sábado, 30 de agosto de 2014

SECTARISMO RELIGIOSO

Os Perigos do Sectarismo Religioso
(Por Thomas Magnum)
O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, sob a influência da hipocrisia de homens mentirosos, que têm a consciência insensível.” I Tm 4.1,2.
A admoestação do Apóstolo Paulo ainda é pertinente para nossos dias, é de considerável urgência uma reflexão séria e bíblica sobre o sectarismo religioso.
Sectário - Pertencente ou relativo a seita. sm 1 - Membro ou aderente de uma seita religiosa. 2 - Pessoa que segue outra no seu modo de pensar, ou lhe obedece cegamente; partidário, sequaz. 3 - Membro de um partido, que o segue e defende com facciosismo. 4 - Partidário apaixonado, intransigente, faccioso.[1]
Diante de tal definição, compreendemos como sectarismo a atitude decorrente de um indivíduo ou grupo sectário.
Entendemos como seita, um grupo dissidente e divergente do que comumente se prega em doutrinas religiosas ou filosóficas. Diante de tal realidade, a multiplicação de pensamentos religiosos, decorrentes do cristianismo ortodoxo, iremos abordar os efeitos maléficos de grupos separatistas que saíram da igreja cristã por conta de heresias.
Deve ficar claro que não estamos tratando aqui de denominações evangélicas que tem comunhão nos pontos centrais do cristianismo, como: A trindade de Deus, A divindade de Cristo, A divindade e pessoalidade do Espírito Santo, na inspiração, inerrância e suficiência das Escrituras, na segunda vinda de Cristo.
O Impacto Sociológico
Ao observarmos a aderência e a permanência de pessoas em grupos sectários, é notório o fator de isolamento. Quando o individuo é levado a “fé” no que o grupo ensina, ele é doutrinado a crer que somente seu grupo está correto e que os ensinos ali passados são realmente o que Deus quer para seu povo. Ligado a isso, vem à questão afetiva dentro do grupo, o adepto é agora inserido em um novo contexto social que realmente existe "amor", inexistente em outas religiões. Então, o próximo passo ao doutrinamento do novato é o afeto. Um terceiro ponto que podemos observar no sectarismo de tais grupos é o legalismo. A obediência cega aos líderes é fundamental para o "desenvolvimento" espiritual do fiel. Nessa submissão, incluímos a proibição ou recomendação, como dizem eles, de lerem algo que esteja fora dos ensinos da organização religiosa pertencente. Geralmente, isso inclui até a Bíblia, alegando a velha falácia romana de que somente os sacerdotes podem interpretar os ensinos sagrados ao povo. O que tais grupos sabem da Bíblia são versículos soltos, que aprenderam em treinamentos internos para evangelizarem os "pagãos". O carisma é outro fator que devemos destacar do ponto de vista social das seitas. Tais grupos possuem liderança carismática; com isso falamos de retenção de poder profético e gigantismo espiritual, através de gurus que se camuflam com nomenclaturas cristãs como: Profetas, Apóstolos, Bispos, Patriarcas e uma quantidade imensurável de títulos.
O Efeito Camaleão
As seitas tem efeitos camaleônicos e se infiltram entre os verdadeiros cristãos. Dr. Walter Martin, certa vez, relatou a presença de Testemunhas de Jeová nas cruzadas de Billy Graham, para enlaçarem os convertidos no evento e levarem para os Salões do Reino.[2] Outros exemplos claros são grupos musicais de seitas heréticas, que arrebatam muitos evangélicos com propósitos proselitistas, como grupos e cantores adventistas e o grupo Voz da Verdade que é unicista. Diante de tudo isso, vemos o crescimento de grupos sectários e a multiplicação de heresias dentro dos arraiais evangélicos, por três motivos básicos:
• Imaturidade Espiritual
• Subversão Espiritual
• Soberba Intelectual
As ideias sectárias atingem mais as personalidades sugestionáveis, instáveis, sem fundamento doutrinário e sem sentido crítico. A seita é como um ramo que se desprendeu da árvore; originou-se como um protesto que considerava errado na igreja mãe. Para as seitas as igrejas perderam o sentido autêntico e o conhecimento verdadeiro das Escrituras.[3]
O Aspecto Doutrinário
Podemos identificar alguns aspectos doutrinários em grupos sectários:
• Afirmam uma nova revelação dada por Deus
• Reivindicam poder espiritual
• Pregam a apostasia da igreja cristã
• São proselitistas
• Rejeitam as principais doutrinas da fé cristã histórica
Esses são apenas alguns pontos listados aqui, podemos apontar também os aspetos antropológicos.
Aspectos Antropológicos
O grupo exerce domínio sobre a mente do indivíduo, seus líderes pensam por ele, dirigem sua vida. Se o adepto resolver abandonar o grupo, ele corre o risco de perder amigos, família, ou seja, perde sua vida social. Esse é o fator mais traumatizante para quem abandona um grupo herético. São conhecidos vários fatos de pessoas que foram ameaçadas e torturadas psicologicamente em tais grupos, que infelizmente não estão distantes de nós, inclusive em igrejas que professam serem evangélicas, reivindicam exclusividade de salvação e se orgulham exageradamente do nome de sua denominação. Pessoas que são oprimidas por costumes legalistas e que não tem respaldo nenhum nas Escrituras, mas, são fruto de delírios de homens, como disse Paulo:
“Sabe, porém, que nos últimos dias haverá tempos difíceis; pois os homens amarão a si mesmos, serão gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontrolados, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de religiosidade, mas rejeitando-lhe o poder. Afasta-te também desses. Porque entre eles estão os que se intrometem pelas casas e conquistam mulheres tolas carregadas de pecados, dominadas por várias paixões; que estão sempre aprendendo, mas nunca podem chegar ao pleno conhecimento da verdade. E à semelhança de Janes e Jambres, que resistiram a Moisés, eles também resistem à verdade. São homens de entendimento corrompido e reprovados na fé. Mas eles não irão adiante, pois sua insensatez será revelada a todos, assim como aconteceu com aqueles.” 2Tm 3.1-9.
Conclusão
Além de todos os danos listados aqui, não poderíamos deixar de incluir os psicológicos e espirituais. Existem pessoas que saíram de seitas ou de grupos neopentecostais que, mesmo depois de anos, sofrem os efeitos maléficos de tais mestres da mentira. Pessoas que tiveram suas personalidades assaltadas e suas vidas emocionais destruídas, seus afetos destroçados e suas mentes controladas. Muitas vezes, o motivo do avanço das heresias é o comodismo e descompromisso de igrejas cristãs, com membros fracos ou sem nenhum ensinamento Bíblico. Portanto, precisamos voltar às Escrituras, cultos de doutrina, treinamentos Bíblicos, seminários de doutrinas, fóruns e debates sobre seitas e heresias.
Antes, reverenciai a Cristo como Senhor no coração. Estai sempre preparados para responder a todo o que vos pedir a razão da esperança que há em vós. Mas fazei isso com mansidão e temor, tendo boa consciência, para que os que caluniam o vosso bom procedimento em Cristo fiquem envergonhados naquilo de que falam mal de vós.” I Pe 3.15,16
_________
Notas:
[1] Dicionário Michaelis
[2] O Império das Seitas - Walter Martin
[3] Resistindo as Tempestades das Seitas – Tácito da Gama Leite

terça-feira, 26 de agosto de 2014

BATISMO DE ARREPENDIMENTO

BATISMO DE ARREPENDIMENTO
Só há uma experiência necessária e condicional, e que deve ser consultada, para que alguém seja batizado, que é o arrependimento.
Respostas de orações, visões celestiais, línguas estranhas ou qualquer outra experiência sobrenatural não faz alguém apto a passar pelas águas sem que antes tenha vivido a experiência do arrependimento e do novo nascimento.
Nesse esteio, a bíblia não ensina que se deva consultar a Deus acerca do batismo de uma ou de outra pessoa. A consulta que deve ser feita é ao próprio candidato ao batismo, indagando-o sobre sua conversão e verificando se há nele frutos de arrependimento.
Foi assim com o Eunuco (Atos 8:37); foi assim com os 3.000 que foram batizados de uma só vez (Atos 2:41); foi assim com os discípulos de João Batista (Lucas 3:3) e
com os de Jesus e sempre foi assim na história da igreja.
Será mesmo que alguém tem dúvidas de que Pedro não consultou a Deus para batizar 3.000 pessoas num mesmo dia?
Portanto, se alguém quer consultar o batismo de alguém, que consulte a bíblia, mas como um todo, e encontre a resposta que está no próprio Evangelho, que, como o apóstolo Paulo diz, é"todo o conselho de Deus".
"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;" Atos 2:38.

Não é tão difícil ser fiel às Escrituras! E que, a partir de agora, não venhamos a desprezar a Verdade da Palavra de Deus e deixemos tão logo as questões loucas que tendem a transtornar o Evangelho (puro) de Jesus Cristo.

Texto de Dan Russel

domingo, 24 de agosto de 2014

Os dons só cessam quando morremos ou só cessará na Vinda de Jesus

Os dons só cessam quando morremos ou só cessará na Vinda de Jesus
(Ariovaldo Ramos)


O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.” 1Co 13.8-10

Paulo nos diz que um dia não precisaremos mais de profecias, nem de dons, nem de conhecimento. Porque estas possibilidades compõem o que ele chama de “o que é em parte”. Na chegada do perfeito, o que é em parte será aniquilado.
Por que em parte conhecemos? Segundo João Calvino “a intenção de Paulo é mostrar que o fato de recebermos conhecimento e profecia é precisamente uma prova de que somos imperfeitos. Portanto ‘em parte’ significa que não fomos ainda aperfeiçoados. Conhecimento e profecia, portanto, terão lugar em nossas vidas enquanto a imperfeição fizer parte de nossa existência terrena, pois eles nos assessoram até que plenitude nos atinja.” (Comentário à Sagrada Escritura, Exposição de 1Coríntios, 1ª Edição em Português, São Paulo, 1996, Edições Paracletos, pg. 402)
Os dons durarão até chegar o que é perfeito. Quando chegará o que é perfeito? O que Paulo está dizendo? Segundo João Calvino “ele está dizendo: ‘Quando a perfeição chegar, tudo o quanto nos auxiliou em nossas imperfeições será abolido.’ Mas, quando tal perfeição virá? Em verdade, ela começa com a morte, quando nos despirmos das inúmeras fraquezas juntamente com o corpo; porém, ela não será plenamente estabelecida até que chegue o dia do juízo final.” (op. cit., pg. 403)
Então, enquanto vivermos precisaremos dos dons, do conhecimento e da profecia. É claro que “o benefício oriundo dos dons só é eficaz enquanto estivermos nos movendo para o alvo” (op. cit. Pg 402), isto é, os dons são os acessórios necessários para vivermos conforme a nossa vocação. “Paulo poderia ter posto nestes termos: ‘Quando tivermos alcançado o ponto de chegada, então as coisas que nos ajudaram no percurso deixarão de existir.’” (op. cit. Pg. 403) Só com a morte a gente deixa de precisar dos dons, do conhecimento e da profecia, não que a morte seja o que é perfeito, o que é perfeito vem com o juízo final: a nossa ressurreição!

Cessacionismo é liberalismo teológico e Determinismo é paganismo; não há nada de estranho no fato de andarem juntos.

Fonte: Ariovaldo Ramos

Divulgação: www.juliosevero.com

domingo, 17 de agosto de 2014

Evangelho: poder de Deus para TODO aquele que crê (ou: o Evangelho sem exclusivismos)

(decidi repostar esta análise para que venhamos  servir a Deus com boa mente, com um culto racional e sem paixões [e memórias] seletivas e não venhamos a louvar a nós mesmos, mas sim a Cristo)

Evangelho: poder de Deus para TODO aquele que crê
(ou: o Evangelho sem exclusivismos)

Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento(II Co. 10:12)

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16)

Partindo da máxima acima (Romanos 1: 16), conclui-se, com base no contexto bíblico e profético da salvação, que o Evangelho é poder de Deus para salvar todo o que crê em Cristo Jesus como Senhor e Salvador. Dessa forma, TODO aquele que crê remete tão logo ao que foi eleito por Deus para a salvação. Ou seja: a Bíblia não diz que todos serão salvos. Muitos se perderão.

Contudo, a fé para a salvação promove a experiência pessoal com Jesus Cristo e com o poder do Espírito Santo. O selo do Espírito é outorgado pela fé. Assim, afirmamos biblicamente que a obra de redenção do Espírito Santo se dá em todo aquele que crê e não é operação exclusiva de algum grupo religioso ou alguma igreja que, talvez mergulhada em uma vaidade denominacional venha auto-referir-se como "a única obra de Deus" ou a "obra filha única". Mas a obra do Espírito Santo é o projeto de redenção de Deus obreada pelo Espírito Santo a partir do sacrifício perfeito de jesus Cristo. Portanto, todos os que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, passam agora a viver o processo obrado pelo Espírito Santo. A Bíblia jamais vai nos ensinar que Deus separou uma igreja específica (com placa e cnpj) para chamar de "Noiva", mas sim separou um povo (desde Israel) para herdar a salvação em Jesus Cristo. Os salvos se espalham pelo mundo. Ou os salvos são apenas os que frequentam minha igreja? Em todo mundo tem-se os escolhidos e remidos por Deus para a salvação.

Assim, se digo que Jesus Cristo salva o meu próximo, se afirmo que meus irmãos de outras denominações têm a Cristo como eu o tenho, mas também (descuidadosamente) digo que eu vivo algo mais "especial" que outros irmãos em Cristo e que minha igreja é A IGREJA "única" de Deus, ou, se afirmo que a "Noiva do Cordeiro" é somente a minha denominação religiosa, cometo um grave erro. Estaria firmado em dogmas e em sentimentos religiosos. E Jesus tem em Sua Palavra uma mensagem severa aos religiosos e soberbos denominacionais.

Se há salvação em Jesus Cristo, há pela graça soberana de um Deus generoso que escolheu um povo (pelo mundo) para ser seu, para fazer parte do Corpo de Jesus Cristo. Não anulemos e nem desconsideremos a eficácia do sacrifício de Cristo. Não desvalorizemos o poder de salvação que há em seu Sangue derramado sem medida. A salvação se dá para todo aquele que crê.

Qualquer que crê em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, recebe a benção do Espírito Santo que, em processo, acrescenta ao mesmo fé, convencimento do pecado, arrependimento, transformação, regeneração espiritual, batismo, poder para testemunhar, frutos do Espírito Santo para viver uma vida cristã autêntica, disposição para servir, frutificação para o Reino, etc. Todo esse processo se dá no horizonte da "Obra Redentora do Espírito Santo". Portanto, a obra do Espírito se manifesta no que crê e no que serve a Deus em novidade de vida. Não pertence a alguém específico e nem a grupos específicos.

A Obra Redentora de Deus é parte de um projeto desde a Eternidade. Iniciando-se pela Obra Criadora, logo se estendendo pela Obra redentora na Pessoa de Jesus Cristo e na ação do Espírito Santo. A Obra redentora iniciou-se na terra (efetivamente) no ministério de Cristo e, para ser mais específico, após o sacrifício de Cristo onde TODOS, pela fé, poderiam, como agora, chegar até Deus e receber a porção da Herança em Cristo. A "Obra" não iniciou-se a 50, 60, 100 anos atrás através de minha ou de sua igreja. Isso é falácia, é engano, é doutrina humana, é fermento que nada acrescenta a não ser a soberba religiosa, o sectarismo e a vaidade denominacional onde muitos agora batem no peito e se dizem "mais especiais", "um povo que entendeu isso", "que entendeu aquilo", "que valorizou isso", etc. Se afogam em sentimentos seletivos e em nada se tornam diferentes dos fariseus e religiosos. Amam falar mal de outras denominações, esquecendo muitas vezes que o telhado é de vidro. Amam medir e louvar a si mesmos, amam receber o prestígio de políticos e líderes e irmãos de outras igrejas, mas se colocam sempre como sectários (amantes de si mesmos) e, tragicamente, se autodenominam a "Herança". Dizendo que ESTA  "obra" / fazendo alusão à igreja local/ é a herança. Isso é desvio doutrinário e é deturpação da glória de Cristo, pois Ele é a nossa herança. Somos co-herdeiros nele para a Vida Eterna, pois Ele é o principal herdeiro. Estando firmados nele, em fé e em graça, estamos firmes para a salvação. Firmes para a Herança que receberemos na Eternidade. Nossa herança, portanto, é a Glória de Cristo. Aleluia! A Herança não é "esta" ou "aquela" igreja.(esta é diferente de essa. Se digo "essa", mostro algo que seja. Se digo "esta", mostro já a quem se refere). A igreja como Noiva e como Fiel a Cristo deve mostrar a glória do Noivo e não a sua glória própria. O elogio à Noiva cabe somente ao Noivo (veja como Cristo visita as sete igrejas da Ásia e fala com propriedade e amor sobre cada uma. Umas recebem elogios, outras advertências. Ele amou a todas! Visitou todas!)

Amar nossa igreja local, denominacional, institucional, etc. é válido, é bom, é saudável. Devemos amar nossas igrejas. Devemos orar por elas (e pelas outras tantas), devemos amar, sobretudo, nossos irmãos. Jamais devemos deixar de congregar! Jamais devemos deixar de cuidar de nossas igrejas. Precisamos orar ao Senhor para que nos dê tempo e disposição para cuidar de nossas igrejas locais.

Mas, se afirmo, tal sentimento seletivo e 'segregacional' ao dizer que "sou mais especial que os outros", deixaria, de ser como Cristo e me tornaria como um fariseu, religioso e, até mesmo, hipócrita. Não que todos que afirmam tal coisa o é, mas correm o sério risco de ser. Por quê erraria contra as Escrituras ao afirmar tamanha falácia? Porque destronaria o próprio Cristo e transtornaria a essência do Evangelho (que é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê). A obra redentora do Espírito Santo se dá em qualquer crente que, depois de crente - pela fé (dom de Deus) -, se torna servo do Altíssimo quando o serve conforme a orientação de sua PALAVRA, a saber, as Escrituras.

Quando o apóstolo Paulo escrevia suas cartas, assim como Pedro, João e outros, ele escrevia para igrejas diferentes (uma em relação à outra). Unidade cristã não significa "padronização de costumes e de sistemas", mas sim padronização doutrinária, cuja base é a Sã Doutrina de Jesus Cristo. Se todas fossem iguais, Paulo escreveria a mesma carta para todas. Mas não! Eram diferentes. Cada uma em suas particularidades, diferenças culturais e sistemáticas. Contudo, receberam a mesma doutrina pela Palavra de Deus na experiência com o Jesus Cristo Glorificado (Jesus é o fundamento da Igreja. Ele é revelado pela Palavra de Deus e a mesma é o fundamento e referência para fé e prática da Igreja na ação inspiradora e iluminadora do Espírito Santo).

Não corramos esses riscos infantis e andemos sempre cuidadosamente diante do Senhor e dos homens. Não confundamos o amor que devemos ter pela nossa congregação com alguma idolatria denominacional ou com alguma segregação religiosa. Congreguemos bem! Andemos na luz! Sirvamos a Deus! "Louvando a Deus e caindo na graça" (Atos 2:46). Estejamos todos os dias diante do Senhor, congregando com amor e genuíno afeto apascentando uns aos outros em oração, comunhão, louvor, Palavra em espírito e zelo.

“Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento” (II Co. 10:12)

O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. 21  Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós (...) Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, 25  para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”(1 Coríntios 12:20-25)


Jesus breve vem! "Marán athá!" Ora vem, Senhor nosso!

CRESCEI NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO


"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." (2 Pedro 3:18)

A Bíblia é um importante meio de graça, ela é fundamentalmente um "recurso oriundo da graça". Ler a Bíblia é muito mais que uma simples leitura. Ler a Bíblia em espírito e em oração é abrir-se à transcendência pela Revelação de Jesus Cristo nela contida. É ouvir o que o Espírito Santo quer dizer e, efetivamente, ouvir a voz de Deus. O que busca o conhecimento agrada a Deus. Assim, vamos crescendo na graça, ou seja, naquilo que é da fé e naquilo que é do Espírito (aspecto espiritual) e também vamos crescendo em conhecimento. O termo grego usado no original por Pedro em sua carta para definir "conhecimento" foi "gnosis" que, exatamente, quer dizer "conhecimento", "intelectual". Ele não falava do dom espiritual descrito por Paulo em 1 Coríntios 12, embora lá também Paulo use a mesma expressão "gnosis" que significa "conhecimento" ligado ao termo "intelecto". Então Pedro diz em sua carta que precisamos crescer em graça (no aspecto espiritual) e em inteligência (razão a serviço da fé) para que assim sejamos firmes em ambos os aspectos. A fé é um dom de Deus (ela é doada por Deus/ oriunda da Eternidade). No entanto, o crescimento da mesma se dá em nossa constante busca de conhecimento, cuja referência principal para tal conhecimento é a Bíblia, a Palavra de Deus. O conhecimento promove a fé e o coração cheio de fé é o que está, de fato, apto para receber a revelação de Jesus Cristo, a saber, o Cristo vivo e glorificado que se revela pela Palavra.

A fé vem pela Palavra de Deus, O genuíno avivamento vem pela Palavra de Deus, todo dom espiritual ou toda manifestação supostamente espiritual deve estar submissa a verdade das Escrituras e deve passar pelo crivo da mesma, senão é engano. A regra de fé e prática da igreja que pretende ser fiel (eu e você) é a Palavra de Deus, nada mais.... Nada menos... Devemos prosseguir em conhecer ao Senhor e a base de todo o conhecimento de seu projeto de redenção está na Bíblia. Cresçamos em graça (naquilo que é espiritual) e cresçamos em conhecimento (naquilo que é intelectual). Jesus morreu e ressuscitou para limpar-nos de nossos pecados e não para tirar a nossa inteligência. Nossa inteligência, razão e intelectualidade devem estar submissas ao espiritual e devem ser servas da fé e da Revelação de Jesus Cristo. Devemos sim estudar a Bíblia. Quando Paulo fala da "letra", ele não fala do ensino literal da Bíblia, mas sim das exigências da Lei. Devemos conhecer todo o contexto e não apenas apegarmos a versículos isolados. É perigoso! Isso sim mata... Mas Paulo (servo de Deus que nunca ignorou o conhecimento) estava dizendo ali que a "letra" (Lei) mostra o pecado, portanto, "mata", mas o Espírito Santo mostra a vida, portanto, "vivifica". Simples, não é? 

Há ensinamentos na Bíblia que não precisam de alegorizações e busca por algo oculto, pois já estão explicitadas e nos servem como máximas a serem seguidas (pela fé). A Bíblia carrega inúmeros ensinamentos práticos para a vida cristã, para a nossa salvação individual, para nossa prática e fé, para o serviço na igreja, para a missão da igreja, para a família, para o lar, para os pais, para os filhos, para os casamentos, para a vida estudantil, para a vida ministerial, para a santificação, etc. Todos esses ensinamentos estão explícitos na Palavra de Deus e já estão revelados, pois são já a revelação de Deus para os seus servos. Temos que ler, temos que buscar praticá-los, temos que aprende-los e ensiná-los. Assim até a volta de Jesus!

Conheço muitos crentes medíocres que ignoram o conhecimento dizendo que é "razão" e que "a letra mata....etc." e preferem, assim, 'autolimitarem'. Tudo bem, ninguém precisa estudar uma teologia sistemática ou coisa parecida, aliás, não é disso que estamos falando. Conhecimento acadêmico é ouras coisa. Alguns até podem ser perigosos sim. Deus não se interessa por teólogos ou "acadêmicos da fé", mas sim de servos humildes que, em sua humildade e fé, buscam conhecer a Deus e se aprofundar nos assuntos relativos à fé. Isso é nobreza espiritual.

Não fomos chamados para a ignorância, aliás, devemos em todo o tempo prestar o nosso culto racional. Jesus ia cumprir na cruz toda a Lei, mas antes, cresceu em graça e conhecimento e vivia no meio dos doutores. Era sábio. Deus nos dá a sabedoria para aplicá-la a serviço do espiritual (do Reino), no entanto, devemos buscar aprofundarmos em conhecimento sim e não sermos medíocres e apenas para repetir o que ouvimos.

"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." (2 Pedro 3:18)

"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor..." (Oséias 6:3)


"Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor" (Eclesiastes 7:12)

O leitor poderá gostar também de: "Lendo as Escrituras"

http://palavraserio.blogspot.com.br/2014/02/lendo-as-escrituras.html

Gabriel Felipe M. Rocha

A RESPONSABILIDADE DA IGREJA: Mostrar ao mundo o Cristo Glorificado

A Igreja (Corpo de Cristo): responsável em mostrar Jesus Glorificado ao mundo


Referência: Mateus 5.13-16
"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus(Mateus 5: 13 a 16)


A credibilidade ao Evangelho nesse mundo mergulhado em pecado anda cada vez menor. Evangelizar não tem sido uma tarefa fácil. Sem a intervenção, direção e provisão do Espírito Santo, o trabalho nosso se torna árduo e, às vezes, impossível. No entanto, Deus não quer esforço humano e inventivo para a realização de sua obra. Ele quer vivificar sua Igreja (crente em particular e todas as igrejas cristãs em pleno compromisso com o Evangelho) para que sua obra possa ser realizada e concluída aqui na terra, pois, sem uma intervenção de seu Santo Espírito e sem sua direção, não pode haver o genuíno avivamento espiritual para o serviço do Reino.
No entanto, muitos crentes atuais com o nome de “desigrejados”, em meio às crises de suas igrejas (denominações), têm preferido abandonar o barco e cair numa espécie de solipsismo religioso ou, individualismo e, até mesmo, uns tem pregado uma espécie de anarquismo cristão, onde dizem que não é preciso congregar e nem freqüentar templos. Isso é um terrível engano que pode levar à morte espiritual, pois a Palavra de Deus tem um ensinamento consistente em relação à importância do congregar-se.
Um dos muitos frutos do relativismo pós-moderno é a negação da Igreja de Cristo como uma instituição visível (Mt 16:18; Ef 2:20), com liturgias e cerimônias (Mt 28:19; I Co 11:23-29), assembléias ou cultos solenes (I Co 11; I Co 14:34), autoridades constituídas (At 14:23; Ef 4:11; I Co 4:1), como capaz de julgar certos atos (I Co 5-6); concílios e reuniões (At 15) e até programas sociais para socorrer os necessitados (I Ti 5:3-16). Aqueles que querem anular essas coisas podem até dizer que estão voltando para o "modelo da igreja primitiva", mas somente se com isso referem-se ao modelo que buscavam os anarquistas da Igreja de Corinto contra a qual Paulo escreveu, pois a “Igreja Primitiva” experimentava visivelmente a doutrina da Igreja Corpo de Cristo.

Portanto, sabendo nós que congregar é importante (e preciso), tomemos mais conhecimento, agora, da missão da Igreja sobre a terra. A Igreja (igreja como Corpo de Cristo e não como conjunto de denominações simplesmente) tem uma definição em relação ao Evangelho de Jesus Cristo e ela (a Igreja) é o arauto do reino neste mundo. Nós - a igreja - somos a voz de Deus nesse mundo que não pode conhecer a Cristo (por causa do pecado). Assim, é nosso o compromisso de mostrar ao mundo quem é o Cristo que pregamos.

E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim (João 17:22-23)
Só podemos cumprir essa missão se estivermos cheios do Espírito Santo.

Vamos ver sobre a responsabilidade da Igreja em relação ao mundo em alguns itens:
1. A igreja e o mundo são (e devem continuar sendo) essencialmente diferentes:
A igreja é chamada do mundo, está no mundo, mas não é mundo, antes chama do mundo aqueles que devem pertencer à família de Deus. Como ela chama o pecador do mundo? Mostrando a Verdade das Escrituras e promovendo a fé pela Palavra. A Igreja deve estar firmada na Palavra de Deus e não em tradições, revelações extra bíblicas, etc. Ela só pode chamar o pecado para pertencer à família de Deus se ela tiver primeiro um compromisso com a verdade das Escrituras, pois assim Cristo será testificado e se revelará ao pecador, dano-o o perdão e regenerando-o para a Vida Eterna.
A igreja só é relevante quando é totalmente diferente do mundo. A amizade da igreja com o mundo é um desastre (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; Rm 12.2). Algumas igrejas (denominações) têm preferido manter essa amizade, infelizmente.
Quando a igreja tenta imitar o mundo para atrair o mundo, ela perde sua capacidade transformadora, pois o agente de união (que é o Espírito Santo) não atua mais.
2. A igreja exerce um papel restringidor na corrupção do mundo e denunciador do pecado:
A igreja é o sal da terra:
a) Coíbe a decomposição: Assim como o sal, ela faz com que a “carne” se preserve da corrupção, da decomposição pelo pecado, ou seja, ela age contra o pecado através da Palavra (as Escrituras), da presença abundante do Espírito Santo (que promove vida), do incentivo à santificação, da sabedoria espiritual e intelectual e do discernimento de espíritos.
b) Preserva da corrupção: a Igreja quando clama por vida e por avivamento, ela não morre espiritualmente. A morte espiritual é o início da podridão, onde as bactérias do pecado penetram para destruir e consumir. Mas o sal preserva.
c) Dá sabor: a igreja tem uma definição. Ela está no mundo, mas não é do mundo. Portanto, como qualquer sabor é perceptível, a Igreja salga bem, mostrando ao mundo e ao pecador que nossa mensagem não é adocicada, não é amarga e nem azeda a alma, mas é salgada como um bom tempero.
d) Provoca sede: se somos sal e saboreamos esse mundo, logo haverá por parte dos outros a sede por Deus. Quando a Igreja prega a mensagem da cruz em espírito e no Espírito, atinge a alma alheia, provocando sede de Deus em: arrependimento, avivamento e regeneração.
Sem a presença da igreja, o mundo tornar-se-ia um ambiente insuportável para se viver. A igreja é o grande freio moral do mundo. Um dia ela será tirada e a corrupção do inferno tomará conta, mas agora, resta-nos cumprir o “ide”.
3. A igreja exerce um papel positivo de testemunho da Verdade e transformação espiritual
A igreja é a luz do mundo
a) A luz é símbolo da verdade: ela revela o Cristo. A Igreja cheia do Espírito santo mostra a presença de Cristo.
b) A luz é símbolo da pureza: a Igreja de Deus é santa e todo crente deve ser santo em uma vida marcada pelos frutos do Espírito Santo e genuína piedade.
c) A luz é símbolo da vida: a Igreja mostra ao mundo sem esperança que há Vida e Vida com abundância em Jesus.
d) A luz dá direção – estrada: a Igreja que pretende ser fiel anda nessa luz e não abre mão da direção espiritual.
e) A luz aquece – no frio: Na Igreja não pode existir jamais a frieza espiritual.
f) A luz gera vida – fotossíntese. Ela é o local para a transformação e regeneração humana, gerando vida de Deus no crente.
I. QUANDO A IGREJA DEIXA DE SER UM AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO DE VIDA?
Ela deixa de ser um agente de transformação de vida quando não deixa o Espírito Santo guiar seus caminhos e sua missão, pois, na verdade, quem gera Vida é o Espírito Santo. Se não há compromisso com o Espírito Santo e a Palavra de Deus, não á transformação de  vida.
Veremos alguns itens:
1. Quando ela confunde o evangelho com mero comportamentalismo legalista
O cristianismo não é o behaviorismo de Watson. Não é apenas mudança de esteriotipo. Não é verniz, fachada. Não é produzir crentes em série com clichês de massa. Não é usar o mesmo estilo de roupa, cabelo., forma de pregar, etc.
Quando a Bíblia fala de unidade e mesmo pensamento e sentimento, ela fala em relação ao contexto do Evangelho na: salvação, no mesmo batismo, na mesma fé, na mesma santificação, na mesma definição pelo Reino, na mesma esperança pela glória, no mesmo amor, no mesmo Caminho, etc.
Quando Paulo, por exemplo, roga a Evódia, e Síntique, que sintam o mesmo no SENHOR (Filipenses 4:2) há todo um contexto bíblico que vai para além do que algumas igrejas insistem em ensinar.
Não é a Igreja quem deve decidir sobre como vestir, como comer, como andar e como pensar. Ela apenas deve anunciar o Evangelho e ensinar a Doutrina sã explícita nas Escrituras. A obra é do Espírito santo!
2. Quando confunde evangelho com o platonismo cristão
Platão divorciou o espiritual do material. O mundo real era o mundo das idéias. O corpo era apenas a prisão da alma. Isso levou: 1) Ascetismo; 2) Licenciosidade;
Essa visão gerou o gnosticismo do primeiro século – que desvalorizava o corpo. Torna-se uma espiritualidade de fuga, de escapismo.
Essa visão produziu também o Pietismo do século XVII – O pietismo saiu de um extremo: ortodoxia sem piedade para o outro extremo: piedade sem ortodoxia. Deus está interessado na alma e não no corpo.
Essa visão gerou o movimento Quaker – Tremor. O que importa não é a verdade, mas a luz interior. A verdade subjetiva é mais importante que a verdade objetiva. Experiência é mais importante do que a Palavra. Isso é engano. Nenhuma revelação (suposta) ou experiência pode vir como superior em relação a Palavra (Bíblia).
3. Quando confunde o evangelho com um cristianismo de gueto
Muitas pessoas ao se tornarem crentes se isolam das outras pessoas, se trancam numa estufa, numa redoma de vidro, numa bolha espiritual se tornam sal no saleiro e depois sal insípido. Evangelho não é isolamento. Jesus mostrou isso no seu próprio exemplo de vida e ministério.
Algumas igrejas confundem santificação com isolamento e se tornam sectárias (e farisaicas). Jesus andava com as piores classes de pessoas para que assim pudesse lhes mostrar a Vida. Isso não significava que Jesus se envolvia com eles. Não! Jesus simplesmente convivia e suportava-os em amor. Mas algumas igrejas não querem pagar esse preço. Não querem ser imitadores de Cristo, mas preferem se fechar e dizer que são as “portadoras da verdade” e da melhor “revelação”. Engano!
 Elas não se apresentam, não se inserem, não influenciam, não salgam, não resplandecem. Tornam-se anti-sociais e conformistas.
Exemplo: os cristãos que na Idade Média se isolaram nos mosteiros e conventos.
4. Quando confunde o evangelho com o misticismo religioso
Nós (brasileiros) somos uma cultura mística: 1) Pagelança indígena; 2) Idolatria do Catolicismo Romano; 3) O misticismo da kardecismo europeu; 4) A magia dos cultos afro-brasileiros procedentes da África.
O catolicismo durou séculos induziu o povo a crer no misticismo: relíquias, santos, rezas, penitências.
Hoje algumas igrejas neo-pentecostais, principalmente a IURD é campeã do misticismo. Trocam apenas o rótulo, mas o povo é mantido no mesmo misticismo tosco.
5. Quando confunde o evangelho com doutrina sem vida
Há muitas pessoas que são ortodoxas de cabeça e hereges de conduta. São ortodoxos na teoria e liberais na prática. São vaidosos em relação às suas denominações e não produzem vida e nem testemunho de vida espiritual. Defendem doutrinas certas e vive uma vida errada. As vezes, defendem doutrinas erradas mesmo. São zelosos das tradições da igreja, mas vivem na prática do pecado, da vaidade, do sectarismo, etc. Ensinam a doutrina repetidamente, mas os casamentos estão se desfazendo, os jovens estão experimentando o mundo e os idosos e viúvas estão ficando para os cantos.
Pregam o que não vivem. Exigem dos outros aquilo que não praticam. Coam mosquito e engolem um camelo. Farisaicos! Há uma terrível condenação para os farisaicos.
6. Quando confunde o evangelho com o liberalismo teológico
O liberalismo entrou na igreja com o racionalismo, iluminismo. Começou com a alta crítica de Dibelius, a demitologização de Bultman. O liberalismo matou igrejas na Europa, na América. Agora, as denominações históricas no Brasil já estão se capitulando ao liberalismo. O ensino liberal já tomou conta dos principais seminários das grandes denominações no Brasil.
Uma igreja liberal nunca experimentou um avivamento. Uma igreja liberal nunca cresceu. Uma igreja liberal nunca impactou a sociedade com a mensagem do Reino.
O Ecumenismo está hoje apadrinhando muitas igrejas históricas. Isso é trágico. Unidade não é ecumenismo. Unidade é vida e comunhão, ecumenismo é morte e confusão.
II. COMO A IGREJA PODE TORNAR-SE UM AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO NA HISTÓRIA 
1. Quando ela vive como luzeiro no mundo
A vida da igreja é sua primeira mensagem. E sua mensagem aos olhos. A igreja só tem uma mensagem (a mensagem da cruz, do Reino, da Vida Eterna), se ela tem vida, ela já é carta viva pronta para ser lida. Sem testemunho não há proclamação.
A vida precede ao trabalho. O exemplo é mais importante do que a atividade.
2. Quando ela anuncia o Evangelho com senso de urgência, pois a missão antecede a Volta de Cristo
a) A igreja precisa ter um alto conceito da Escritura (suficiência) – 2 Tm 3.14-16
b) A igreja precisa ter um alto conceito do evangelho – Rm 1.16
c) A igreja precisa saber que não há outro evangelho e não se entregar a experimentalismos estranhos– Gl 1.8
d) A igreja precisa pregar o evangelho no poder do Espírito – 1 co 2.4; 1 Ts 1.5;
e) A igreja precisa pregar com lágrimas (para semear com alegria).
3. Quando usa todos os métodos espirituais (e legitimados pela Palavra) para alcançar o pecador
Em 1 Co 9.23 – Paulo não está ensinando duplicidade, mas flexibilidade.
Jesus abordou as pessoas de formas diferentes: Nicodemos, Paralítico de Betesda, Zaqueu, o leproso.

Quebrar tabus na evangelização é bem diferente de inventar estratégias humanas e imitar o mundo como se vê em alguns lugares. Quebrar o tabu na evangelização é estar cheio do Espírito Santo para tomar atitudes de fé, coragem e – como uma folha seca ao vento – deixar o Espírito fazer conforme Deus quer.
Jesus quebrou tabus para evangelizar: A mulher samaritana foi um grande exemplo disso.
a) Preconceito do cardápio – pão imundo, cidade dos bêbados;
b) Preconceito racial – mulher samaritana
c) Preconceito cultural – era uma mulher
d) Preconceito religioso – Ela adorava no monte Gerizim.
e) Preconceito moral – Ela tinha passado por 5 divórcios e agora vivia com um amante.
Jesus usou vários métodos para alcançar o maior número possível de pessoas:
a) Evangelização pessoal – Há 35 entrevistas pessoais de Jesus nos evangelhos;
b) Evangelização de massa – Várias vezes, Jesus pregou para multidões. Eram grandes evangelizações.
c) Evangelização pelo ensino – Sermão do monte. O sermão da montanha teve um caráter de ensino.
d) Evangelização pelo serviço – Jesus curou, alimentou, consolou, serviu.
Paulo usou também vários métodos para alcançar o maior número de pessoas:
a) Evangelização pessoal – a guarda pretoriana – Fp 1.13
b) Evangelização nos lares – At 20.20
c) Evangelização pela apologética – At 17
d) Evangelização pelo ensino bíblico e doutrinação – Cartas.
4. Quando ela se torna o braço estendido de Deus na prática do bem
A igreja sempre foi pioneira nas grandes transformações de vidas e também da sociedade (a história registra um grande e considerável apoio social que várias igrejas protestantes deram em várias questões sociais)
a) Libertação da mulher dos preconceitos.
b) Restauração da dignidade da criança e da mulher;
c) Libertação dos escravos;
d) Quebra do preconceito racial;
e) Criação de hospitais, escolas, academias, creches, instituições de socorro aos aflitos e excluídos.
f) Progresso científico;
g) A promoção do trabalho como uma liturgia para Deus e serviço ao próximo;
5. Quando a igreja se torna voz profética no mundo
A igreja não pode ser conformista, omissa, covarde. Ela tem uma mensagem séria que requer uma adesão séria.
Seu principal compromisso sempre foi anunciar o Reino e a salvação em Jesus Cristo. Hoje, em especial e em vista de diversos acontecimentos (histórico-proféticos), a Igreja deve anunciar a volta de Jesus. Essa posição e essa mensagem exigem de nós (Igreja) uma posição séria em relação ao pecado:
a) João Batista denunciou o adultério do rei Herodes,
b) Jesus chamou Herodes de raposa;
c) Os apóstolos ensinaram que a obediência ao poder civil tem limites.
d) Tiago denunciou a ganância dos ricos fraudando o salário dos trabalhadores;
e) Amós denunciou os juizes que vendem sentenças;
f) Isaias denunciou o pecado da ganância insaciável que leva a riqueza a se ajuntar nas mãos de poucos (Is 5).
g) Os profetas denunciaram o pecado no palácio, no templo, nas ruas.
h) Os reformadores denunciaram o pecado.
i) Os avivalistas também o fizeram
j) O avivamento se deu porque a igreja saiu na frente para defender o povo do despotismo japonês.
k) A igreja precisa se posicionar sobre os desmandos contra a lei moral de Deus: aborto, homossexualismo, corrupção, idolatria.
Não basta apenas dizer que Jesus vem e que Cristo salva. Devemos mostrar que nosso engajamento é sério e que detestamos o pecado. Assim verão que há definição e luz em nós. Assim crerão na Palavra de Deus e na mensagem que levamos.
6. Quando a igreja se coloca na brecha clamando a Deus também pelo país e pelo mundo.
Sim, a Igreja deve orar pelo seu país e pelo mundo, pois, como dissemos no início: não somos do mundo, mas estamos no mundo!

O mundo está já condenado pela Palavra de Deus. Há um juízo, mas devemos nos atentar para o que ocorre a nossa volta, pois ainda estamos aqui e nossas famílias também.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O que a IGREJA pode fazer para levar a benção e mostrar o Cristo glorificado para suas famílias, seu bairro, sua cidade, influenciar nosso Estados e país?
Que instrumento nós temos nas mãos para fazer isso? O que não estamos fazendo que precisamos fazer? O que estamos precisando corrigir? O que precisamos deixar de fazer?

Nós, como igrejas de Deus e como membros de nossas igrejas e membros do Corpo de Cristo:
·        Devemos desejar sempre influenciar através de um santo testemunho os nossos amigos, colegas, familiares, vizinhos, etc. Se somos cheio do Espírito Santo, logo Jesus está vivo em nós e podemos mostrar esse Jesus glorificado aos que nos cercam. Assim, a Igreja tem uma enorme responsabilidade.
·        Devemos orar e agirmos para vermos os lares se transformando e desejar que nosso lar seja uma extensão da igreja para acolher, orar, cultuar a Deus, testemunhar aos outros da grande salvação.
·        Devemos trabalhar com os nossos jovens para que eles sejam influenciadores nas faculdades e escolas.
·        Devemos agir conforme os valores do Reino de Deus em nós.


Por Gabriel Felipe M. Rocha
Bíblia King James/ notas de estudo Bíblia Palavras chave (Hebraico e grego)
 Base para a postagem: pregação expositiva de Hernandes D. Lopes