e preguiçoso. Todos que Deus chamou, usou, fez promessas... tanto no Antigo quanto no Novo Testamento estavam trabalhando.
Um dos exemplos mais vistos: A pessoa está desempregada, mas não sai em busca de emprego e começa a murmurar dizendo que Deus não quer abrir uma porta para ela; não busca se qualificar, estudar, aprender algo novo... e depois a culpa é de Deus.

2º SONHO: “Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”.
Foi o complemento da Promessa, que foi um princípio mais tarde, ensinado por Jesus.
No 1º ele viu elementos da TERRA; no 2º ele viu elementos do CÉU.
Jesus vem e explica este princípio: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. (Mateus 18:18)

PALAVRA PROFÉTICA  x  REALIDADE
“A Palavra Profética nunca se enquadra com o momento atual que a pessoa está vivendo”
Para entender melhor, usemos como exemplo Gideão (Juízes 6:12-16):
-“O SENHOR é contigo, homem valoroso”.
- Questionamento de Gideão: “Ai, Senhor meu, se o SENHOR é conosco, por que tudo isto nos sobreveio?”
(Dizemos sempre o mesmo: -Se o Senhor é comigo, porque estou passando por isso...Deus se esqueceu de mim...)
-“Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas”.
- Qual era a força de Gideão? “Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manasses, e eu o menor na casa de meu pai”.
“E o SENHOR lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos midianitas como se fossem um só homem”.
Ou seja, a Palavra Profética foi além da realidade, porque Deus já vê o futuro, Ele fala o que vai fazer em nossa vida.

ACORDANDO DO SONHO:
Quando José acorda, a realidade era muito diferente do que ele havia sonhado:
- Ódio e inveja dos irmãos
- Vendido como escravo
- Arrancam a Túnica do Pai; recebe uma roupa de escravo; na casa de Potifar recebe uma roupa de mordomo, onde é tentado, caluniado e preso, onde agora recebe uma roupa de presidiário, mas em meio às adversidades nunca deixou de ser um Servo de Deus, por isso Deus o sustentou e o honrou.
13 anos depois do sonho recebe agora a Túnica de Governador do Egito. Vem os 7 anos de fartura, e quando começa o período da fome , seus irmãos vem ao Egito em busca de alimento... e o final já conhecemos: se cumpre a Promessa, se cumprem os sonhos, 20 anos depois.
CONCLUSÃO:
Esta pode estar sendo sua realidade: Há promessas de Deus sobre sua vida, mas sua realidade está sendo completamente o inverso do que Deus lhe prometeu, portanto, até que a promessa se cumpra se mantenha na posição de Servo (a) de Deus. Não pare, não desanime, mas trabalhe, se esforce, realize a Obra de Deus, pois Ele te honrará.

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. (I Coríntios 15:58)

Gustavo Rodrigues

segunda-feira, 4 de março de 2013

JESUS, UM DEUS PRESENTE


 

(UMA PEQUENA ANÁLISE DE JESUS ONIPRESENTE)

Por Gabriel Felipe M. Rocha

“[...] que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação [...]” (2Cor 1:4)

 

Saúdo com a paz de nosso Senhor Jesus a nossos irmãos, amigos, leitores assíduos do ‘Palavra a Sério’ e a todos os que, com sincera dedicação e com verdade, estudam a Palavra de Deus.

A palavra “consolar”, aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. Deus, em sua imensurável e soberana graça, desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele envia aos seus filhos o Espírito Santo, que é chamado “O Consolador” (João 14:16).

Jesus chama o Espírito Santo de “Consolador”. Trata-se de uma tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente “alguém chamado  para ficar ao lado de outro para o ajudar”. É um termo rico de sentido e pode ser traduzido também (de forma simples) como “advogado” (1João 2:1), “fortalecedor”, “Conselheiro”, “Socorro”, “Aliado” e “Amigo”.

“[...] se alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai” (1João 2:1)

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza...” (Sl 46:1)

“...socorro bem presente na angústia” (Sl 46:1)

“...Maravilhoso, Conselheiro [...]” (Isaías 9:6)

“E digo-vos, amigos meus: não temais...” (Lucas 12:4)

Interessante que o termo grego para “outro” (alguém chamado para ficar ao lado do outro para ajudar) é allom que significa “outro da mesma espécie”, e não heteros, que significa simplesmente “outro”. Noutras palavras, o Espírito Santo dá seguimento ao que Cristo fez na terra e, hoje, a Igreja de Cristo caminha através da presença do Espírito Santo (revelação), ao lado de Jesus – O Espírito Santo revela Jesus à Igreja. A Igreja Fiel de Cristo (sua noiva) tem uma intimidade com Jesus através do Espírito Santo (o Consolador que caminha ao lado).

Ainda no termo allom (outro da mesma espécie), é relevante ressaltar o seguinte: Jesus veio como a solução de Deus para o homem. Veio como aquele que andaria lado a lado com a humanidade, Jesus se tornou homem como nós somos, ou seja, Deus (Deus presente - Emanuel) se tornou, segundo o termo grego allom, “outro da mesma espécie” (humano) e sofreu as nossas lutas, as nossas dores e nos garantiu a redenção. Aleluia!

Voltando no texto de 2 Coríntios 1:4:

A expressão usada por Paulo traduzida em “consola” (...que nos consola...), tem sua raiz no termo que vimos acima (paraklesis) e, no texto de 2Cor 1:4 está empregada como parakaleo que significa “chamar para perto”.

Só poderemos ter uma experiência real com esse Jesus vivo e presente se atendermos a esse chamado. Jesus nos chama para perto. Por isso Ele é o nosso Pastor, pois ajunta seu rebanho. Como? Com seu Cajado (Salmo 23), o Espírito Santo (O Consolador). O nosso pastor, com muito amor e cuidado, tem usado o seu cajado, pois Ele está perto, está presente. O cajado é usado não para bater, mas para puxar a ovelha que se desvia. O cajado é símbolo da direção do Espírito Santo e é, exatamente pelo Espírito Santo que conseguimos chegar até Jesus, caminhar em seu caminho e seguir a sua direção.

O texto de Coríntios afirma categoricamente que Jesus nos consola (pois está perto) para que também possamos consolar os outros.

Achei muitíssimo interessante essa frase, pois ela revela um fato que deve, ou precisa acontecer constantemente em nossas vidas, pois somos Igreja e Cristo continua presente na terra através da Igreja. Como o homem sem Deus saberá que Jesus está presente? Através do testemunho da Igreja Fiel.

“E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim” (João 17:22,23)

Se Ele está presente em nossa vida e nos consola, ou seja, está junto de nós em todo o momento, devemos consolar os outros. Para melhor dizer, segundo o termo original contido nesse “consolar”, precisamos estar perto e nos colocarmos como amigos, socorro, conselheiros, intercessores e luz de Cristo para o outro, seja nosso irmão em Cristo, seja o homem perdido sem Cristo.

“Para que também possamos”-  A condição que nós hoje temos de nos portarmos como “cristãos” (pequenos cristos) e servos do Senhor está no fato de o próprio Senhor nos conceder tal condição e nos capacitar para isso.

Quero irmãos, finalizar esta singela análise dizendo o seguinte: Não é o bastante apenas saber que Jesus é onisciente, onipresente e onipotente. Precisamos viver e alcançar sempre uma experiência com Jesus nesses três atributos. Ele está presente, sempre perto para nos ajudar. Louvado seja o Senhor!

“E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último” (Apocalipse 1:17)

“Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que  anda no meio dos sete castiçais de ouro.” (Apocalipse 2:1)

 

Gabriel Felipe M. Rocha