quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Fé: evidência da eterna eleição

Fé: evidência da eterna eleição

Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 2: 9)
 “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?(Tiago 2.5)

A doutrina da eleição não foi criada por nenhum concílio eclesiástico, mas revelada por Deus em sua palavra. Não é produto da investigação humana, mas do decreto divino.
Não se pode considerar como “algo novo”, pois não é nada criado por idéias subjetivas como as tantas “revelações” novas que surgem por aí. A doutrina da eleição, assim como o conjunto das doutrinas bíblicas evidentes são resultados da iluminação do Espírito Santo para testificação e efetivação da unidade cristã no contexto do Corpo de Cristo. Não é um conjunto doutrinário exclusivista e legalista como se vê em algumas igrejas neopentecostais que se firmam em “novas revelações”. Novas revelações essas que configuram um perigoso e duvidoso “Outro Evangelho”.
A eleição divina, portanto, é eterna e incondicional. Deus nos escolheu antes da fundação do mundo e escolheu-nos sem levar em conta qualquer suposto mérito humano. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé. A fé não é a causa da eleição, mas o seu resultado. Deus escolheu-nos não por causa da nossa santidade, mas para sermos santos e irrepreensíveis, de tal forma que a santidade não é a causa, mas a evidência da eleição. Deus escolheu-nos não por causa das nossas boas obras, mas para as boas obras, como Ele nos revela na carta de Tiago. Ele nos deu a fé (dom de Deus) para assim viver as obras como resultado da fé genuína, de tal forma que as boas obras não são a causa, mas a evidência da nossa eleição.
A eleição feita no céu precisa ser confirmada na terra. A eleição decretada na eternidade precisa ser evidenciada no nosso engajamento em relação á Mensagem da cruz.. O mesmo Deus que decreta o fim, ou seja, a nossa salvação; determina, também, os meios, ou seja, Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade. A prova que uma pessoa é eleita é se ela vive em santidade e se sua fé está firmada na verdade. Deus não nos chamou para a impureza, e sim, em santificação. Deus nos salvou não no pecado, mas do pecado. Deus nos criou em Cristo Jesus não para o comodismo, mas para as boas obras. Importa-nos confirmar nossa eleição.
Paulo, escrevendo aos crentes de Tessalônica, disse que a eleição deles era reconhecida por três evidências (1Ts 1.3,4):
Em primeiro lugar, a operosidade da fé. “Dando, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé…” (1Ts 1.3). Uma fé operosa fala mais alto do que qualquer discurso teológico. Fé operosa não é apenas um assentimento intelectual a uma verdade bíblia. Fé operosa não é apenas uma confiança passageira num momento de necessidade. Fé operosa traduz em ação o que se crê. Fé operosa transforma em prática o que se acredita. Fé sem ação é fé morta. Fé sem obras é fé espúria. Quem crê, vive o que crê.
Em segundo lugar, a abnegação do amor. “… da abnegação do vosso amor…” (1Ts 1.3). O amor é a prova irrefutável de uma vida transformada. Quem ama vive na luz. Quem ama é nascido de Deus. Quem ama prova sua eleição. O amor é um argumento irresistível. Evidenciamos aos olhos do mundo que somos eleitos de Deus e discípulos de Cristo quando amamos uns aos outros como Cristo nos amou. O amor é a apologética final. As palavras dos nossos lábios precisam ser referendadas pelas obras de nossas mãos. Nossos atos são o avalista das nossas palavras. Não somos aquilo que falamos, mas aquilo que fazemos. O amor não consiste apenas de palavras, mas, sobretudo, de atitudes. Quem ama, age. O amor deve ser abnegado e sacrificial. Assim como Deus nos amou e deu-nos seu Filho; devemos, também, amar e dar a nossa vida pelos nossos irmãos.
Em terceiro lugar, a firmeza da esperança. “… e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1Ts 1.3,4). A eleição é comprovada pela fé operosa, pelo amor abnegado e pela firme esperança. Os eleitos de Deus são aqueles que são chamados eficazmente, justificados legalmente pelo sangue de Cristo e glorificados seguramente na Pessoa de Jesus Cristo. Os eleitos são aqueles que perseveram até o fim, fazendo firme a vocação em processo de santificação, busca, realização e obediência, mantendo os olhos fitos no autor e consumador da fé, cruzando todos os mares revoltos da vida, alimentados por uma firme esperança. Essa esperança é viva e gloriosa. É a esperança da volta poderosa de Jesus, da ressurreição dos mortos, da reunião dos remidos nos ares e da bem-aventurança eterna. Você é um eleito de Deus? Você está confirmando sua eleição? Tem evidências de sua eterna salvação?


Texto escrito por Gabriel Felipe M. Rocha com base na mensagem devocional de Pr. Hernandes Dias Lopes/ Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória e com base nos resultados dos estudos bíblicos do “grupo de estudos Palavra a Sério”.

Bíblia King James/ Bíblia de Genebra/ Bíblia “Palavras Chave/grego e hebraico”

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